Prescrições geriátricas inapropriadas e polifarmacoterapia em enfermarias de clínica médica de um Hospital-Escola
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232012000200014 |
Resumo: | OBJETIVOS: Avaliar a prevalência do uso de prescrições potencialmente inapropriadas (PPI) e polifarmacoterapia na clientela idosa hospitalizada nas enfermarias de clínica médica do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), Universidade Federal da Paraíba. METODOLOGIA: Estudo observacional e transversal com análise das prescrições geriátricas realizadas por médicos residentes em clínica médica no HULW. A amostra foi composta pela totalidade dos pacientes idosos internados nas enfermarias do HULW entre maio de 2007 e maio de 2008. Para identificar PPI, foram adotados os Critérios de Beers-Fick. Definiu-se polifarmacoterapia como o uso de mais de cinco medicamentos por prescrição. RESULTADOS: Avaliaram-se as prescrições de 79 pacientes de 60 a 94 anos (70,4 +/- 7,3), 59,5% do sexo masculino. O número de medicamentos usados variou de 2 a 12 (6,1+/-2,0) por paciente. As classes terapêuticas mais prescritas foram as relacionadas aos aparelhos digestório (83,6%), cardiovascular (63,9%) e nervoso (49,2%). Os princípios ativos mais prescritos foram metoclopramida, ranitidina, dipirona e captopril. A maioria dos pacientes, 36 (59%), apresentou polifarmacoterapia. Mais da metade dos pacientes (54,1%,) recebeu pelo menos uma prescrição inapropriada, com maior frequência de nifedipina, butilescopolamina e diazepam. CONCLUSÕES: Identificaram-se, além de uma alta prevalência de PPI e polifarmacoterapia, excesso de prescrições de antiulcerosos e antieméticos na amostra estudada. Estes resultados indicam que maior atenção deve ser dada à prescrição para pacientes idosos. A difusão do conceito de uso inapropriado para pacientes idosos mediante educação continuada para médicos residentes poderia facilitar a adoção dos critérios de Beers-Fick, ainda não conhecidos por toda a comunidade médica. |
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