Deleuze e os Bebês
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Educação & Realidade |
Texto Completo: | https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/25913 |
Resumo: | Neste artigo, discute-se o bebê como personagem conceitual, na medida em que foi a partir dele que Gilles Deleuze mostrou, talvez mais profundamente, a incrível confusão entre a Vida e o pensamento ou a própria relação da vida imanente com o pensamento. Todo sujeito, todo objeto vi vido, pertence à vida, e a vida não pode nunca lhes pertencer. Por isso, o personagem conceitual "bebê" é exemplar: porque ao crescer, ao se diferenciar dele mesmo, cai necessariamente fora do plano de imanência, pois ele não é mais vida: ele agora pertence à vida. A força que o bebê tem não depende de suas dimensões, o que lhe faz assumir a forma mais típica das vontades de potência. Ele é nômade, ele é o grande desterritorializado. O bebê é, assim, pura univocidade e, arrebatado num princípio de miniaturização, desen volve sempre novos graus hierárquicos de potência. |
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Deleuze e os BebêsDeleuzepersonagem conceitualplano de imanênciaVidapensamento.Neste artigo, discute-se o bebê como personagem conceitual, na medida em que foi a partir dele que Gilles Deleuze mostrou, talvez mais profundamente, a incrível confusão entre a Vida e o pensamento ou a própria relação da vida imanente com o pensamento. Todo sujeito, todo objeto vi vido, pertence à vida, e a vida não pode nunca lhes pertencer. Por isso, o personagem conceitual "bebê" é exemplar: porque ao crescer, ao se diferenciar dele mesmo, cai necessariamente fora do plano de imanência, pois ele não é mais vida: ele agora pertence à vida. A força que o bebê tem não depende de suas dimensões, o que lhe faz assumir a forma mais típica das vontades de potência. Ele é nômade, ele é o grande desterritorializado. O bebê é, assim, pura univocidade e, arrebatado num princípio de miniaturização, desen volve sempre novos graus hierárquicos de potência.FACED - UFRGS2002-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/25913Educação & Realidade [Education & Reality]; Vol. 27 No. 2 (2002)Educação & Realidade; v. 27 n. 2 (2002)2175-62360100-3143reponame:Educação & Realidadeinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSporhttps://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/25913/15182Leclercq, Stéfaninfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-04-26T23:33:32Zoai:seer.ufrgs.br:article/25913Revistahttps://seer.ufrgs.br/educacaoerealidadePUBhttps://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/oai||educreal@ufrgs.br2175-62360100-3143opendoar:2012-04-26T23:33:32Educação & Realidade - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Neste artigo, discute-se o bebê como personagem conceitual, na medida em que foi a partir dele que Gilles Deleuze mostrou, talvez mais profundamente, a incrível confusão entre a Vida e o pensamento ou a própria relação da vida imanente com o pensamento. Todo sujeito, todo objeto vi vido, pertence à vida, e a vida não pode nunca lhes pertencer. Por isso, o personagem conceitual "bebê" é exemplar: porque ao crescer, ao se diferenciar dele mesmo, cai necessariamente fora do plano de imanência, pois ele não é mais vida: ele agora pertence à vida. A força que o bebê tem não depende de suas dimensões, o que lhe faz assumir a forma mais típica das vontades de potência. Ele é nômade, ele é o grande desterritorializado. O bebê é, assim, pura univocidade e, arrebatado num princípio de miniaturização, desen volve sempre novos graus hierárquicos de potência. |
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