Diálogo entre história e literatura em Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra, de Mia Couto
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFS |
Texto Completo: | https://ri.ufs.br/handle/riufs/5685 |
Resumo: | Throughout the time, many borders were raised and intensified antagonism between literature and history. At the same time, the explanatory models that have defined this knowledge passed to be questioned. The limits between science and art, the erudite and the popular as well as the relations of knowledge and power were problematized and they gave to reason and to the reality a greater importance, to the detriment of subjectivity and scientific fiction watched by per si, to establish an intimate process between literature and history. And it is through these discussions focused on the correlation between these two areas of knowledge, we have developed this work, taking as object of study the literary work Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, of the Mozambican Mia Couto. Narrative which shows echoes of the Mozambican literary tradition, targeted by the materiality of the world, is other words, for economic reasons, subjective, inter-subjective of power and by historical perspectives of culture, without forgetting to show the permeability of literature and real (story), seeking constructive and innovative dialogue, rather contaminated by memory. To establish the discussion on African literature, especially Mozambican, we sought grounds on Maria Fernanda Afonso, Ana Mafalda Leite, Pires Laranjeiras, among others. It is also adhere to the theoretical framework guiding principles of Postcolonial Studies of hybridization notions colonialism and present the ideas of its main authors like Albert Memmi, Homi Bhabha, Frantz Fanon and Stuart Hall. Then we detached the literary text of the encounter with history, drawing on Aristotles thoughts, in order to demonstrate that a fictional work is not limited only to tell what happened, but to observe what could have happened too, from the perspective verisimilitude. Hayden White also helps us to state that the plurality of meanings of literary and historical texts accrue from contextualization, in a view of, there is a dynamic that specifies the literary art and the construction of the historical text, wich adrheres, it transforms or breaks theirs significant loads, through a polysemic speech, intentionally, and, in most cases, selective. |
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And it is through these discussions focused on the correlation between these two areas of knowledge, we have developed this work, taking as object of study the literary work Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, of the Mozambican Mia Couto. Narrative which shows echoes of the Mozambican literary tradition, targeted by the materiality of the world, is other words, for economic reasons, subjective, inter-subjective of power and by historical perspectives of culture, without forgetting to show the permeability of literature and real (story), seeking constructive and innovative dialogue, rather contaminated by memory. To establish the discussion on African literature, especially Mozambican, we sought grounds on Maria Fernanda Afonso, Ana Mafalda Leite, Pires Laranjeiras, among others. It is also adhere to the theoretical framework guiding principles of Postcolonial Studies of hybridization notions colonialism and present the ideas of its main authors like Albert Memmi, Homi Bhabha, Frantz Fanon and Stuart Hall. Then we detached the literary text of the encounter with history, drawing on Aristotles thoughts, in order to demonstrate that a fictional work is not limited only to tell what happened, but to observe what could have happened too, from the perspective verisimilitude. Hayden White also helps us to state that the plurality of meanings of literary and historical texts accrue from contextualization, in a view of, there is a dynamic that specifies the literary art and the construction of the historical text, wich adrheres, it transforms or breaks theirs significant loads, through a polysemic speech, intentionally, and, in most cases, selective.Ao longo dos tempos, muitas fronteiras se erigiram e intensificaram o antagonismo entre literatura e história. Ao mesmo tempo, os modelos explicativos que definiram esses saberes passaram a ser indagados. As fronteiras entre a ciência e a arte, o erudito e o popular, bem como as relações de saber e poder foram problematizadas e deram à realidade e à razão uma maior importância, em detrimento da subjetividade e da ficção científica vistas de per si, ao estabelecer um processo de intimidade entre a literatura e a história. E é por meio dessas discussões, voltadas para a correlação entre essas duas áreas do saber, que desenvolvemos o presente trabalho, adotando como objeto de estudo a obra literária Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, do moçambicano Mia Couto. Narrativa que apresenta ecos da tradição literária moçambicana, alvejados pela materialidade do mundo, ou seja, por questões econômicas, subjetivas, intersubjetivas de poder e por perspectivas históricas de cultura, além de evidenciar a permeabilidade da literatura e do real (história), em busca de um diálogo construtivo e inovador, assaz contaminado pela memória. Para estabelecer a discussão sobre a Literatura africana, principalmente, a moçambicana, buscamos fundamentos em Maria Fernanda Afonso, Ana Mafalda Leite, Pires Laranjeiras, entre outros. Aderem-se também ao referencial teórico os princípios norteadores dos estudos pós-coloniais em torno das noções de hibridização e colonialismo presentes nas ideias dos seus principais autores, como Albert Memmi, Homi Bhabha, Frantz Fanon e Stuart Hall. Em seguida, destacamos o encontro do texto literário com a história, recorrendo aos pensamentos de Aristóteles, com o objetivo de demonstrar que uma obra ficcional não se limita apenas a contar o acontecido, mas também a observar o que podia ter acontecido, sob a ótica da verossimilhança. Hayden White também nos ajuda afirmar que a pluralidade de significações dos textos literários e históricos decorre de inúmeras contextualizações, porquanto há uma dinâmica que especifica a arte literária e a construção do texto histórico, que adere, transforma ou rompe as suas cargas significativas, por meio de um discurso polissêmico, intencional e, na maioria das vezes, seletivo.application/pdfporUniversidade Federal de SergipePós-Graduação em LetrasUFSBrasilLiteraturaLiteratura moçambicanaLiteratura e históriaMemóriaMemória na literaturaHistória na literaturaHistóriaMia CoutoUm Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra (Mia Couto)HistoryLiteratureMemoryLINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRASDiálogo entre história e literatura em Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra, de Mia Coutoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFSinstname:Universidade Federal de Sergipe (UFS)instacron:UFSORIGINALLEIRI_DAYANA_BARBOSA_SILVA_LISBOA.pdfapplication/pdf760366https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/5685/1/LEIRI_DAYANA_BARBOSA_SILVA_LISBOA.pdffd1e6143e1a1faf90d7fca6d29dcbc79MD51TEXTLEIRI_DAYANA_BARBOSA_SILVA_LISBOA.pdf.txtLEIRI_DAYANA_BARBOSA_SILVA_LISBOA.pdf.txtExtracted texttext/plain222845https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/5685/2/LEIRI_DAYANA_BARBOSA_SILVA_LISBOA.pdf.txt5d51252753d6c77ba1c408bd399b64e9MD52THUMBNAILLEIRI_DAYANA_BARBOSA_SILVA_LISBOA.pdf.jpgLEIRI_DAYANA_BARBOSA_SILVA_LISBOA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1150https://ri.ufs.br/jspui/bitstream/riufs/5685/3/LEIRI_DAYANA_BARBOSA_SILVA_LISBOA.pdf.jpg9a8d1bc76566a3b7c98d4be5b1162c98MD53riufs/56852018-02-20 20:59:09.975oai:ufs.br:riufs/5685Repositório InstitucionalPUBhttps://ri.ufs.br/oai/requestrepositorio@academico.ufs.bropendoar:2018-02-20T23:59:09Repositório Institucional da UFS - Universidade Federal de Sergipe (UFS)false |
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