Atividade antimicrobiana dos desinfetantes iodóforo e cloreto de benzalcônio (quaternário de amônio) frente a cepas de Escherichia coli de alta patogenicidade (APEC) de origem aviária
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/130457 |
Resumo: | Visando reduzir ou eliminar a possibilidade de transmissão de micro-organismos considerados indesejáveis, ou potencialmente patogênicos, tanto nas instalações das granjas avícolas quanto nos estabelecimentos matadouros é rotineiramente adotado o procedimento de desinfecção. Contudo, características intrínsecas ou adquiridas das bactérias podem impedir sua inativação por grupos químicos antimicrobianos. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi testar os compostos químicos iodóforo e cloreto de benzalcônio frente a cepas APEC (Escherichia coli patogênica aviária) (n=10) e amostra padrão de Escherichia coli (ATCC 5922), a fim de avaliar/monitorar a eficácia destes desinfetantes, bem como verificar se a característica alta patogenicidade confere fator de proteção contra esses compostos antimicrobianos. O ensaio in vitro para verificação da eficiência dos desinfetantes foi o de diluição por meio do teste qualitativo de suspensão, observando-se a atividade sob a influência das variáveis tempos de contato (5, 10 e 20 minutos), concentrações do iodóforo (100, 75, 50 e 25 ppm) e do Cloreto de benzalcônio (300, 150, 75 e 50 ppm) e temperatura ambiente (20°C). O Cloreto de benzalcônio mostrou-se eficaz frente todos as cepas nas concentrações de 300 e 150 ppm, em todos os tempos de contato, porém a 75 e 50 ppm no tempo de cinco minutos o desinfetante não foi eficaz para uma e quatro cepas de APEC, respectivamente. O iodóforo a 100 e 75 ppm também apresentou 100% de eficácia em todos os tempos avaliados, mas a 50 ppm quatro amostras foram resistentes no tempo de cinco minutos e uma em todos os tempos de exposição. A 25 ppm o iodóforo foi eficaz apenas para dois isolados em 5, 10 e 20 minutos de contato. Concluiu-se que, nas condições do experimento, tanto o iodóforo quanto o cloreto de benzalcônio foram capazes de inativar todos os isolados de APEC confrontados, podendo ser empregados nos processos de desinfecção. A característica alta patogenicidade não pareceu promover maior grau de resistência, quando comparado com a cepa padrão, já que os resultados de suscetibilidade foram similares. Cabe enfatizar que as variáveis concentração, e tempo de contato, interferiram na atuação destes compostos devendo ser levados em consideração quando no estabelecimento e monitoramento dos protocolos de higiene. |
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Carvalho, DaianeAvancini, Cesar Augusto Marchionatti2015-11-27T02:42:57Z2015http://hdl.handle.net/10183/130457000978372Visando reduzir ou eliminar a possibilidade de transmissão de micro-organismos considerados indesejáveis, ou potencialmente patogênicos, tanto nas instalações das granjas avícolas quanto nos estabelecimentos matadouros é rotineiramente adotado o procedimento de desinfecção. Contudo, características intrínsecas ou adquiridas das bactérias podem impedir sua inativação por grupos químicos antimicrobianos. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi testar os compostos químicos iodóforo e cloreto de benzalcônio frente a cepas APEC (Escherichia coli patogênica aviária) (n=10) e amostra padrão de Escherichia coli (ATCC 5922), a fim de avaliar/monitorar a eficácia destes desinfetantes, bem como verificar se a característica alta patogenicidade confere fator de proteção contra esses compostos antimicrobianos. O ensaio in vitro para verificação da eficiência dos desinfetantes foi o de diluição por meio do teste qualitativo de suspensão, observando-se a atividade sob a influência das variáveis tempos de contato (5, 10 e 20 minutos), concentrações do iodóforo (100, 75, 50 e 25 ppm) e do Cloreto de benzalcônio (300, 150, 75 e 50 ppm) e temperatura ambiente (20°C). O Cloreto de benzalcônio mostrou-se eficaz frente todos as cepas nas concentrações de 300 e 150 ppm, em todos os tempos de contato, porém a 75 e 50 ppm no tempo de cinco minutos o desinfetante não foi eficaz para uma e quatro cepas de APEC, respectivamente. O iodóforo a 100 e 75 ppm também apresentou 100% de eficácia em todos os tempos avaliados, mas a 50 ppm quatro amostras foram resistentes no tempo de cinco minutos e uma em todos os tempos de exposição. A 25 ppm o iodóforo foi eficaz apenas para dois isolados em 5, 10 e 20 minutos de contato. Concluiu-se que, nas condições do experimento, tanto o iodóforo quanto o cloreto de benzalcônio foram capazes de inativar todos os isolados de APEC confrontados, podendo ser empregados nos processos de desinfecção. A característica alta patogenicidade não pareceu promover maior grau de resistência, quando comparado com a cepa padrão, já que os resultados de suscetibilidade foram similares. Cabe enfatizar que as variáveis concentração, e tempo de contato, interferiram na atuação destes compostos devendo ser levados em consideração quando no estabelecimento e monitoramento dos protocolos de higiene.In order to reduce or eliminate the possibility of transmission of microrganisms considered undesirable or potentially pathogenic it is routinely adopted the disinfection procedure, at both, poultry slaughterhouses and poultry farms. However, intrinsic or acquired characteristics of the bacteria can prevent its inactivation by antimicrobial chemical groups. In this context, the aim of this study was to test the iodophor chemical compounds and benzalkonium chloride against strains APEC (Avian pathogenic Escherichia coli) (n = 10) and standard sample of Escherichia coli (ATCC 25922), to assess / monitor effectiveness of disinfectants and verify that the highly pathogenic feature provides protection factor against these antimicrobial compounds. The in vitro assay for verification of the effectiveness of disinfectants was the dilution by means of the qualitative suspension test, observing the activity under the influence of contact time (5, 10 and 20 minutes), iodophor concentrations (100, 75, 50 and 25 ppm) and benzalkonium chloride concentrations (300, 150, 75 and 50ppm) and room temperature (20 ° C). The benzalkonium chloride proved to be effective against all the strains at concentrations of 300 and 150 ppm at all contact times, but at 75 and 50 ppm of five minutes the disinfectant was not effective for one and four strains of APEC, respectively. The iodophor at 100 and 75 ppm also showed 100% efficacy in all time periods, but at 50 ppm four samples were resistant in five minutes time and in all exposure times. At 25 ppm the iodophor is effective only for two isolated at 5, 10 and 20 minutes of contact. In conclusion, the experimental conditions, both the iodophor as benzalkonium chloride were able to inactivate all APEC isolates confronted and can be used in the disinfection process. The highly pathogenic characteristic did not appear to promote higher degree of resistance compared to standard strain, since the results have showed similar susceptibility. It should be emphasized that the variables concentration and contact time, interfere with the action of these compounds and it should be taken into account in the establishment and monitoring of hygiene protocols.application/pdfporDesinfetantes : Amônia quaternáriaAtividade antimicrobianaAviculturaCloreto de benzalcônioDisinfectantAPECPoultryAtividade antimicrobiana dos desinfetantes iodóforo e cloreto de benzalcônio (quaternário de amônio) frente a cepas de Escherichia coli de alta patogenicidade (APEC) de origem aviáriainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2015especializaçãoCurso de Especialização em Produção, Tecnologia e Higiene de Produtos de Origem Animalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000978372.pdf000978372.pdfTexto completoapplication/pdf313860http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/130457/1/000978372.pdf7d5ce8734617b17ca285bdd715b27a24MD51TEXT000978372.pdf.txt000978372.pdf.txtExtracted Texttext/plain46697http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/130457/2/000978372.pdf.txt0111672eaf6a212b40cc93e81e399a5eMD52THUMBNAIL000978372.pdf.jpg000978372.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1136http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/130457/3/000978372.pdf.jpg2151cc819f3cb68666727b4fcd0c8760MD5310183/1304572022-02-22 04:58:40.361477oai:www.lume.ufrgs.br:10183/130457Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-02-22T07:58:40Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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