Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Falavigna, Maicon
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Colpani, Verônica, Gazzana, Marcelo Basso, Zavascki, Alexandre Prehn, Dal Pizzol, Felipe
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/230460
Resumo: Introdução: Há diversas terapias sendo utilizadas, consideradas ou propostas para o tratamento da COVID-19, muitas carecendo de apropriada avaliação de efetividade e segurança. O propósito deste documento é fornecer recomendações baseadas nas evidências científicas disponíveis e em sua interpretação transparente, para subsidiar decisões sobre o tratamento farmacológico da COVID-19 no Brasil. Métodos: Um grupo de 27 especialistas e metodologistas integraram a força-tarefa formada pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Foram realizadas revisões sistemáticas rápidas, atualizadas até 28 de abril de 2020. A qualidade das evidências e a elaboração das recomendações seguiram o sistema GRADE. As recomendações foram elaboradas nos dias 5, 8 e 13 de maio de 2020. Resultados: Foram geradas 11 recomendações, embasadas em evidência de nível baixo ou muito baixo. Não há indicação para uso de rotina de hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, corticosteroides ou tocilizumabe no tratamento da COVID-19. Heparina deve ser utilizada em doses profiláticas no paciente hospitalizado, mas não deve ser realizada anticoagulação na ausência de indicação clínica específica. Antibacterianos e oseltamivir devem ser considerados somente nos pacientes em suspeita de coinfecção bacteriana ou por influenza, respectivamente. Conclusão: Até o momento, não há intervenções farmacológicas com efetividade e segurança comprovada que justifiquem seu uso de rotina no tratamento da COVID-19, devendo os pacientes serem tratados preferencialmente no contexto de pesquisa clínica. As recomendações serão revisadas continuamente, de forma a capturar a geração de novas evidências.
id UFRGS-2_fc0c171e57a21d892b8a702160ee49f6
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/230460
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Falavigna, MaiconColpani, VerônicaGazzana, Marcelo BassoZavascki, Alexandre PrehnDal Pizzol, Felipe2021-10-05T04:26:27Z20200103-507Xhttp://hdl.handle.net/10183/230460001130278Introdução: Há diversas terapias sendo utilizadas, consideradas ou propostas para o tratamento da COVID-19, muitas carecendo de apropriada avaliação de efetividade e segurança. O propósito deste documento é fornecer recomendações baseadas nas evidências científicas disponíveis e em sua interpretação transparente, para subsidiar decisões sobre o tratamento farmacológico da COVID-19 no Brasil. Métodos: Um grupo de 27 especialistas e metodologistas integraram a força-tarefa formada pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Foram realizadas revisões sistemáticas rápidas, atualizadas até 28 de abril de 2020. A qualidade das evidências e a elaboração das recomendações seguiram o sistema GRADE. As recomendações foram elaboradas nos dias 5, 8 e 13 de maio de 2020. Resultados: Foram geradas 11 recomendações, embasadas em evidência de nível baixo ou muito baixo. Não há indicação para uso de rotina de hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, corticosteroides ou tocilizumabe no tratamento da COVID-19. Heparina deve ser utilizada em doses profiláticas no paciente hospitalizado, mas não deve ser realizada anticoagulação na ausência de indicação clínica específica. Antibacterianos e oseltamivir devem ser considerados somente nos pacientes em suspeita de coinfecção bacteriana ou por influenza, respectivamente. Conclusão: Até o momento, não há intervenções farmacológicas com efetividade e segurança comprovada que justifiquem seu uso de rotina no tratamento da COVID-19, devendo os pacientes serem tratados preferencialmente no contexto de pesquisa clínica. As recomendações serão revisadas continuamente, de forma a capturar a geração de novas evidências.Introduction: Different therapies are currently used, considered, or proposed for the treatment of COVID-19; for many of those therapies, no appropriate assessment of effectiveness and safety was performed. This document aims to provide scientifically available evidencebased information in a transparent interpretation, to subsidize decisions related to the pharmacological therapy of COVID-19 in Brazil. Methods: A group of 27 experts and methodologists integrated a taskforce formed by professionals from the Brazilian Association of Intensive Care Medicine (Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB), the Brazilian Society of Infectious Diseases (Sociedad Brasileira de Infectologia - SBI) and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia - SBPT). Rapid systematic reviews, updated on April 28, 2020, were conducted. The assessment of the quality of evidence and the development of recommendations followed the GRADE system. The recommendations were written on May 5, 8, and 13, 2020. Results: Eleven recommendations were issued based on low or very-low level evidence. We do not recommend the routine use of hydroxychloroquine, chloroquine, azithromycin, lopinavir/ ritonavir, corticosteroids, or tocilizumab for the treatment of COVID-19. Prophylactic heparin should be used in hospitalized patients, however, no anticoagulation should be provided for patients without a specific clinical indication. Antibiotics and oseltamivir should only be considered for patients with suspected bacterial or influenza coinfection, respectively. Conclusion: So far no pharmacological intervention was proven effective and safe to warrant its use in the routine treatment of COVID-19 patients; therefore such patients should ideally be treated in the context of clinical trials. The recommendations herein provided will be revised continuously aiming to capture newly generated evidence.application/pdfengRevista brasileira de terapia intensiva. São Paulo. Vol. 32, n. 2 (2020), p. 166-196.COVID-19Infecções por coronavirusSARS-CoV-2BetacoronavirusGuia de prática clínicaTratamento farmacológicoBrasilCoronavirus infections/ drug therapySARSCoV-2GRADEGuidelinesBrazilGuidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and TisiologyDiretrizes para o tratamento farmacológico da COVID-19 : consenso da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, da Sociedade Brasileira de Infectologia e da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologiainfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001130278.pdf.txt001130278.pdf.txtExtracted Texttext/plain161542http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230460/3/001130278.pdf.txtfd1f92236ce6dbe334026104dfe925fbMD53001130278-02.pdf.txt001130278-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain165142http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230460/4/001130278-02.pdf.txtee1fe5e044e102d9741e67886618136aMD54ORIGINAL001130278.pdfTexto completo (inglês)application/pdf396833http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230460/1/001130278.pdfdf279d536d25cea1b485682d14513299MD51001130278-02.pdfTexto completoapplication/pdf412054http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230460/2/001130278-02.pdf853d35c58ff1aa85bd3a10bbae30e005MD5210183/2304602022-12-18 05:47:36.480265oai:www.lume.ufrgs.br:10183/230460Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-12-18T07:47:36Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology
dc.title.alternative.pt.fl_str_mv Diretrizes para o tratamento farmacológico da COVID-19 : consenso da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, da Sociedade Brasileira de Infectologia e da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
title Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology
spellingShingle Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology
Falavigna, Maicon
COVID-19
Infecções por coronavirus
SARS-CoV-2
Betacoronavirus
Guia de prática clínica
Tratamento farmacológico
Brasil
Coronavirus infections/ drug therapy
SARSCoV-2
GRADE
Guidelines
Brazil
title_short Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology
title_full Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology
title_fullStr Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology
title_full_unstemmed Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology
title_sort Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology
author Falavigna, Maicon
author_facet Falavigna, Maicon
Colpani, Verônica
Gazzana, Marcelo Basso
Zavascki, Alexandre Prehn
Dal Pizzol, Felipe
author_role author
author2 Colpani, Verônica
Gazzana, Marcelo Basso
Zavascki, Alexandre Prehn
Dal Pizzol, Felipe
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Falavigna, Maicon
Colpani, Verônica
Gazzana, Marcelo Basso
Zavascki, Alexandre Prehn
Dal Pizzol, Felipe
dc.subject.por.fl_str_mv COVID-19
Infecções por coronavirus
SARS-CoV-2
Betacoronavirus
Guia de prática clínica
Tratamento farmacológico
Brasil
topic COVID-19
Infecções por coronavirus
SARS-CoV-2
Betacoronavirus
Guia de prática clínica
Tratamento farmacológico
Brasil
Coronavirus infections/ drug therapy
SARSCoV-2
GRADE
Guidelines
Brazil
dc.subject.eng.fl_str_mv Coronavirus infections/ drug therapy
SARSCoV-2
GRADE
Guidelines
Brazil
description Introdução: Há diversas terapias sendo utilizadas, consideradas ou propostas para o tratamento da COVID-19, muitas carecendo de apropriada avaliação de efetividade e segurança. O propósito deste documento é fornecer recomendações baseadas nas evidências científicas disponíveis e em sua interpretação transparente, para subsidiar decisões sobre o tratamento farmacológico da COVID-19 no Brasil. Métodos: Um grupo de 27 especialistas e metodologistas integraram a força-tarefa formada pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Foram realizadas revisões sistemáticas rápidas, atualizadas até 28 de abril de 2020. A qualidade das evidências e a elaboração das recomendações seguiram o sistema GRADE. As recomendações foram elaboradas nos dias 5, 8 e 13 de maio de 2020. Resultados: Foram geradas 11 recomendações, embasadas em evidência de nível baixo ou muito baixo. Não há indicação para uso de rotina de hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, corticosteroides ou tocilizumabe no tratamento da COVID-19. Heparina deve ser utilizada em doses profiláticas no paciente hospitalizado, mas não deve ser realizada anticoagulação na ausência de indicação clínica específica. Antibacterianos e oseltamivir devem ser considerados somente nos pacientes em suspeita de coinfecção bacteriana ou por influenza, respectivamente. Conclusão: Até o momento, não há intervenções farmacológicas com efetividade e segurança comprovada que justifiquem seu uso de rotina no tratamento da COVID-19, devendo os pacientes serem tratados preferencialmente no contexto de pesquisa clínica. As recomendações serão revisadas continuamente, de forma a capturar a geração de novas evidências.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-10-05T04:26:27Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/230460
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0103-507X
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001130278
identifier_str_mv 0103-507X
001130278
url http://hdl.handle.net/10183/230460
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Revista brasileira de terapia intensiva. São Paulo. Vol. 32, n. 2 (2020), p. 166-196.
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230460/3/001130278.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230460/4/001130278-02.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230460/1/001130278.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230460/2/001130278-02.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv fd1f92236ce6dbe334026104dfe925fb
ee1fe5e044e102d9741e67886618136a
df279d536d25cea1b485682d14513299
853d35c58ff1aa85bd3a10bbae30e005
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801225038238580736