A IMPORTÂNCIA DA LITERACIA DIGITAL NO COMBATE À SOLIDÃO NUMA AMOSTRA DE IDOSOS PORTUGUESES NÃO-INSTITUCIONALIZADOS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pocinho, Ricardo Filipe da Silva
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Silva, Silvia Clara Laurido da, Gordo, Sara Maria de Oliveira, Santos, Rui Miguel Duarte, Margarido, Cristóvão Adelino Fonseca Franco Ribeiro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento
Texto Completo: https://seer.ufrgs.br/index.php/RevEnvelhecer/article/view/140203
Resumo: A solidão pode ser compreendida como a perceção da satisfação dos relacionamentos interpessoais que o individuo estabelece com o seu meio sociofamiliar. Queixas frequentes de solidão têm sido observadas na população idosa, impactada por um mundo cada vez mais automatizado, no qual esta faixa etária acaba por ser mais fragilizada com consequências na saúde física e mental. O objetivo central deste estudo passa pela compreensão do impacto da literacia digital no combate à solidão em idosos residentes no seu domicílio. Foram avaliados 31 idosos não-institucionalizados que frequentam, há 6 meses, as aulas de literacia digital de um Centro Educativo para Seniores. Para a recolha de dados foram utilizados o Tilburg Frailty Test (TFI), o Six-item Cognitive Impairment Test, a Escala de Barthel, o Índice de Lawton & Brody, a Escala de Depressão Geriátrica, o Inventário de Ansiedade Geriátrica e a Escala de solidão. Os resultados indicam que os participantes detêm uma média de idades de 75,21 anos, (DP = 4,67) que a maioria são do sexo feminino (n = 22; 71%) e com escolaridade do 1º ao 4º ano (n = 16: 52%). Desde que frequentam as aulas, todos os participantes já sabem fazer chamadas pelo telemóvel (n = 31; 100%), 61,3% já sabem enviar mensagens (n = 19), 51,6% já aprenderam a fazer videochamadas (n = 16), 77,4% já tiram fotos e vídeos (n = 24) e 64,5% já falam com os seus familiares pelas redes socias (n = 20). Quando questionados sobre o impacto da literacia digital nas suas vidas, 87,1% afirma que os sentimentos de solidão e isolamento diminuíram (n = 27), assim como os sintomas de depressão e ansiedade (87,2%; n = 23). Os resultados obtidos colocam em manifesto a importância de fomentar a aprendizagem ao longo da vida, criando contextos educativos nos quais os idosos tenham oportunidade de adquirir conhecimentos que lhes permita estabelecer relações interpessoais significativas utilizando, para esse efeito, tecnologia digital.
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