“Homem e pilates não existe na mesma frase” : uma análise de tweets sobre a prática masculina de pilates
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/248825 |
Resumo: | Embora o método Pilates tenha sido criado por um homem, existe um preconceito sobre a prática quando realizada por sujeitos do sexo masculino. O presente estudo, portanto, tem como objetivo analisar as representações encontradas no Twitter acerca da prática de pilates quando realizada por homens. Para isso, foi utilizado a ferramenta de pesquisa da rede social Twitter e feito uma busca através das palavras-chave “homem” e “pilates”, cuja data de publicação máxima foi 26/05/2020. Foram excluídos os tweets publicitários e aqueles que não estiveram vinculados às categorias gênero ou sexualidade. Os tweets foram analisados a partir dos fundamentos da Análise de Conteúdo segundo Bardin (2011), e divididos em duas categorias: “A sexualidade posta sob suspeita e a zoação como mecanismo de regulação das condutas” e “A busca por justificativas para a prática masculina”. Devido à heteronorma, que regulamenta diversos padrões para vivência dos gêneros, explica-se muito quando percebemos que esse preconceito existe devido ao pilates estar associado ao feminino, levando em conta que os homens devem negar tudo o que é feminino. Como mecanismo de regulação das condutas, inicia-se o processo de zoação, com comentários irônicos, debochados, que colocam sob suspeita a sexualidade dos homens que aderem ao pilates. Com o intuito de legitimar a prática, aparece um conjunto de tweets que apresentam dois argumentos como justificativa: a saúde, devido aos efeitos de verdade que a medicina tem sobre a sociedade, e a capacidade do método em melhorar a performance sexual, que é uma área central e de grande significância para a masculinidade. Com estes argumentos, reforçam a heteronormatividade e, por conseguinte, o preconceito existente. |
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Lewandoski, AndressaSilva, André Luiz dos Santos2022-09-13T04:52:50Z2020http://hdl.handle.net/10183/248825001149260Embora o método Pilates tenha sido criado por um homem, existe um preconceito sobre a prática quando realizada por sujeitos do sexo masculino. O presente estudo, portanto, tem como objetivo analisar as representações encontradas no Twitter acerca da prática de pilates quando realizada por homens. Para isso, foi utilizado a ferramenta de pesquisa da rede social Twitter e feito uma busca através das palavras-chave “homem” e “pilates”, cuja data de publicação máxima foi 26/05/2020. Foram excluídos os tweets publicitários e aqueles que não estiveram vinculados às categorias gênero ou sexualidade. Os tweets foram analisados a partir dos fundamentos da Análise de Conteúdo segundo Bardin (2011), e divididos em duas categorias: “A sexualidade posta sob suspeita e a zoação como mecanismo de regulação das condutas” e “A busca por justificativas para a prática masculina”. Devido à heteronorma, que regulamenta diversos padrões para vivência dos gêneros, explica-se muito quando percebemos que esse preconceito existe devido ao pilates estar associado ao feminino, levando em conta que os homens devem negar tudo o que é feminino. Como mecanismo de regulação das condutas, inicia-se o processo de zoação, com comentários irônicos, debochados, que colocam sob suspeita a sexualidade dos homens que aderem ao pilates. Com o intuito de legitimar a prática, aparece um conjunto de tweets que apresentam dois argumentos como justificativa: a saúde, devido aos efeitos de verdade que a medicina tem sobre a sociedade, e a capacidade do método em melhorar a performance sexual, que é uma área central e de grande significância para a masculinidade. Com estes argumentos, reforçam a heteronormatividade e, por conseguinte, o preconceito existente.Although Pilates method was created by a man, there is prejudice about the practice when performed by men. The present study, therefore, aims to analyze the representations found on Twitter about the practice of pilates when performed by men. For this, was used the search tool of the social network Twitter and the research was made using the keywords "man" and "pilates", whose maximum publication date was 05/26/2020. Advertising tweets and those that were not linked to the gender or sexuality categories were excluded. The tweets were analyzed based on the foundations of Content Analysis according to Bardin (2011), and divided into two categories: “sexuality under suspicion and mockery as a mechanism for regulating behavior” and “the search for justifications for male practice”. Due to the heteronorma, which regulates different standards for the experience of the genders, it is explained when we realize that this prejudice exists because pilates is associated with the feminine, taking into account that men must deny everything that is feminine. As a mechanism for regulating conducts, the process of mocking begins, with ironic, mocking comments that put the sexuality of men who practice pilates under suspicion. In order to legitimize the practice, a set of tweets appears that present two arguments as a justification, health due to the real effects that medicine has on society and the ability of the method to improve sexual performance, which is a central area and of great significance for masculinity. With these arguments, they reinforce heteronormativity and, therefore, the existing prejudice.application/pdfporPilatesMasculinidadePreconceitoMasculinityPreconception“Homem e pilates não existe na mesma frase” : uma análise de tweets sobre a prática masculina de pilatesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPorto Alegre, BR-RS2020Educação Física: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001149260.pdf.txt001149260.pdf.txtExtracted Texttext/plain61829http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/248825/2/001149260.pdf.txt05948d1d1f63d19ec8dea780015e3894MD52ORIGINAL001149260.pdfTexto completoapplication/pdf616004http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/248825/1/001149260.pdfc25e2838080dcd1c90eacc68c25158f7MD5110183/2488252022-09-14 04:55:41.707915oai:www.lume.ufrgs.br:10183/248825Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-09-14T07:55:41Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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