O exemplo daquelas mulheres : reflexões comparatistas sobre a literatura de autoria feminina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/179823 |
Resumo: | Tradicionalmente, a ideia de que a caneta se identifica com o masculino tem seu contraponto histórico na recorrência da imagem da página em branco associada ao feminino. Gubar (1981), ao analisar um conto de Karen Blixen ([1957] 1991), propõe que a criatividade feminina está associada a uma “ansiedade da autoria”. A autoria feminina é um fenômeno verificável na maneira como escritoras e tradutoras retomam os textos de mulheres que vieram antes delas, como se a trama da palavra engendrasse uma comunidade de textos, a qual, por sua vez, é comparatista e internacional, pois inclui autoras de diferentes épocas e culturas. Em O Livro de Cabeceira, filme de Peter Greenaway, de 1996, que é uma adaptação de O Livro de Travesseiro, de Sei Shônagon (séculos X–XI), reencontramos as metáforas do texto-têxtil e do corpo-página, presentes tanto como um eco do texto japonês antigo, como de questões teóricas da pós-modernidade, que o diretor encenou em muitos de seus filmes. O filme O Livro de Cabeceira pode ser lido como uma expansão das reflexões de Susan Gubar sobre a página em branco. |
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Cunha, Andrei dos Santos2018-06-27T02:35:20Z20172179-2194http://hdl.handle.net/10183/179823001070157Tradicionalmente, a ideia de que a caneta se identifica com o masculino tem seu contraponto histórico na recorrência da imagem da página em branco associada ao feminino. Gubar (1981), ao analisar um conto de Karen Blixen ([1957] 1991), propõe que a criatividade feminina está associada a uma “ansiedade da autoria”. A autoria feminina é um fenômeno verificável na maneira como escritoras e tradutoras retomam os textos de mulheres que vieram antes delas, como se a trama da palavra engendrasse uma comunidade de textos, a qual, por sua vez, é comparatista e internacional, pois inclui autoras de diferentes épocas e culturas. Em O Livro de Cabeceira, filme de Peter Greenaway, de 1996, que é uma adaptação de O Livro de Travesseiro, de Sei Shônagon (séculos X–XI), reencontramos as metáforas do texto-têxtil e do corpo-página, presentes tanto como um eco do texto japonês antigo, como de questões teóricas da pós-modernidade, que o diretor encenou em muitos de seus filmes. O filme O Livro de Cabeceira pode ser lido como uma expansão das reflexões de Susan Gubar sobre a página em branco.Traditionally, the association of the pen with the masculine has had its historical counterpoint in the recurrence of image of the blank page associated with the feminine. Gubar (1981), when analyzing a short story by Karen Blixen ([1957] 1991), proposes that feminine creativity comes with an “anxiety of authorship”. Female authorship is a verifiable phenomenon in the way female writers and translators reread the texts of women who came before them, as if words, when woven together, could create a community of texts. This community is comparativist and international, as it includes authors from different eras and cultures. In The Pillow Book, Peter Greenaway’s 1996 film, which is an adaptation of Sei Shônagon’s The Pillow Book (X–XI centuries), we find the metaphors of text-textile and body-page both as a tribute to the old Japanese text, and as a meditation upon postmodern theoretical issues, which the filmmaker has staged in many of his films. The film The Pillow Book can be read as an expansion of Susan Gubar’s reflections upon the metaphor of the blank page.application/pdfporFragmentum. Santa Maria, RS. N. 49 (jan./jun. 2017), p. 103-122Literatura femininaAutoriaFemale literary authorshipBlank pageComparativismO exemplo daquelas mulheres : reflexões comparatistas sobre a literatura de autoria femininaThe example of other women : some thoughts on comparative literature and female authorshipinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001070157.pdf001070157.pdfTexto completoapplication/pdf800766http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/179823/1/001070157.pdfa3c7602324bbdab829d91095eec8f9b9MD51TEXT001070157.pdf.txt001070157.pdf.txtExtracted Texttext/plain50721http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/179823/2/001070157.pdf.txt331e7cbd652c73e7a159be7ffa483cbaMD5210183/1798232023-09-24 03:38:20.214007oai:www.lume.ufrgs.br:10183/179823Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-09-24T06:38:20Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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