Análise da densidade mineral óssea em pacientes com fenilcetonúria e sua correlação com parâmetros nutricionais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/234655 |
Resumo: | Introdução: A Fenilcetonúria (PKU) é um erro inato do metabolismo no qual ocorre diminuição da atividade enzimática da fenilalanina hidroxilase, responsável pela conversão de fenilalanina (Phe) em tirosina (Tyr), levando ao aumento dos níveis plasmáticos de Phe. Alterações na densidade mineral óssea (DMO) têm sido observadas em indivíduos com PKU e podem ter como causa os elevados níveis de Phe sérica, ingestão inadequada de nutrientes ou distúrbios secundários a deficiências nutricionais. Objetivo: Avaliar a ingestão alimentar de nutrientes relacionados ao metabolismo ósseo (cálcio, fósforo, magnésio, potássio) e a ingestão calórica, e sua associação com a DMO em pacientes com PKU. Métodos: Estudo transversal, observacional, com amostragem por conveniência. Foram incluídos 15 pacientes com diagnóstico de PKU (Clássica= 8; Leve= 7), todos em tratamento com dieta restrita em fenilalanina (Phe) e 13 em uso de formula metabólica, com mediana de idade de 16 (IQ 25–75= 15–20) anos. A avaliação de peso, estatura e índice de massa corporal (IMC), e o inquérito alimentar de 24 horas, foram realizados no mesmo momento e de forma prospectiva. Dados relativos à DMO por absorciometria de raios-x de dupla energia (DEXA) foram obtidos por meio de revisão de prontuário. Níveis plasmáticos de Phe, Tyr e cálcio realizados no ano anterior ao da realização da DEXA foram analisados. Resultados: A mediana entre a realização da DEXA e do inquérito alimentar foi de 4 (IQ 25– 75= 2–9) meses. Nenhum dos pacientes apresentou histórico de fraturas e seis estavam com suplementação de cálcio, devido à alteração da DMO anterior (n=5) ou a baixa ingestão alimentar (n=1). A mediana dos níveis de Phe do ano anterior ao da realização da DEXA foi de 11,60 (IQ 25–75= 9,28–13,31) mg/dL. Em relação ao inquérito alimentar, 10 indivíduos apresentaram inadequação do consumo de carboidratos 14, de lipídeos; 9, de cálcio; 11, de magnésio; 13, de fósforo; e todos apresentaram consumo inadequado de potássio. As DEXAs apresentaram mediana da DMO de 0,989 g/cm2 , das quais duas foram classificadas como baixa DMO para idade, ambas de pacientes com PKU Leve (idade entre 14 e 15 anos, média de Phe de 8,10 mg/dL, ambos com suplementação de cálcio e consumo inadequado de lipídeos, fósforo, magnésio e potássio). Foi observada correlação entre a DMO e a ingestão de cálcio (r= -0,614; p= 0,015), não sendo observada correlação com a ingestão dos demais nutrientes. Os níveis de Phe, Tyr e cálcio séricos, peso, estatura, IMC e idade também não apresentaram correlação com a DMO. Conclusão: Redução da DMO, sem ocorrência de fraturas, parece ser comum entre indivíduos com PKU. A correlação negativa entre DMO e ingestão de cálcio é provavelmente explicada pela suplementação de cálcio em pacientes com DMO previamente alterada. Estudos adicionais são necessários para esclarecer o efeito da Phe e ingestão dietética sobre o metabolismo ósseo na PKU. |
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Pérsico, Raquel StockerSchwartz, Ida Vanessa DoederleinNalin, Tatiéle2022-02-01T04:28:51Z2016http://hdl.handle.net/10183/234655001012581Introdução: A Fenilcetonúria (PKU) é um erro inato do metabolismo no qual ocorre diminuição da atividade enzimática da fenilalanina hidroxilase, responsável pela conversão de fenilalanina (Phe) em tirosina (Tyr), levando ao aumento dos níveis plasmáticos de Phe. Alterações na densidade mineral óssea (DMO) têm sido observadas em indivíduos com PKU e podem ter como causa os elevados níveis de Phe sérica, ingestão inadequada de nutrientes ou distúrbios secundários a deficiências nutricionais. Objetivo: Avaliar a ingestão alimentar de nutrientes relacionados ao metabolismo ósseo (cálcio, fósforo, magnésio, potássio) e a ingestão calórica, e sua associação com a DMO em pacientes com PKU. Métodos: Estudo transversal, observacional, com amostragem por conveniência. Foram incluídos 15 pacientes com diagnóstico de PKU (Clássica= 8; Leve= 7), todos em tratamento com dieta restrita em fenilalanina (Phe) e 13 em uso de formula metabólica, com mediana de idade de 16 (IQ 25–75= 15–20) anos. A avaliação de peso, estatura e índice de massa corporal (IMC), e o inquérito alimentar de 24 horas, foram realizados no mesmo momento e de forma prospectiva. Dados relativos à DMO por absorciometria de raios-x de dupla energia (DEXA) foram obtidos por meio de revisão de prontuário. Níveis plasmáticos de Phe, Tyr e cálcio realizados no ano anterior ao da realização da DEXA foram analisados. Resultados: A mediana entre a realização da DEXA e do inquérito alimentar foi de 4 (IQ 25– 75= 2–9) meses. Nenhum dos pacientes apresentou histórico de fraturas e seis estavam com suplementação de cálcio, devido à alteração da DMO anterior (n=5) ou a baixa ingestão alimentar (n=1). A mediana dos níveis de Phe do ano anterior ao da realização da DEXA foi de 11,60 (IQ 25–75= 9,28–13,31) mg/dL. Em relação ao inquérito alimentar, 10 indivíduos apresentaram inadequação do consumo de carboidratos 14, de lipídeos; 9, de cálcio; 11, de magnésio; 13, de fósforo; e todos apresentaram consumo inadequado de potássio. As DEXAs apresentaram mediana da DMO de 0,989 g/cm2 , das quais duas foram classificadas como baixa DMO para idade, ambas de pacientes com PKU Leve (idade entre 14 e 15 anos, média de Phe de 8,10 mg/dL, ambos com suplementação de cálcio e consumo inadequado de lipídeos, fósforo, magnésio e potássio). Foi observada correlação entre a DMO e a ingestão de cálcio (r= -0,614; p= 0,015), não sendo observada correlação com a ingestão dos demais nutrientes. Os níveis de Phe, Tyr e cálcio séricos, peso, estatura, IMC e idade também não apresentaram correlação com a DMO. Conclusão: Redução da DMO, sem ocorrência de fraturas, parece ser comum entre indivíduos com PKU. A correlação negativa entre DMO e ingestão de cálcio é provavelmente explicada pela suplementação de cálcio em pacientes com DMO previamente alterada. Estudos adicionais são necessários para esclarecer o efeito da Phe e ingestão dietética sobre o metabolismo ósseo na PKU.Introduction: Phenylketonuria (PKU) is an inborn error of metabolism that results from decrease phenylalanine hydroxylase enzymatic activity, responsible for the conversion of phenylalanine (Phe) to tyrosine (Tyr), leading to an increase in serum Phe levels. Changes in bone mineral density (BMD) have been found in individuals with PKU and may be due to elevated serum Phe levels, inadequate nutrient intake or secondary disorders to nutritional deficiencies. Objective: To evaluate the dietary nutrients intake related to bone metabolism (calcium, phosphorus, magnesium, potassium) and caloric intake, and its association with BMD in patients with PKU. Methods: Cross–sectional observational study with convenience sampling. Fifteen patients with PKU diagnosis (Classical = 8, Mild = 7) were included, all on Phe restricted diet, 13 with a protein substitute and median age was 16 (IQ 25–75= 15–20 years). The weight, height and body mass index (BMI) measurements and the 24–hour food recall were performed at the same time and in a prospective form. Data about BMD were measured by dual energy x–ray absorptiometry (DEXA) and obtained by medical chart review. Plasma Phe, Tyr and calcium levels in the year prior to DEXA were analyzed. Results: The median time between DEXA and food recall was 4 (IQ 25–75= 2–9) months. None of the patients presented any fractures and six were with calcium supplementation due to previous BMD alteration (n = 5) or inadequate nutritional intake (n = 1). Median Phe levels in the year prior DEXA were 11,60 (IQ 25–75= 9,28–13,31) mg/dL. In relation to food recall, 10 individuals presented inadequate intake of carbohydrates 14, of lipids; 9, of calcium; 11, of magnesium; 13, of phosphorus; all had inadequate potassium intake. The DEXAs had a median BMD of 0,989 g/cm2 , of which two were classified as low BMD for age, both from patients with mild PKU (age between 14 and 15 years, mean Phe of 8,10 mg/dL, both with calcium supplementation and inadequate lipids, phosphorus, magnesium and potassium intake. A negative correlation was observed between BMD and calcium intake (r = –0,614; p = 0,015), and no correlation was observed with other nutrients intake. Serum Phe, Tyr and calcium levels, weight, height, BMI and age also showed no correlation with BMD. Conclusion: Reduction of BMD, without occurrence of fractures, seems to be common among individuals with PKU. The negative correlation between BMD and calcium intake is probably due to calcium supplementation in patients with previously altered BMD. Additional studies are needed to clarify the effect of Phe and dietary intake on bone metabolism in PKU.application/pdfporFenilcetonúriasFenilalaninaDensidade ósseaIngestão de alimentosPhenylketonuriaDensitometryPhenylalanineBone Mineral DensityAnálise da densidade mineral óssea em pacientes com fenilcetonúria e sua correlação com parâmetros nutricionaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2016Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001012581.pdf.txt001012581.pdf.txtExtracted Texttext/plain120978http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/234655/2/001012581.pdf.txta4ef65338a06d5e50be8aae9e2747433MD52ORIGINAL001012581.pdfTexto completoapplication/pdf1118987http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/234655/1/001012581.pdf1df433a283a3328fe64ee4a3e0bf40d8MD5110183/2346552022-07-06 04:57:41.673264oai:www.lume.ufrgs.br:10183/234655Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-07-06T07:57:41Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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