Limites e contradições de características autogestionárias : uma análise a partir da Horta Comunitária da Lomba do Pinheiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Álvaro da Silva
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/237856
Resumo: Partindo do diagnóstico de Faria (2017) de que o termo autogestão vem sendo utilizado com pouco rigor conceitual, buscou-se analisar os limites e as contradições de características autogestionárias. Portanto, a análise do modo de gestão da Horta Comunitária da Lomba do Pinheiro considerou as contradições que os fundamentos e características de uma autogestão encontram em uma realidade em que tanto Estado quanto capitalismo não estão suprimidos. Os resultados da pesquisa demonstraram que as características da horta são predominantemente autogestionárias. No entanto, estão presentes na organização características típicas de uma heterogestão, como hierarquia. (FARIA, 2008). Porém, esta se manifesta de maneira contraditória à típica da heterogestão, em que a classe dirigente planeja e a trabalhadora executa. No Estado, as contradições foram evidenciadas na análise a partir da percepção de que há tanto um beneficiamento, como com a cessão da área para uso do projeto, como ameaças, a exemplo de um projeto urbanístico que construiria ruas no local onde está instalada a horta. A relação com o capitalismo tem como eixo principal a especulação imobiliária no bairro Lomba do Pinheiro e a organização política dos interesses capitalistas. Por fim, a análise termina por fazer uma associação entre os princípios agroecológicos e os ciclos naturais (PRIMAVESI 2009, 2020; SHIVA, 2003) com os princípios da autogestão, concluindo que a inserção da natureza é necessária para o projeto de autonomia e emancipação humanas na autogestão.
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