Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/230460 |
Resumo: | Introdução: Há diversas terapias sendo utilizadas, consideradas ou propostas para o tratamento da COVID-19, muitas carecendo de apropriada avaliação de efetividade e segurança. O propósito deste documento é fornecer recomendações baseadas nas evidências científicas disponíveis e em sua interpretação transparente, para subsidiar decisões sobre o tratamento farmacológico da COVID-19 no Brasil. Métodos: Um grupo de 27 especialistas e metodologistas integraram a força-tarefa formada pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Foram realizadas revisões sistemáticas rápidas, atualizadas até 28 de abril de 2020. A qualidade das evidências e a elaboração das recomendações seguiram o sistema GRADE. As recomendações foram elaboradas nos dias 5, 8 e 13 de maio de 2020. Resultados: Foram geradas 11 recomendações, embasadas em evidência de nível baixo ou muito baixo. Não há indicação para uso de rotina de hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, corticosteroides ou tocilizumabe no tratamento da COVID-19. Heparina deve ser utilizada em doses profiláticas no paciente hospitalizado, mas não deve ser realizada anticoagulação na ausência de indicação clínica específica. Antibacterianos e oseltamivir devem ser considerados somente nos pacientes em suspeita de coinfecção bacteriana ou por influenza, respectivamente. Conclusão: Até o momento, não há intervenções farmacológicas com efetividade e segurança comprovada que justifiquem seu uso de rotina no tratamento da COVID-19, devendo os pacientes serem tratados preferencialmente no contexto de pesquisa clínica. As recomendações serão revisadas continuamente, de forma a capturar a geração de novas evidências. |
id |
UFRGS-2_fc0c171e57a21d892b8a702160ee49f6 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/230460 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Falavigna, MaiconColpani, VerônicaGazzana, Marcelo BassoZavascki, Alexandre PrehnDal Pizzol, Felipe2021-10-05T04:26:27Z20200103-507Xhttp://hdl.handle.net/10183/230460001130278Introdução: Há diversas terapias sendo utilizadas, consideradas ou propostas para o tratamento da COVID-19, muitas carecendo de apropriada avaliação de efetividade e segurança. O propósito deste documento é fornecer recomendações baseadas nas evidências científicas disponíveis e em sua interpretação transparente, para subsidiar decisões sobre o tratamento farmacológico da COVID-19 no Brasil. Métodos: Um grupo de 27 especialistas e metodologistas integraram a força-tarefa formada pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Foram realizadas revisões sistemáticas rápidas, atualizadas até 28 de abril de 2020. A qualidade das evidências e a elaboração das recomendações seguiram o sistema GRADE. As recomendações foram elaboradas nos dias 5, 8 e 13 de maio de 2020. Resultados: Foram geradas 11 recomendações, embasadas em evidência de nível baixo ou muito baixo. Não há indicação para uso de rotina de hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, corticosteroides ou tocilizumabe no tratamento da COVID-19. Heparina deve ser utilizada em doses profiláticas no paciente hospitalizado, mas não deve ser realizada anticoagulação na ausência de indicação clínica específica. Antibacterianos e oseltamivir devem ser considerados somente nos pacientes em suspeita de coinfecção bacteriana ou por influenza, respectivamente. Conclusão: Até o momento, não há intervenções farmacológicas com efetividade e segurança comprovada que justifiquem seu uso de rotina no tratamento da COVID-19, devendo os pacientes serem tratados preferencialmente no contexto de pesquisa clínica. As recomendações serão revisadas continuamente, de forma a capturar a geração de novas evidências.Introduction: Different therapies are currently used, considered, or proposed for the treatment of COVID-19; for many of those therapies, no appropriate assessment of effectiveness and safety was performed. This document aims to provide scientifically available evidencebased information in a transparent interpretation, to subsidize decisions related to the pharmacological therapy of COVID-19 in Brazil. Methods: A group of 27 experts and methodologists integrated a taskforce formed by professionals from the Brazilian Association of Intensive Care Medicine (Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB), the Brazilian Society of Infectious Diseases (Sociedad Brasileira de Infectologia - SBI) and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia - SBPT). Rapid systematic reviews, updated on April 28, 2020, were conducted. The assessment of the quality of evidence and the development of recommendations followed the GRADE system. The recommendations were written on May 5, 8, and 13, 2020. Results: Eleven recommendations were issued based on low or very-low level evidence. We do not recommend the routine use of hydroxychloroquine, chloroquine, azithromycin, lopinavir/ ritonavir, corticosteroids, or tocilizumab for the treatment of COVID-19. Prophylactic heparin should be used in hospitalized patients, however, no anticoagulation should be provided for patients without a specific clinical indication. Antibiotics and oseltamivir should only be considered for patients with suspected bacterial or influenza coinfection, respectively. Conclusion: So far no pharmacological intervention was proven effective and safe to warrant its use in the routine treatment of COVID-19 patients; therefore such patients should ideally be treated in the context of clinical trials. The recommendations herein provided will be revised continuously aiming to capture newly generated evidence.application/pdfengRevista brasileira de terapia intensiva. São Paulo. Vol. 32, n. 2 (2020), p. 166-196.COVID-19Infecções por coronavirusSARS-CoV-2BetacoronavirusGuia de prática clínicaTratamento farmacológicoBrasilCoronavirus infections/ drug therapySARSCoV-2GRADEGuidelinesBrazilGuidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and TisiologyDiretrizes para o tratamento farmacológico da COVID-19 : consenso da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, da Sociedade Brasileira de Infectologia e da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologiainfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001130278.pdf.txt001130278.pdf.txtExtracted Texttext/plain161542http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230460/3/001130278.pdf.txtfd1f92236ce6dbe334026104dfe925fbMD53001130278-02.pdf.txt001130278-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain165142http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230460/4/001130278-02.pdf.txtee1fe5e044e102d9741e67886618136aMD54ORIGINAL001130278.pdfTexto completo (inglês)application/pdf396833http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230460/1/001130278.pdfdf279d536d25cea1b485682d14513299MD51001130278-02.pdfTexto completoapplication/pdf412054http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230460/2/001130278-02.pdf853d35c58ff1aa85bd3a10bbae30e005MD5210183/2304602022-12-18 05:47:36.480265oai:www.lume.ufrgs.br:10183/230460Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-12-18T07:47:36Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology |
dc.title.alternative.pt.fl_str_mv |
Diretrizes para o tratamento farmacológico da COVID-19 : consenso da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, da Sociedade Brasileira de Infectologia e da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia |
title |
Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology |
spellingShingle |
Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology Falavigna, Maicon COVID-19 Infecções por coronavirus SARS-CoV-2 Betacoronavirus Guia de prática clínica Tratamento farmacológico Brasil Coronavirus infections/ drug therapy SARSCoV-2 GRADE Guidelines Brazil |
title_short |
Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology |
title_full |
Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology |
title_fullStr |
Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology |
title_full_unstemmed |
Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology |
title_sort |
Guidelines for the pharmacological treatment of COVID-19 : the task-force/consensus guideline of the Brazilian Association of Intensive Care Medicine, the Brazilian Society of Infectious Diseases and the Brazilian Society of Pulmonology and Tisiology |
author |
Falavigna, Maicon |
author_facet |
Falavigna, Maicon Colpani, Verônica Gazzana, Marcelo Basso Zavascki, Alexandre Prehn Dal Pizzol, Felipe |
author_role |
author |
author2 |
Colpani, Verônica Gazzana, Marcelo Basso Zavascki, Alexandre Prehn Dal Pizzol, Felipe |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Falavigna, Maicon Colpani, Verônica Gazzana, Marcelo Basso Zavascki, Alexandre Prehn Dal Pizzol, Felipe |
dc.subject.por.fl_str_mv |
COVID-19 Infecções por coronavirus SARS-CoV-2 Betacoronavirus Guia de prática clínica Tratamento farmacológico Brasil |
topic |
COVID-19 Infecções por coronavirus SARS-CoV-2 Betacoronavirus Guia de prática clínica Tratamento farmacológico Brasil Coronavirus infections/ drug therapy SARSCoV-2 GRADE Guidelines Brazil |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Coronavirus infections/ drug therapy SARSCoV-2 GRADE Guidelines Brazil |
description |
Introdução: Há diversas terapias sendo utilizadas, consideradas ou propostas para o tratamento da COVID-19, muitas carecendo de apropriada avaliação de efetividade e segurança. O propósito deste documento é fornecer recomendações baseadas nas evidências científicas disponíveis e em sua interpretação transparente, para subsidiar decisões sobre o tratamento farmacológico da COVID-19 no Brasil. Métodos: Um grupo de 27 especialistas e metodologistas integraram a força-tarefa formada pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Foram realizadas revisões sistemáticas rápidas, atualizadas até 28 de abril de 2020. A qualidade das evidências e a elaboração das recomendações seguiram o sistema GRADE. As recomendações foram elaboradas nos dias 5, 8 e 13 de maio de 2020. Resultados: Foram geradas 11 recomendações, embasadas em evidência de nível baixo ou muito baixo. Não há indicação para uso de rotina de hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, corticosteroides ou tocilizumabe no tratamento da COVID-19. Heparina deve ser utilizada em doses profiláticas no paciente hospitalizado, mas não deve ser realizada anticoagulação na ausência de indicação clínica específica. Antibacterianos e oseltamivir devem ser considerados somente nos pacientes em suspeita de coinfecção bacteriana ou por influenza, respectivamente. Conclusão: Até o momento, não há intervenções farmacológicas com efetividade e segurança comprovada que justifiquem seu uso de rotina no tratamento da COVID-19, devendo os pacientes serem tratados preferencialmente no contexto de pesquisa clínica. As recomendações serão revisadas continuamente, de forma a capturar a geração de novas evidências. |
publishDate |
2020 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-10-05T04:26:27Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/230460 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
0103-507X |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001130278 |
identifier_str_mv |
0103-507X 001130278 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/230460 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng |
language |
eng |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Revista brasileira de terapia intensiva. São Paulo. Vol. 32, n. 2 (2020), p. 166-196. |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230460/3/001130278.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230460/4/001130278-02.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230460/1/001130278.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230460/2/001130278-02.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
fd1f92236ce6dbe334026104dfe925fb ee1fe5e044e102d9741e67886618136a df279d536d25cea1b485682d14513299 853d35c58ff1aa85bd3a10bbae30e005 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801225038238580736 |