Deleuze e os bebês
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/135321 |
Resumo: | Neste artigo, discute-se o bebê como personagem conceitual, na medida em que foi a partir dele que Gilles Deleuze mostrou, talvez mais profundamente, a incrível confusão entre a Vida e o pensamento ou a própria relação da vida imanente com o pensamento. Todo sujeito, todo objeto vivido, pertence à vida, e a vida não pode nunca lhes pertencer. Por isso, o personagem conceitual “bebê” é exemplar: porque ao crescer, ao se diferenciar dele mesmo, cai necessariamente fora do plano de imanência, pois ele não é mais vida: ele agora pertence à vida. A força que o bebê tem não depende de suas dimensões, o que lhe faz assumir a forma mais típica das vontades de potência. Ele é nômade, ele é o grande desterritorializado. O bebê é, assim, pura univocidade e, arrebatado num princípio de miniaturização, desenvolve sempre novos graus hierárquicos de potência. |
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Leclercq, StéfanSilva, Tomaz Tadeu daCorazza, Sandra Mara2016-04-07T17:55:40Z20020100-3143http://hdl.handle.net/10183/135321000367474Neste artigo, discute-se o bebê como personagem conceitual, na medida em que foi a partir dele que Gilles Deleuze mostrou, talvez mais profundamente, a incrível confusão entre a Vida e o pensamento ou a própria relação da vida imanente com o pensamento. Todo sujeito, todo objeto vivido, pertence à vida, e a vida não pode nunca lhes pertencer. Por isso, o personagem conceitual “bebê” é exemplar: porque ao crescer, ao se diferenciar dele mesmo, cai necessariamente fora do plano de imanência, pois ele não é mais vida: ele agora pertence à vida. A força que o bebê tem não depende de suas dimensões, o que lhe faz assumir a forma mais típica das vontades de potência. Ele é nômade, ele é o grande desterritorializado. O bebê é, assim, pura univocidade e, arrebatado num princípio de miniaturização, desenvolve sempre novos graus hierárquicos de potência.In this essay I discuss the baby as a conceptual persona, since it was through it that Gilles Deleuze demonstrated perhaps in the most profound way the incredible coincidence between Life and thought or the very relationship between immanent life and thought. Every living subject and every living object belongs to life, and it is impossible for life not to belong to them. That is why the baby is the example par excellence of life as immanence: because, by growing up, by differentiating from itself, it necessarily falls out of the plane of immanence, since it is not life anymore: it now belongs to life. The force that the baby has is not a function of its dimensions and it is because of this that the baby takes up the most typical of the forms of will to power. The baby is a nomad, the baby is the deterritorialized being par excellence. The baby is thus pure univocity. Carried on in a principle of miniaturization, the baby develops degrees of power which are always new.application/pdfporEducação & realidade. Porto Alegre. Vol. 27, n. 2 (jul./dez. 2002), p. 19-29ImanênciaVidaPensamentoFilosofiaDeleuze, Gilles, 1925-1995DeleuzeConceptual personaPlane of immanenceLifeThoughtDeleuze e os bebêsDeleuze and babies info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000367474.pdf000367474.pdfResumoapplication/pdf50470http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/135321/1/000367474.pdfc63546a47938b56e9d884ae7e639ed4eMD51TEXT000367474.pdf.txt000367474.pdf.txtExtracted Texttext/plain2172http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/135321/2/000367474.pdf.txtd7613cafe30c888ab2f78a93d92b4b10MD52THUMBNAIL000367474.pdf.jpg000367474.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1201http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/135321/3/000367474.pdf.jpga70168629fdf0ea9a630688789aa7adeMD5310183/1353212023-04-27 03:33:16.481882oai:www.lume.ufrgs.br:10183/135321Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-04-27T06:33:16Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Neste artigo, discute-se o bebê como personagem conceitual, na medida em que foi a partir dele que Gilles Deleuze mostrou, talvez mais profundamente, a incrível confusão entre a Vida e o pensamento ou a própria relação da vida imanente com o pensamento. Todo sujeito, todo objeto vivido, pertence à vida, e a vida não pode nunca lhes pertencer. Por isso, o personagem conceitual “bebê” é exemplar: porque ao crescer, ao se diferenciar dele mesmo, cai necessariamente fora do plano de imanência, pois ele não é mais vida: ele agora pertence à vida. A força que o bebê tem não depende de suas dimensões, o que lhe faz assumir a forma mais típica das vontades de potência. Ele é nômade, ele é o grande desterritorializado. O bebê é, assim, pura univocidade e, arrebatado num princípio de miniaturização, desenvolve sempre novos graus hierárquicos de potência. |
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