Contato pele a pele e amamentação na primeira hora de vida em um hospital amigo da criança do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Chaiben, Maira Oliveira
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/69739
Resumo: As práticas humanizadas de atenção ao recém-nascido, como o contato pele a pele e a amamentação na primeira hora de vida, são de simples execução e proporcionam benefícios baseados em evidências científicas tanto ao recém-nascido (RN) quanto à mãe. O aleitamento materno iniciado na primeira hora de vida contribui para a redução da mortalidade neonatal, o que vai ao encontro ao quarto e ao quinto Objetivos do Milênio propostos pela Organização das Nações Unidas em 2000. Este estudo transversal objetiva conhecer a frequência do contato pele a pele e da amamentação em sala de parto (na primeira hora de vida), sala de cesariana e sala de recuperação pós-parto em um Hospital Amigo da Criança do sul do Brasil, assim como os motivos referenciados pelas mães para a não ocorrência destas práticas. Participaram do estudo 385 mulheres e seus respectivos recém-nascidos. Em sua maioria, as mulheres entrevistadas eram brancas, com idade entre 19 e 44 anos, possuíam mais de 8 anos de escolaridade, tinham companheiro, exerciam atividades não exclusivas ao lar e internaram no hospital por meio do Sistema Único de Saúde. A maioria dos recém-nascidos era a termo, adequados para a idade gestacional e com APGAR de 8 a 9 no 1º minuto de vida e de 9 a 10 no 5º minuto. Os dados demonstraram que, após o nascimento e antes de serem prestados os primeiros cuidados ao RN, 60,6% foram para o colo da mãe sobre a sua roupa e apenas 15,4% tiveram contato pele a pele com a mãe, o que se manteve após os primeiros cuidados, quando 62,0% dos RN foram para o colo da mãe sobre a sua roupa e 16,8% tiveram contato pele a pele. O estímulo à amamentação imediatamente após o parto foi baixo (23,2%), mas aumentou após o recém-nascido receber os primeiros cuidados (57,9%), demonstrando, de certa forma, uma necessidade, possivelmente vinda do profissional de saúde, em realizar estes cuidados antes de promover o aleitamento materno. Entretanto, os índices de amamentação em sala de parto na instituição estudada ainda estão aquém ao esperado, tendo em vista que os bebês e suas mães eram saudáveis em sua maioria. Na sala de recuperação pós-parto, 87,8% das mulheres ficaram com seus recém-nascidos e, destes, 72,4% foram amamentados neste local. Identificou-se que, dentre os motivos para a não realização do contato pele a pele e aleitamento materno, houve a influência das rotinas da unidade como higiene, secagem, pesagem, banho e outros. Portanto, faz-se necessário dialogar sobre o assunto com a equipe de saúde da instituição estudada, sensibilizando-os sobre a importância desse contato e o quanto ele é o precursor da amamentação na primeira hora de vida, podendo contribuir para o aumento das taxas de aleitamento materno e redução da morbimortalidade neonatal.
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Em sua maioria, as mulheres entrevistadas eram brancas, com idade entre 19 e 44 anos, possuíam mais de 8 anos de escolaridade, tinham companheiro, exerciam atividades não exclusivas ao lar e internaram no hospital por meio do Sistema Único de Saúde. A maioria dos recém-nascidos era a termo, adequados para a idade gestacional e com APGAR de 8 a 9 no 1º minuto de vida e de 9 a 10 no 5º minuto. Os dados demonstraram que, após o nascimento e antes de serem prestados os primeiros cuidados ao RN, 60,6% foram para o colo da mãe sobre a sua roupa e apenas 15,4% tiveram contato pele a pele com a mãe, o que se manteve após os primeiros cuidados, quando 62,0% dos RN foram para o colo da mãe sobre a sua roupa e 16,8% tiveram contato pele a pele. O estímulo à amamentação imediatamente após o parto foi baixo (23,2%), mas aumentou após o recém-nascido receber os primeiros cuidados (57,9%), demonstrando, de certa forma, uma necessidade, possivelmente vinda do profissional de saúde, em realizar estes cuidados antes de promover o aleitamento materno. Entretanto, os índices de amamentação em sala de parto na instituição estudada ainda estão aquém ao esperado, tendo em vista que os bebês e suas mães eram saudáveis em sua maioria. Na sala de recuperação pós-parto, 87,8% das mulheres ficaram com seus recém-nascidos e, destes, 72,4% foram amamentados neste local. Identificou-se que, dentre os motivos para a não realização do contato pele a pele e aleitamento materno, houve a influência das rotinas da unidade como higiene, secagem, pesagem, banho e outros. Portanto, faz-se necessário dialogar sobre o assunto com a equipe de saúde da instituição estudada, sensibilizando-os sobre a importância desse contato e o quanto ele é o precursor da amamentação na primeira hora de vida, podendo contribuir para o aumento das taxas de aleitamento materno e redução da morbimortalidade neonatal.The humanized practices of paying attention to the newborn such as skin to skin contact and breast feeding in the first hour of life, are simple to execute and provides benefits based in evidences not only to the newborn (NB), but also to the mother. Breast feeding their babies within the first hour of life contributes to the reduction of neonatal mortality, which is listed as the fourth and fifth Millennium Development Goals suggested by the United Nations (UN) in the year 2000. This cross-sectional study aimed to evaluate the frequency of skin to skin contact and breast feeding in the delivery room (in the first hour of life), cesarean room and postpartum recovery in an Baby-Friendly Hospital in the southern Brazil, as well as the reasons referenced by mothers for the absence of these. The study included 385 women and their newborns. The women interviewed were mostly caucasian, aged between 19 and 44 years old, had more than eight years of schooling, had a partner, had activities not exclusive to the home and were admitted to the hospital through the Brazilian Unified Health System (SUS). Most newborns had an appropriate gestational age and APGAR of 8 to 9 in the first minute of life and from 9 to 10 in the fifth minute. The data showed that after the birth and before being rendered first aid to the NB, 60.6% went to the mother's lap with clothes and only 15.4% had skin to skin contact with their mother, what persisted after being rendered first aid, while 62% of the NB went to the mother's lap with clothes and 16.8% had skin to skin contact. Encouraging breast feeding right after the birth had low rate (23.2%), but increased after being rendered first aid to the newborn (57.9%), showing that there is a need, coming from the professional, in performing this cares before breast feeding. However, the breast feeding rates in the delivery room in the studied institution are still below than expected, given that the babies and their mothers were healthy in their majority. In the post-partum recovery room, 87.8% of the women were with their newborns and of these, 72.4% were breast-fed in that room. The influence of routines like hygiene, drying, weighing, baths, and whatnot was discovered has the main reasons to not having had skin to skin contact and breast feeding with the NB. Therefore, it is necessary to talk about this issue with the health staff of the studied institution, warning them about the importance of this contact and how much it means to breast feed newborns in the first hour of life, contributing to increase breast feeding rates and reduction of neonatal mortality.application/pdfporAleitamento maternoRecém-nascidoRelações mãe-filhoNewbornBreast feedingMother-child relationsContato pele a pele e amamentação na primeira hora de vida em um hospital amigo da criança do sul do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2012Enfermagemgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000872990.pdf000872990.pdfTexto completoapplication/pdf1251821http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/69739/1/000872990.pdf115dfcb7de71b41df11104171e220aadMD51TEXT000872990.pdf.txt000872990.pdf.txtExtracted Texttext/plain87190http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/69739/2/000872990.pdf.txt2bb58cd3eccb3f0a2a06370b916008deMD52THUMBNAIL000872990.pdf.jpg000872990.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg975http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/69739/3/000872990.pdf.jpg9a88494b209faf319ed7ceede63f59eeMD5310183/697392018-10-15 08:01:20.506oai:www.lume.ufrgs.br:10183/69739Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-15T11:01:20Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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