Avaliação do impacto prognóstico do teste cardiopulmonar de exercício submáximo em pacientes portadores de insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/255732 |
Resumo: | INTRODUÇÃO O Teste Cardiopulmonar de Exercício (TCPE) é um exame que permite a avaliação simultânea das respostas ao estresse físico do sistema cardiovascular e do sistema ventilatório, o que é possível pela avaliação da troca gasosa que é relacionada ao débito cardíaco e ao fluxo sanguíneo pulmonar, assim como à extração periférica de oxigênio. Para determinar que um teste é máximo, avaliamos o Quociente respiratório ou (QR) - relação entre a produção de CO2 e o consumo de O2 (VCO2/VO2). Dizemos que um teste é máximo quando QR obtido >1.1. MÉTODOS Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo em serão incluídos pacientes consecutivos com ICFER (fração de ejeção de ventrículo esquerdo (FEVE) < 50%) que realizaram TCPE por indicações clínicas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre no período de fevereiro de 2007 a setembro de 2022. O estudo tem como objetivo principal identificar a taxa de pacientes que não atingem um QR>1.1 e avaliar os preditores clínicos associados a um TCPE submáximo em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER). RESULTADOS Um total de 727 pacientes com ICFER foram submetidos ao TCPE no período em estudo. Destes, 246 (33.8%) não atingiram os critérios de maximalidade (QR<1.1). A média de idade destes pacientes foi de 55,6 ± 11,1 anos. O índice de massa corporal (IMC) dos pacientes que realizaram testes submáximos foi levemente maior que aqueles pacientes que atingiram R pico ≥ 1.1 (29,0 ± 6,4, vs. 27,5 ± 5,6, p = 0,003). O QR na amostra foi de 1,1+/- 0,12, sendo 1,2 +/- 0,09 no grupo QR>=1.1 e 1.0+/- 0,06 no grupo QR<1,1. Os pacientes que realizaram TCPE submáximo atingiram em média OUES 1.5, VO2 no primeiro limiar anaeróbio de 5.8mL/kg/min, no segundo limiar de 6.5mL/kg/min e no pico do esforço de 13.1mL/kg/min. Já os pacientes que atingiram os critérios de maximalidade apresentaram valores de VO2 maiores em relação ao outro grupo. Quanto aos motivos para interrupção do teste, a fadiga geral foi o fator causal mais prevalente em ambos os grupos. Em uma análise univariada, foram identificados preditores de teste submáximo - sexo feminino, IMC, presença de hipertensão arterial sistêmica, diabetes e doença pulmonar obstrutiva crônica, assim como doença cerebrovascular. O uso de diurético de alça, a presença de tabagismo ativo ou prévio e classificação funcional NYHA III/IV também foram preditores de TCPE submáximo. Em análise multivariada, apenas sexo feminino, IMC e DPOC apresentaram, de forma independente, associação com a realização de TCPE submáximo. CONCLUSÃO Existem critérios foram para determinar um TCPE máximo. Há, porém, pacientes com ICFER que não conseguem atingir tais critérios e, portanto, realizam testes submáximos, sendo que há características clínicas associadas à sua maior frequência - neste estudo, identificamos como preditores sexo feminino, presença de DPOC e elevação do IMC. |
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