Corpos Associados: interatividade e tecnicidade nas paisagens da arte
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Informática na Educação: teoria & prática |
Texto Completo: | https://seer.ufrgs.br/index.php/InfEducTeoriaPratica/article/view/23377 |
Resumo: | A presente tese aborda os graus de interatividade presentes na experiência com e na obra de arte. O ato de experienciar na obra de arte nos mostra que qualquer experiência se constitui por relações intensivas entre corpos e meios em processos de interatividade. Constata-se que há diferentes graus de interatividade na experiência, sendo: misturas, atrações, incorporações e percepções. As misturas são as afecções voluntárias e involuntárias entre corpos em meios associados. A compreensão sobre as misturas dos corpos está relacionada às diferentes concepções filosóficas sobre imanência. As atrações falam de uma arte animal que nos ensina a potência do meio e os afectos dos corpos. O corpo que se menciona, aqui, não se restringe ao humano, mas também ao não humano – animal, tecnológico, imaterial – formado de velocidades e lentidões da matéria-tomando-forma. Tais corpos incorporam a vida via tecnologias dos fazeres e suas tecnicidades que não dissociam natural e artificial, analógico e digital, matéria e forma. As (im)percepções produzem paisagens efêmeras no sistema meta-estável obra-humano-meio. As paisagens oscilam entre panoramas, presos a ilusionismos e representações miméticas; e simulacros que se formam no encontro das dessemelhanças e produzem realidades inventadas. Tais idéias são fundamentadas nas filosofias de Benetithus Espinosa, Gilbert Simondon e Gilles Deleuze. Ainda, são levadas para o campo da Arte Interativa, uma vez que estas obras se efetuam e se modificam ao longo da experiência artista/espectador/obra/meio. Deste modo, entende-se que os processos de interatividade direcionam-se para uma Ética da potência de agir dos corpos, ou seja, o quanto pode um corpo na experiência a partir das dinâmicas dos graus de interatividade na obra de arte. Tal investigação resulta na produção teórica da tese e na produção da videoinstalação CorposAssociados e da série de fotografias Incorporações. |
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Corpos Associados: interatividade e tecnicidade nas paisagens da arteMeio associado. Corpo. Tecnicidade. Paisagem-simulacro. Sistema obra-humano- meio. Graus de interatividadeA presente tese aborda os graus de interatividade presentes na experiência com e na obra de arte. O ato de experienciar na obra de arte nos mostra que qualquer experiência se constitui por relações intensivas entre corpos e meios em processos de interatividade. Constata-se que há diferentes graus de interatividade na experiência, sendo: misturas, atrações, incorporações e percepções. As misturas são as afecções voluntárias e involuntárias entre corpos em meios associados. A compreensão sobre as misturas dos corpos está relacionada às diferentes concepções filosóficas sobre imanência. As atrações falam de uma arte animal que nos ensina a potência do meio e os afectos dos corpos. O corpo que se menciona, aqui, não se restringe ao humano, mas também ao não humano – animal, tecnológico, imaterial – formado de velocidades e lentidões da matéria-tomando-forma. Tais corpos incorporam a vida via tecnologias dos fazeres e suas tecnicidades que não dissociam natural e artificial, analógico e digital, matéria e forma. As (im)percepções produzem paisagens efêmeras no sistema meta-estável obra-humano-meio. As paisagens oscilam entre panoramas, presos a ilusionismos e representações miméticas; e simulacros que se formam no encontro das dessemelhanças e produzem realidades inventadas. Tais idéias são fundamentadas nas filosofias de Benetithus Espinosa, Gilbert Simondon e Gilles Deleuze. Ainda, são levadas para o campo da Arte Interativa, uma vez que estas obras se efetuam e se modificam ao longo da experiência artista/espectador/obra/meio. Deste modo, entende-se que os processos de interatividade direcionam-se para uma Ética da potência de agir dos corpos, ou seja, o quanto pode um corpo na experiência a partir das dinâmicas dos graus de interatividade na obra de arte. Tal investigação resulta na produção teórica da tese e na produção da videoinstalação CorposAssociados e da série de fotografias Incorporações.Universidade Federal do Rio Grande do Sul2011-09-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionResumo de Teseapplication/pdfhttps://seer.ufrgs.br/index.php/InfEducTeoriaPratica/article/view/2337710.22456/1982-1654.23377Computers in education: theory & practice; Vol. 13 No. 2 (2010): Deleuze, Machines and CyborgsInformática na educação: teoria & prática; v. 13 n. 2 (2010): Deleuze, Máquinas e Cyborgues1982-16541516-084Xreponame:Informática na Educação: teoria & práticainstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSporhttps://seer.ufrgs.br/index.php/InfEducTeoriaPratica/article/view/23377/13455Oliveira, Andréia Machadoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2011-09-27T21:10:09Zoai:seer.ufrgs.br:article/23377Revistahttps://seer.ufrgs.br/InfEducTeoriaPraticaPUBhttps://seer.ufrgs.br/InfEducTeoriaPratica/oai||revista@pgie.ufrgs.br1982-16541516-084Xopendoar:2011-09-27T21:10:09Informática na Educação: teoria & prática - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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