Avosidade: visões de avós e de seus netos no período da infância
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232010000300012 |
Resumo: | O papel do idoso tem sofrido modificações, tanto no âmbito social quanto no familiar. Aumentaram o número de avós e o número de anos que as pessoas vivem como avós. A avosidade, definida como laço de parentesco, está intimamente ligada às funções materna e paterna, das quais, entretanto, se diferencia, exercendo papel determinante na formação do sujeito. O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre avós e netos no período da infância, de acordo com a percepção de avós e de seus netos. Foram realizadas 17 entrevistas semiestruturadas com avós e seus netos. Os resultados foram analisados e categorizados utilzando-se o software ALCESTE, o qual realiza automaticamente análise quantitativa de dados textuais. O estudo revelou presença significativa de intergeracionalidade na visão das avós, representada pelas palavras mais frequentes em ordem decrescente: avó, netos e pai. A classe 1 ( 34,45%), mostrou o quanto a avosidade é significativa, representada por atividades realizadas com os netos; na classe 2 (42,86%), verificou-se o quanto as avós se sentiram bem realizando essas atividades; na classe 3 (22,69%), foi visualizada a visão das avós sobre a velhice. Foram formados dois eixos: o primeiro, constituído pelas classes 1 e 2 (relação intergeracional), e o segundo, pela classe 3 (velhice). A relação obtida entre as classes 1 e 2 foi de 0,4, e entre os eixos 1 e 2 foi 0. Para análise dos discursos dos netos, revelaram-se as categorias e subcategorias, respectivamente: benefício - diversão e afeto; sentimento - orgulho e diferença; significado da velhice - desconhecido e previsível. Na categoria benefício, os dados obtidos indicaram que os netos ou netas sentiam-se alegres e satisfeitos quando realizavam determinadas atividades com as avós. Além disso, valorizavam o carinho dispensado por elas. Na categoria sentimento, os netos evidenciaram as qualidades pessoais de suas avós, construindo formas diferentes de relações entre avós e netos. Por fim, na categoria significado da velhice, alguns netos mostraram desconhecimento sobre o significado do termo, enquanto outros possuíam em suas mentes uma imagem de como será a sua velhice. No presente estudo, pode-se concluir que avós idosas mantêm forte relação de proximidade vivenciada com seus netos no período da infância, o que é confirmado e reconhecido por seus netos. |
id |
UFRJ-10_beca8b55612ff71366c9340331da132f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1809-98232010000300012 |
network_acronym_str |
UFRJ-10 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia |
repository_id_str |
|
spelling |
Avosidade: visões de avós e de seus netos no período da infânciaRelações IntergeracionaisAvósNetosAvosidadeO papel do idoso tem sofrido modificações, tanto no âmbito social quanto no familiar. Aumentaram o número de avós e o número de anos que as pessoas vivem como avós. A avosidade, definida como laço de parentesco, está intimamente ligada às funções materna e paterna, das quais, entretanto, se diferencia, exercendo papel determinante na formação do sujeito. O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre avós e netos no período da infância, de acordo com a percepção de avós e de seus netos. Foram realizadas 17 entrevistas semiestruturadas com avós e seus netos. Os resultados foram analisados e categorizados utilzando-se o software ALCESTE, o qual realiza automaticamente análise quantitativa de dados textuais. O estudo revelou presença significativa de intergeracionalidade na visão das avós, representada pelas palavras mais frequentes em ordem decrescente: avó, netos e pai. A classe 1 ( 34,45%), mostrou o quanto a avosidade é significativa, representada por atividades realizadas com os netos; na classe 2 (42,86%), verificou-se o quanto as avós se sentiram bem realizando essas atividades; na classe 3 (22,69%), foi visualizada a visão das avós sobre a velhice. Foram formados dois eixos: o primeiro, constituído pelas classes 1 e 2 (relação intergeracional), e o segundo, pela classe 3 (velhice). A relação obtida entre as classes 1 e 2 foi de 0,4, e entre os eixos 1 e 2 foi 0. Para análise dos discursos dos netos, revelaram-se as categorias e subcategorias, respectivamente: benefício - diversão e afeto; sentimento - orgulho e diferença; significado da velhice - desconhecido e previsível. Na categoria benefício, os dados obtidos indicaram que os netos ou netas sentiam-se alegres e satisfeitos quando realizavam determinadas atividades com as avós. Além disso, valorizavam o carinho dispensado por elas. Na categoria sentimento, os netos evidenciaram as qualidades pessoais de suas avós, construindo formas diferentes de relações entre avós e netos. Por fim, na categoria significado da velhice, alguns netos mostraram desconhecimento sobre o significado do termo, enquanto outros possuíam em suas mentes uma imagem de como será a sua velhice. No presente estudo, pode-se concluir que avós idosas mantêm forte relação de proximidade vivenciada com seus netos no período da infância, o que é confirmado e reconhecido por seus netos.Universidade do Estado do Rio Janeiro2010-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232010000300012Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v.13 n.3 2010reponame:Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologiainstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UFRJ10.1590/S1809-98232010000300012info:eu-repo/semantics/openAccessOliveira,Alessandra Ribeiro VenturaVianna,Lucy GomesCárdenas,Carmen Jansen depor2014-10-23T00:00:00Zoai:scielo:S1809-98232010000300012Revistahttp://revista.unati.uerj.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1809-9823&lng=pt&nrm=isohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revistabgg@gmail.com1981-22561809-9823opendoar:2014-10-23T00:00Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Avosidade: visões de avós e de seus netos no período da infância |
title |
Avosidade: visões de avós e de seus netos no período da infância |
spellingShingle |
Avosidade: visões de avós e de seus netos no período da infância Oliveira,Alessandra Ribeiro Ventura Relações Intergeracionais Avós Netos Avosidade |
title_short |
Avosidade: visões de avós e de seus netos no período da infância |
title_full |
Avosidade: visões de avós e de seus netos no período da infância |
title_fullStr |
Avosidade: visões de avós e de seus netos no período da infância |
title_full_unstemmed |
Avosidade: visões de avós e de seus netos no período da infância |
title_sort |
Avosidade: visões de avós e de seus netos no período da infância |
author |
Oliveira,Alessandra Ribeiro Ventura |
author_facet |
Oliveira,Alessandra Ribeiro Ventura Vianna,Lucy Gomes Cárdenas,Carmen Jansen de |
author_role |
author |
author2 |
Vianna,Lucy Gomes Cárdenas,Carmen Jansen de |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Oliveira,Alessandra Ribeiro Ventura Vianna,Lucy Gomes Cárdenas,Carmen Jansen de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Relações Intergeracionais Avós Netos Avosidade |
topic |
Relações Intergeracionais Avós Netos Avosidade |
description |
O papel do idoso tem sofrido modificações, tanto no âmbito social quanto no familiar. Aumentaram o número de avós e o número de anos que as pessoas vivem como avós. A avosidade, definida como laço de parentesco, está intimamente ligada às funções materna e paterna, das quais, entretanto, se diferencia, exercendo papel determinante na formação do sujeito. O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre avós e netos no período da infância, de acordo com a percepção de avós e de seus netos. Foram realizadas 17 entrevistas semiestruturadas com avós e seus netos. Os resultados foram analisados e categorizados utilzando-se o software ALCESTE, o qual realiza automaticamente análise quantitativa de dados textuais. O estudo revelou presença significativa de intergeracionalidade na visão das avós, representada pelas palavras mais frequentes em ordem decrescente: avó, netos e pai. A classe 1 ( 34,45%), mostrou o quanto a avosidade é significativa, representada por atividades realizadas com os netos; na classe 2 (42,86%), verificou-se o quanto as avós se sentiram bem realizando essas atividades; na classe 3 (22,69%), foi visualizada a visão das avós sobre a velhice. Foram formados dois eixos: o primeiro, constituído pelas classes 1 e 2 (relação intergeracional), e o segundo, pela classe 3 (velhice). A relação obtida entre as classes 1 e 2 foi de 0,4, e entre os eixos 1 e 2 foi 0. Para análise dos discursos dos netos, revelaram-se as categorias e subcategorias, respectivamente: benefício - diversão e afeto; sentimento - orgulho e diferença; significado da velhice - desconhecido e previsível. Na categoria benefício, os dados obtidos indicaram que os netos ou netas sentiam-se alegres e satisfeitos quando realizavam determinadas atividades com as avós. Além disso, valorizavam o carinho dispensado por elas. Na categoria sentimento, os netos evidenciaram as qualidades pessoais de suas avós, construindo formas diferentes de relações entre avós e netos. Por fim, na categoria significado da velhice, alguns netos mostraram desconhecimento sobre o significado do termo, enquanto outros possuíam em suas mentes uma imagem de como será a sua velhice. No presente estudo, pode-se concluir que avós idosas mantêm forte relação de proximidade vivenciada com seus netos no período da infância, o que é confirmado e reconhecido por seus netos. |
publishDate |
2010 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2010-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232010000300012 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232010000300012 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S1809-98232010000300012 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade do Estado do Rio Janeiro |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade do Estado do Rio Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia v.13 n.3 2010 reponame:Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia |
collection |
Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
||revistabgg@gmail.com |
_version_ |
1750128434121539584 |