Uso preemptivo de dexametasona injetável em cirurgia de terceiro molar impactado

• Autor(a) principal: Klaudat, Bruno
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/249900
• topic: Dente serotino; Farmacologia; Third mola; Adrenal cortex hormones; Pharmacology

Introdução: Um dente é considerado impactado quando apresenta algum impedimento em si próprio ou em seu ambiente para realizar a erupção dentro do tempo esperado. Nem sempre dentes impactados geram problemas, mas há potencial para tanto. A remoção cirúrgica de terceiros molares impactados está associada à incidência de edema, trismo e dor e os corticoides têm sido amplamente utilizados para minimizar esse quadro. Há estudos que testam o efeito do uso de corticoides no préoperatório, visando redução de edema, trismo e dor pós-cirurgicas na remoção de terceiros molares impactados. A dexametasona injetável aplicada antes da cirurgia tem se mostrado eficaz no manejo das implicações do procedimento. Objetivo: Avaliar os efeitos da dexametasona injetada préoperatoriamente (uso preemptivo), no edema, no trismo e na dor pós-cirurgia de terceiros molares impactados. Metodologia: Ensaio clínico randomizado controlado, em boca dividida, envolvendo 14 pacientes com necessidade de remoção cirúrgica dos dois terceiros molares inferiores impactados, em que cada componente da amostra, 1 hora antes do procedimento, recebeu uma injeção de 8 mg (2 mL) de dexametasona no músculo masseter quando da realização da remoção cirúrgica de um dos dentes impactados. Quando da realização do lado contralateral, foi injetado 2 mL de soro fisiológico no músculo masseter. Os mesmos retornaram ao ambulatório em três e sete dias após o procedimento para avaliação da dor de acordo com a EVA, do edema medindo-se com fita métrica em pontos específicos e do trismo, utilizando uma régua flexível que mediu a abertura bucal. Foi considerado um nível de significância estatística de 5%. Resultados: Foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos experimentais com relação ao edema no 3º dia de pós-operatório. Ao longo do tempo, houve aumento do edema três dias após a cirurgia, sendo que em sete dias houve redução significativa com medidas semelhantes ao inicial em ambos os grupos experimentais. Os valores da EVA e do trismo não apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos experimentais. Conclusão: A administração preemptiva de dexametasona injetável na remoção cirúrgica de terceiros molares inferiores impactados mostrou-se eficaz no controle do edema pós-operatório no terceiro dia.