Deleuze e os Bebês

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leclercq, Stéfan
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Educação & Realidade
Texto Completo: https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/25913
Resumo: Neste artigo, discute-se o bebê como personagem conceitual, na medida em que foi a partir dele que Gilles Deleuze mostrou, talvez mais profundamente, a incrível confusão entre a Vida e o pensamento ou a própria relação da vida imanente com o pensamento. Todo sujeito, todo objeto vi vido, pertence à vida, e a vida não pode nunca lhes pertencer. Por isso, o personagem conceitual "bebê" é exemplar: porque ao crescer, ao se diferenciar dele mesmo, cai necessariamente fora do plano de imanência, pois ele não é mais vida: ele agora pertence à vida. A força que o bebê tem não depende de suas dimensões, o que lhe faz assumir a forma mais típica das vontades de potência. Ele é nômade, ele é o grande desterritorializado. O bebê é, assim, pura univocidade e, arrebatado num princípio de miniaturização, desen volve sempre novos graus hierárquicos de potência.
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