Associação entre temperamento e envolvimento com bullying com adolescentes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/112131 |
Resumo: | Atitudes agressivas, tendo a prática de bullying como uma das apresentações, constituem-se como um problema de prevalência elevada nas escolas. A agressão que ocorre em resposta a algum estímulo ambiental é denominada de reativa. Em geral, a agressividade reativa está associada aos déficits em processar informações sociais, ao temperamento propenso a raiva e a desregulação emocional. O envolvimento com o bullying, seja como agressor e/ou como vítima, está associado a um pior ajustamento psicossocial e a dificuldades de aprendizagem. Entretanto, ainda são poucos os estudos que relacionam aspectos psicobiológicos, como o temperamento irritável e alterações de comportamento em adolescentes. Este trabalho tem como objetivo verificar a associação entre o envolvimento com o comportamento de bullying e as características psicobiológicas de adolescentes no ambiente escolar. Trata-se de um estudo transversal, com alunos matriculados do 5º ao 9º ano em uma escola da rede pública estadual, com idade entre 10 e 17 anos, de ambos os sexos. A avaliação do comportamento de bullying foi por meio da versão modificada do Questionário de Avaliação de Bullying - versão vítima e versão agressor. Para avaliação do temperamento irritável, foi utilizado o Índice de Reatividade Afetiva (ARI) e o Questionário de Capacidades e Dificuldades - versão criança (SDQ-C) para identificar problemas de saúde mental. O projeto foi aprovado pelo CEP-HCPA e os pais ou responsáveis autorizaram a participação dos adolescentes na pesquisa. Foram avaliados 297 alunos, sendo 165(55,6%) do sexo feminino, com média (desvio padrão) de idade de 12,7(DP=1,59) anos. Em relação a avaliação das escalas de bullying, a mediana geral do comportamento como agressor foi de 25(23-27) e como vítima foi de 26(24-30). Considerando os tipos de envolvimento, a frequência foi de que 134(45,1%) eram vítimas, 145(48,8%) eram agressores e 99(33,3%) eram vítimas-agressores. A média geral do ARI foi de 10,8(DP=3,70). Após a análise de regressão, a prevalência dos três tipos de comportamento de bullying foi maior nos adolescentes com temperamento mais irritável e do sexo masculino. Já as vítimas têm mais problemas de saúde mental de conduta e o agressor é mais prevalente entre os que já foram expulso ou suspenso da escola. Os resultados sugerem a associação entre o envolvimento com os diferentes tipos de bullying e o temperamento mais irritável. Entretanto, o delineamento transversal não permite verificar a relação de causalidade. Assim, novos estudos que investiguem determinantes de regulação emocional e de intervenção são necessários para prevenir o comportamento de bullying no ambiente escolar. |
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Nascimento, Bianca PeixotoHeldt, Elizeth Paz da Silva2015-03-17T01:57:25Z2014http://hdl.handle.net/10183/112131000950769Atitudes agressivas, tendo a prática de bullying como uma das apresentações, constituem-se como um problema de prevalência elevada nas escolas. A agressão que ocorre em resposta a algum estímulo ambiental é denominada de reativa. Em geral, a agressividade reativa está associada aos déficits em processar informações sociais, ao temperamento propenso a raiva e a desregulação emocional. O envolvimento com o bullying, seja como agressor e/ou como vítima, está associado a um pior ajustamento psicossocial e a dificuldades de aprendizagem. Entretanto, ainda são poucos os estudos que relacionam aspectos psicobiológicos, como o temperamento irritável e alterações de comportamento em adolescentes. Este trabalho tem como objetivo verificar a associação entre o envolvimento com o comportamento de bullying e as características psicobiológicas de adolescentes no ambiente escolar. Trata-se de um estudo transversal, com alunos matriculados do 5º ao 9º ano em uma escola da rede pública estadual, com idade entre 10 e 17 anos, de ambos os sexos. A avaliação do comportamento de bullying foi por meio da versão modificada do Questionário de Avaliação de Bullying - versão vítima e versão agressor. Para avaliação do temperamento irritável, foi utilizado o Índice de Reatividade Afetiva (ARI) e o Questionário de Capacidades e Dificuldades - versão criança (SDQ-C) para identificar problemas de saúde mental. O projeto foi aprovado pelo CEP-HCPA e os pais ou responsáveis autorizaram a participação dos adolescentes na pesquisa. Foram avaliados 297 alunos, sendo 165(55,6%) do sexo feminino, com média (desvio padrão) de idade de 12,7(DP=1,59) anos. Em relação a avaliação das escalas de bullying, a mediana geral do comportamento como agressor foi de 25(23-27) e como vítima foi de 26(24-30). Considerando os tipos de envolvimento, a frequência foi de que 134(45,1%) eram vítimas, 145(48,8%) eram agressores e 99(33,3%) eram vítimas-agressores. A média geral do ARI foi de 10,8(DP=3,70). Após a análise de regressão, a prevalência dos três tipos de comportamento de bullying foi maior nos adolescentes com temperamento mais irritável e do sexo masculino. Já as vítimas têm mais problemas de saúde mental de conduta e o agressor é mais prevalente entre os que já foram expulso ou suspenso da escola. Os resultados sugerem a associação entre o envolvimento com os diferentes tipos de bullying e o temperamento mais irritável. Entretanto, o delineamento transversal não permite verificar a relação de causalidade. Assim, novos estudos que investiguem determinantes de regulação emocional e de intervenção são necessários para prevenir o comportamento de bullying no ambiente escolar.application/pdfporBullyingSaúde mental : AdolescenteAssociação entre temperamento e envolvimento com bullying com adolescentesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2014Enfermagemgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000950769.pdf000950769.pdfTexto completoapplication/pdf1742781http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/112131/1/000950769.pdf43c92c33f8d4f4d0495d235b53e0df9bMD51TEXT000950769.pdf.txt000950769.pdf.txtExtracted Texttext/plain81817http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/112131/2/000950769.pdf.txt56355095f0467f89b4e57de8747372c4MD52THUMBNAIL000950769.pdf.jpg000950769.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1021http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/112131/3/000950769.pdf.jpg5500e9f2ed8e8561aaddb80501b39cf9MD5310183/1121312018-10-08 08:30:44.111oai:www.lume.ufrgs.br:10183/112131Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-08T11:30:44Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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