Formação in vitro de biofilme por Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus na superfície de canetas odontológicas de alta rotação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Valdionir da Rosa
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Van der Sand, Sueli Terezinha, Simonetti, Amauri Braga
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/279861
Resumo: Em consultórios odontológicos, são utilizadas canetas de alta rotação que funcionam conectadas a circuitos de água. Estudos já demonstraram contaminação microbiana em amostras de água coletada de tubulações desses circuitos. Durante sua utilização, essas canetas entram em contato com a microbiota oral, o que pode favorecer a formação de biofilme em sua superfície e influir na qualidade e na segurança dos procedimentos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a formação in vitro de biofilme na superfície de canetas odontológicas utilizando-se Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. Os experimentos foram executados em fragmentos de alumínio provenientes do corte de canetas odontológicas e a formação do biofilme foi verificada pela contagem de bactérias viáveis (CBV) e por microscopia eletrônica de varredura (MEV). O número de células aderidas atingiu 9 × 10 6 ufc.cm –2 para Pseudomonas aeruginosa e 6 × 10 8 ufc.cm –2 para Staphylococcus aureus. A MEV mostrou a adesão de Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus aos fragmentos e a presença de matriz polimérica a partir do sexto dia de incubação. Também foi testada a produção de biofilme por essas bactérias na superfície de placas de poliestireno, pelo método do Cristal Violeta. Ambos os micro-organismos exibiram valores de absorbância superiores ao ponto de corte estabelecido, indicando resultados positivos. Foi demonstrada, ainda, a capacidade de ambas as bactérias produzirem cápsula, utilizando-se o método do Ágar Vermelho Congo. Nas condições testadas, os experimentos realizados neste trabalho mostraram a formação in vitro de biofilme na superfície de material proveniente de canetas odontológicas, um evento importante considerando-se que sua presença representa um potencial risco para o estabelecimento de contaminação cruzada.
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