Interação medicamentosa e a farmacoterapia de pacientes geriátricos com síndromes demenciais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinheiro,Juliana Souza
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Carvalho,Maristela Ferreira Catão, Luppi,Graziela
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232013000200010
Resumo: OBJETIVO: Investigar as possíveis interações medicamentosas, a fim de identificar os prováveis eventos adversos relacionados à farmacoterapia das síndromes demenciais. METODOLOGIA: A amostra foi constituída por 48 idosos com idade igual ou superior a 60 anos, portadores de síndromes demenciais atendidos no grupo terapêutico da equipe multiprofissional do Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia (IPGG). A primeira etapa foi a descrição da farmacoterapia geriátrica dos pacientes com síndromes demenciais. A segunda foi a análise estatística dos dados coletados com base no pacote Stata® 9.0, adotando-se p<0,001, e a análise das interações medicamentosas foi baseada na utilização do programa Lexi-Interact™. RESULTADOS: Dos pacientes avaliados, verificou-se predomínio de pacientes do gênero feminino (66,7%). Em ambos os gêneros, a demência de Alzheimer foi o diagnóstico de maior prevalência, sendo 60% nas mulheres e 80% nos homens. Também se verificou maior adesão nos pacientes com diagnóstico de Alzheimer (81,8%). No que diz respeito aos medicamentos utilizados, verificaram-se 41 diferentes fármacos prescritos. Entre eles, os mais usados foram os do sistema cardiovascular (30,8%), seguidos dos medicamentos que atuam no nível central (29,8%). A polifarmácia foi verificada em 73,3% dos pacientes, mais predominante em pacientes do sexo feminino (54,5%), portadoras da demência de Alzheimer (72,7%), com grau moderado (50%). Entre as interações medicamentosas, destacaram-se as decorrentes do uso concomitante de medicamentos anti-hipertensivos (30,5%), dentre os quais os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e os diuréticos (2,2%). CONCLUSÃO: A interação medicamentosa, como evento precursor do uso de medicamentos, pode resultar em efeitos potencialmente perigosos, como visto nas interações medicamentosas mediadas no uso de medicamentos hipotensores, cujo evento tem relação indireta com o grau de demência, e consequentemente comprometendo a evolução clínica dos pacientes diagnosticados como portadores de síndromes demenciais.
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