Deleuze e os bebês

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leclercq, Stéfan
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Silva, Tomaz Tadeu da, Corazza, Sandra Mara
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/135321
Resumo: Neste artigo, discute-se o bebê como personagem conceitual, na medida em que foi a partir dele que Gilles Deleuze mostrou, talvez mais profundamente, a incrível confusão entre a Vida e o pensamento ou a própria relação da vida imanente com o pensamento. Todo sujeito, todo objeto vivido, pertence à vida, e a vida não pode nunca lhes pertencer. Por isso, o personagem conceitual “bebê” é exemplar: porque ao crescer, ao se diferenciar dele mesmo, cai necessariamente fora do plano de imanência, pois ele não é mais vida: ele agora pertence à vida. A força que o bebê tem não depende de suas dimensões, o que lhe faz assumir a forma mais típica das vontades de potência. Ele é nômade, ele é o grande desterritorializado. O bebê é, assim, pura univocidade e, arrebatado num princípio de miniaturização, desenvolve sempre novos graus hierárquicos de potência.
id UFRGS-2_ee2601505dbfca1fa35b0f2e1fbf250a
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/135321
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Leclercq, StéfanSilva, Tomaz Tadeu daCorazza, Sandra Mara2016-04-07T17:55:40Z20020100-3143http://hdl.handle.net/10183/135321000367474Neste artigo, discute-se o bebê como personagem conceitual, na medida em que foi a partir dele que Gilles Deleuze mostrou, talvez mais profundamente, a incrível confusão entre a Vida e o pensamento ou a própria relação da vida imanente com o pensamento. Todo sujeito, todo objeto vivido, pertence à vida, e a vida não pode nunca lhes pertencer. Por isso, o personagem conceitual “bebê” é exemplar: porque ao crescer, ao se diferenciar dele mesmo, cai necessariamente fora do plano de imanência, pois ele não é mais vida: ele agora pertence à vida. A força que o bebê tem não depende de suas dimensões, o que lhe faz assumir a forma mais típica das vontades de potência. Ele é nômade, ele é o grande desterritorializado. O bebê é, assim, pura univocidade e, arrebatado num princípio de miniaturização, desenvolve sempre novos graus hierárquicos de potência.In this essay I discuss the baby as a conceptual persona, since it was through it that Gilles Deleuze demonstrated perhaps in the most profound way the incredible coincidence between Life and thought or the very relationship between immanent life and thought. Every living subject and every living object belongs to life, and it is impossible for life not to belong to them. That is why the baby is the example par excellence of life as immanence: because, by growing up, by differentiating from itself, it necessarily falls out of the plane of immanence, since it is not life anymore: it now belongs to life. The force that the baby has is not a function of its dimensions and it is because of this that the baby takes up the most typical of the forms of will to power. The baby is a nomad, the baby is the deterritorialized being par excellence. The baby is thus pure univocity. Carried on in a principle of miniaturization, the baby develops degrees of power which are always new.application/pdfporEducação & realidade. Porto Alegre. Vol. 27, n. 2 (jul./dez. 2002), p. 19-29ImanênciaVidaPensamentoFilosofiaDeleuze, Gilles, 1925-1995DeleuzeConceptual personaPlane of immanenceLifeThoughtDeleuze e os bebêsDeleuze and babies info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000367474.pdf000367474.pdfResumoapplication/pdf50470http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/135321/1/000367474.pdfc63546a47938b56e9d884ae7e639ed4eMD51TEXT000367474.pdf.txt000367474.pdf.txtExtracted Texttext/plain2172http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/135321/2/000367474.pdf.txtd7613cafe30c888ab2f78a93d92b4b10MD52THUMBNAIL000367474.pdf.jpg000367474.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1201http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/135321/3/000367474.pdf.jpga70168629fdf0ea9a630688789aa7adeMD5310183/1353212023-04-27 03:33:16.481882oai:www.lume.ufrgs.br:10183/135321Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-04-27T06:33:16Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Deleuze e os bebês
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Deleuze and babies
title Deleuze e os bebês
spellingShingle Deleuze e os bebês
Leclercq, Stéfan
Imanência
Vida
Pensamento
Filosofia
Deleuze, Gilles, 1925-1995
Deleuze
Conceptual persona
Plane of immanence
Life
Thought
title_short Deleuze e os bebês
title_full Deleuze e os bebês
title_fullStr Deleuze e os bebês
title_full_unstemmed Deleuze e os bebês
title_sort Deleuze e os bebês
author Leclercq, Stéfan
author_facet Leclercq, Stéfan
Silva, Tomaz Tadeu da
Corazza, Sandra Mara
author_role author
author2 Silva, Tomaz Tadeu da
Corazza, Sandra Mara
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Leclercq, Stéfan
Silva, Tomaz Tadeu da
Corazza, Sandra Mara
dc.subject.por.fl_str_mv Imanência
Vida
Pensamento
Filosofia
Deleuze, Gilles, 1925-1995
topic Imanência
Vida
Pensamento
Filosofia
Deleuze, Gilles, 1925-1995
Deleuze
Conceptual persona
Plane of immanence
Life
Thought
dc.subject.eng.fl_str_mv Deleuze
Conceptual persona
Plane of immanence
Life
Thought
description Neste artigo, discute-se o bebê como personagem conceitual, na medida em que foi a partir dele que Gilles Deleuze mostrou, talvez mais profundamente, a incrível confusão entre a Vida e o pensamento ou a própria relação da vida imanente com o pensamento. Todo sujeito, todo objeto vivido, pertence à vida, e a vida não pode nunca lhes pertencer. Por isso, o personagem conceitual “bebê” é exemplar: porque ao crescer, ao se diferenciar dele mesmo, cai necessariamente fora do plano de imanência, pois ele não é mais vida: ele agora pertence à vida. A força que o bebê tem não depende de suas dimensões, o que lhe faz assumir a forma mais típica das vontades de potência. Ele é nômade, ele é o grande desterritorializado. O bebê é, assim, pura univocidade e, arrebatado num princípio de miniaturização, desenvolve sempre novos graus hierárquicos de potência.
publishDate 2002
dc.date.issued.fl_str_mv 2002
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-04-07T17:55:40Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/135321
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0100-3143
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000367474
identifier_str_mv 0100-3143
000367474
url http://hdl.handle.net/10183/135321
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Educação & realidade. Porto Alegre. Vol. 27, n. 2 (jul./dez. 2002), p. 19-29
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/135321/1/000367474.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/135321/2/000367474.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/135321/3/000367474.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv c63546a47938b56e9d884ae7e639ed4e
d7613cafe30c888ab2f78a93d92b4b10
a70168629fdf0ea9a630688789aa7ade
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1815447608789827584