Fulano Malta : a tensão entre público e privado no romance Um rio chamado tempo, uma casa chamada Terra, de Mia Couto
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/180308 |
Resumo: | Este artigo analisa as tensões entre o público e o privado vivenciadas pelo personagem Fulano Malta da obra Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2002), do moçambicano Mia Couto, a partir das considerações sobre o Estado pós-colonial feitas por Partha Chatterjee. Segundo este autor, o nacionalismo anticolonial cria seu próprio campo de soberania no interior da sociedade colonial, cindindo o mundo das instituições e práticas sociais em dois domínios: o material (externo) e o espiritual (interno). O primeiro representa as práticas políticas, econômicas, científicas e tecnológicas e configura o campo de domínio do colonizador. No segundo plano encontram-se as marcas essenciais da identidade cultural, como a religião, a família e a língua, irredutíveis ao controle da administração colonial. No Estado pós-colonial este conflito permanece, fragmentando as identidades individuais. |
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Rodrigues, Gabriela RochaRebello, Lúcia Sá2018-07-10T02:33:20Z20161809-3507http://hdl.handle.net/10183/180308001070551Este artigo analisa as tensões entre o público e o privado vivenciadas pelo personagem Fulano Malta da obra Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2002), do moçambicano Mia Couto, a partir das considerações sobre o Estado pós-colonial feitas por Partha Chatterjee. Segundo este autor, o nacionalismo anticolonial cria seu próprio campo de soberania no interior da sociedade colonial, cindindo o mundo das instituições e práticas sociais em dois domínios: o material (externo) e o espiritual (interno). O primeiro representa as práticas políticas, econômicas, científicas e tecnológicas e configura o campo de domínio do colonizador. No segundo plano encontram-se as marcas essenciais da identidade cultural, como a religião, a família e a língua, irredutíveis ao controle da administração colonial. No Estado pós-colonial este conflito permanece, fragmentando as identidades individuais.This article examines the tensions between public and private, experienced by the character Fulano Malta from the work A river called time, a house named earth (2002), the Mozambican Mia Couto, from considerations of the post-colonial state made by Partha Chatterjee. Anticolonial nationalism creates its own field of sovereignty within colonial society, splitting the world of social institutions and practices in two areas: the material (external) and spiritual (internal). The first is the political, economic, scientific and technological field and sets the domain of the colonizer. In the background are the essential marks of cultural identity such as religion, family and language, irreducible to the control of the colonial administration. In post-colonial state this conflict remains fragmenting the individual identities.application/pdfporPalimpsesto. Rio de Janeiro, RJ. Vol. 15, n. 22 (2016), p. 122-137Couto, Mia, 1955-. Um rio chamado tempo, uma casa chamada TerraIdentidadePúblicoPrivadoNacionalismoNationIdentityPost-colonial stateFulano Malta : a tensão entre público e privado no romance Um rio chamado tempo, uma casa chamada Terra, de Mia Coutoinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001070551.pdf001070551.pdfTexto completoapplication/pdf783041http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/180308/1/001070551.pdf3c6c5b6f79881470c7635862700ccb84MD51TEXT001070551.pdf.txt001070551.pdf.txtExtracted Texttext/plain34282http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/180308/2/001070551.pdf.txt0934cb0ebf9d9ff5c9f26337b25b6d3bMD5210183/1803082022-11-06 05:37:40.698691oai:www.lume.ufrgs.br:10183/180308Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-11-06T07:37:40Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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