Análise osteológica do Pinguim-de-Magalhães Spheniscus magellanicus (Forster, 1781)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/183770 |
Resumo: | No Brasil são registradas quatro espécies de pinguins, sendo o pinguim-demagalhães (Spheniscus magellanicus) a mais comum e abundante entre o outono e a primavera. A maioria dos estudos envolvendo S. magellanicus está relacionada à ecologia alimentar, comportamento reprodutivo, dinâmica de populações, migração e os impactos antrópicos sobre as populações da espécie. Os estudos iniciais na área da osteologia dos Sphenisciformes são trabalhos descritivos mais gerais para o grupo, com pequenas menções a S. magellanicus. Os estudos atuais utilizam a osteologia como arcabouço para a compreensão do registro fóssil, sistemática e evolução do grupo. O presente trabalho realiza a descrição osteológica do esqueleto completo, a merística de vértebras e costelas e o desenvolvimento pós-natal de 80 espécimes de S. magellanicus tombados na Coleção Ornitológica do MUCIN – Museu de Ciências Naturais da UFRGS. Foram incluídos na merística de costelas os dados de 101 fichas de contagem de costelas de espécimes dissecados no Setor de Coleções do MUCIN. Estabeleceu-se a fórmula vertebral geral para S. magellanicus como C 14- 15 + T 7-8 + L 6-8 + S 2+ Ca 10-12 = 41-43. A merística de costelas mais frequentemente observada foi de: seis costelas esternais, mais uma esternal flutuante também articulada a um segmento vertebral; e nove costelas vertebrais, duas articuladas somente às vértebras e sete articuladas também a um segmento esternal. O sincrânio, o esqueleto axial e o esqueleto apendicular do pinguim-de-magalhães foram descritos Também foi realizada a descrição do desenvolvimento pós-natal do sincrânio, cintura escapular e pélvica. Os caracteres de desenvolvimento esqueletal categorizados geraram uma matriz utilizada para análise de clusters através da dissimilaridade de Bray-Curtis. Quatro clusters formaram-se em torno dos caracteres observados. Esses agrupamentos foram comparados aos dois diferentes estágios de plumagens exibidas pelos espécimes, sendo observados três agrupamentos contendo indivíduos com plumagem juvenil e um contendo a plumagem do adulto. Esses quatro grupos associados aos caracteres de desenvolvimento do esqueleto refletiram o ciclo de vida de S. magellanicus. |
id |
UFRGS-2_e5462190394fc81bb652c48f18874221 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/183770 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Pereira, AliceMoreno, Ignacio Maria BenitesTavares, Maurício2018-10-20T03:16:08Z2014http://hdl.handle.net/10183/183770000980428No Brasil são registradas quatro espécies de pinguins, sendo o pinguim-demagalhães (Spheniscus magellanicus) a mais comum e abundante entre o outono e a primavera. A maioria dos estudos envolvendo S. magellanicus está relacionada à ecologia alimentar, comportamento reprodutivo, dinâmica de populações, migração e os impactos antrópicos sobre as populações da espécie. Os estudos iniciais na área da osteologia dos Sphenisciformes são trabalhos descritivos mais gerais para o grupo, com pequenas menções a S. magellanicus. Os estudos atuais utilizam a osteologia como arcabouço para a compreensão do registro fóssil, sistemática e evolução do grupo. O presente trabalho realiza a descrição osteológica do esqueleto completo, a merística de vértebras e costelas e o desenvolvimento pós-natal de 80 espécimes de S. magellanicus tombados na Coleção Ornitológica do MUCIN – Museu de Ciências Naturais da UFRGS. Foram incluídos na merística de costelas os dados de 101 fichas de contagem de costelas de espécimes dissecados no Setor de Coleções do MUCIN. Estabeleceu-se a fórmula vertebral geral para S. magellanicus como C 14- 15 + T 7-8 + L 6-8 + S 2+ Ca 10-12 = 41-43. A merística de costelas mais frequentemente observada foi de: seis costelas esternais, mais uma esternal flutuante também articulada a um segmento vertebral; e nove costelas vertebrais, duas articuladas somente às vértebras e sete articuladas também a um segmento esternal. O sincrânio, o esqueleto axial e o esqueleto apendicular do pinguim-de-magalhães foram descritos Também foi realizada a descrição do desenvolvimento pós-natal do sincrânio, cintura escapular e pélvica. Os caracteres de desenvolvimento esqueletal categorizados geraram uma matriz utilizada para análise de clusters através da dissimilaridade de Bray-Curtis. Quatro clusters formaram-se em torno dos caracteres observados. Esses agrupamentos foram comparados aos dois diferentes estágios de plumagens exibidas pelos espécimes, sendo observados três agrupamentos contendo indivíduos com plumagem juvenil e um contendo a plumagem do adulto. Esses quatro grupos associados aos caracteres de desenvolvimento do esqueleto refletiram o ciclo de vida de S. magellanicus.There are four species of penguins recorded to Brazil, and the Magellanic penguin (Spheniscus magellanicus) is the most frequent and abundant of all, during autumn and spring. Most of the works comprising S. magellanicus are related to feeding ecology, reproductive biology, population dynamics, migration and human impacts on Magellanic penguin populations. The first descriptive works on the osteology of Sphenisciformes are more general and present only a few references on S. magellanicus skeletal features. Contemporary studies use osteology as a tool for understanding the fossil record, systematics and penguin evolution. This work describes the complete Magellanic penguin skeleton, as well as its meristics and postnatal development upon 80 specimens from the Ornithological Collection of MUCIN – Museum of Natural Sciences of UFRGS. There were also included in meristic analysis data from 101 specimens dissected at the Collection Department of MUCIN. This study established a general vertebral formula for S. magellanicus as C 14-15 + T 7-8 + L 6-8 + S 2+ Ca 10-12 = 41-43. The more frequent values observed in this study for Magellanic penguins specimens were: six sternal ribs plus a floating one which also articulates with a vertebral segment; and nine vertebral ribs, two of them which only articulates with vertebrae and seven that reach a sternal segment. Sincranium, axial and appendicular skeleton of S. magellanicus were completely described. It was also described the post-natal development of sincranium, scapular and pelvic girdle. The ontogenetic characters were set into a matrix and cluster analysis using Bray-Curtis dissimilarity generated four clusters. These groups were compared to different patterns of plumage shown by the studied specimens: three clusters were formed by immature-plumaged birds and one cluster was formed by matured-plumaged ones. The four clusters reflected S. magellanicus life cycle.application/pdfporOsteologia animalPinguim de magalhães : Spheniscus magellanicusOsteologyMeristicPost-natal developmentSpheniscus magellanicusAnálise osteológica do Pinguim-de-Magalhães Spheniscus magellanicus (Forster, 1781)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPorto Alegre, BR-RS2014Ciências Biológicas: Ênfase em Biologia Marinha e Costeira: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000980428.pdfTexto completoapplication/pdf5435305http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183770/1/000980428.pdf29262fded6c3d90b48016b0c1f88e267MD51TEXT000980428.pdf.txt000980428.pdf.txtExtracted Texttext/plain222131http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183770/2/000980428.pdf.txtcfeeaa52ab0d9cae8bf4c4d5c36048e1MD52THUMBNAIL000980428.pdf.jpg000980428.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1035http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183770/3/000980428.pdf.jpge56a57e439392c7209ae16799437f78fMD5310183/1837702022-09-24 05:01:19.938053oai:www.lume.ufrgs.br:10183/183770Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-09-24T08:01:19Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Análise osteológica do Pinguim-de-Magalhães Spheniscus magellanicus (Forster, 1781) |
title |
Análise osteológica do Pinguim-de-Magalhães Spheniscus magellanicus (Forster, 1781) |
spellingShingle |
Análise osteológica do Pinguim-de-Magalhães Spheniscus magellanicus (Forster, 1781) Pereira, Alice Osteologia animal Pinguim de magalhães : Spheniscus magellanicus Osteology Meristic Post-natal development Spheniscus magellanicus |
title_short |
Análise osteológica do Pinguim-de-Magalhães Spheniscus magellanicus (Forster, 1781) |
title_full |
Análise osteológica do Pinguim-de-Magalhães Spheniscus magellanicus (Forster, 1781) |
title_fullStr |
Análise osteológica do Pinguim-de-Magalhães Spheniscus magellanicus (Forster, 1781) |
title_full_unstemmed |
Análise osteológica do Pinguim-de-Magalhães Spheniscus magellanicus (Forster, 1781) |
title_sort |
Análise osteológica do Pinguim-de-Magalhães Spheniscus magellanicus (Forster, 1781) |
author |
Pereira, Alice |
author_facet |
Pereira, Alice |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pereira, Alice |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Moreno, Ignacio Maria Benites |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Tavares, Maurício |
contributor_str_mv |
Moreno, Ignacio Maria Benites Tavares, Maurício |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Osteologia animal Pinguim de magalhães : Spheniscus magellanicus |
topic |
Osteologia animal Pinguim de magalhães : Spheniscus magellanicus Osteology Meristic Post-natal development Spheniscus magellanicus |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Osteology Meristic Post-natal development Spheniscus magellanicus |
description |
No Brasil são registradas quatro espécies de pinguins, sendo o pinguim-demagalhães (Spheniscus magellanicus) a mais comum e abundante entre o outono e a primavera. A maioria dos estudos envolvendo S. magellanicus está relacionada à ecologia alimentar, comportamento reprodutivo, dinâmica de populações, migração e os impactos antrópicos sobre as populações da espécie. Os estudos iniciais na área da osteologia dos Sphenisciformes são trabalhos descritivos mais gerais para o grupo, com pequenas menções a S. magellanicus. Os estudos atuais utilizam a osteologia como arcabouço para a compreensão do registro fóssil, sistemática e evolução do grupo. O presente trabalho realiza a descrição osteológica do esqueleto completo, a merística de vértebras e costelas e o desenvolvimento pós-natal de 80 espécimes de S. magellanicus tombados na Coleção Ornitológica do MUCIN – Museu de Ciências Naturais da UFRGS. Foram incluídos na merística de costelas os dados de 101 fichas de contagem de costelas de espécimes dissecados no Setor de Coleções do MUCIN. Estabeleceu-se a fórmula vertebral geral para S. magellanicus como C 14- 15 + T 7-8 + L 6-8 + S 2+ Ca 10-12 = 41-43. A merística de costelas mais frequentemente observada foi de: seis costelas esternais, mais uma esternal flutuante também articulada a um segmento vertebral; e nove costelas vertebrais, duas articuladas somente às vértebras e sete articuladas também a um segmento esternal. O sincrânio, o esqueleto axial e o esqueleto apendicular do pinguim-de-magalhães foram descritos Também foi realizada a descrição do desenvolvimento pós-natal do sincrânio, cintura escapular e pélvica. Os caracteres de desenvolvimento esqueletal categorizados geraram uma matriz utilizada para análise de clusters através da dissimilaridade de Bray-Curtis. Quatro clusters formaram-se em torno dos caracteres observados. Esses agrupamentos foram comparados aos dois diferentes estágios de plumagens exibidas pelos espécimes, sendo observados três agrupamentos contendo indivíduos com plumagem juvenil e um contendo a plumagem do adulto. Esses quatro grupos associados aos caracteres de desenvolvimento do esqueleto refletiram o ciclo de vida de S. magellanicus. |
publishDate |
2014 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2014 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-10-20T03:16:08Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/183770 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000980428 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/183770 |
identifier_str_mv |
000980428 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183770/1/000980428.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183770/2/000980428.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183770/3/000980428.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
29262fded6c3d90b48016b0c1f88e267 cfeeaa52ab0d9cae8bf4c4d5c36048e1 e56a57e439392c7209ae16799437f78f |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1815447228390572032 |