A técnica da linguagem e o exílio em “Pai Patrão” de Paolo e Vittorio Taviani

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moura, Hudson
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Lumina
Texto Completo: https://lumina.ufjf.emnuvens.com.br/lumina/article/view/294
Resumo: O cinema tem um papel importante na re-apropriação da experiência, e é portanto a mídia que pode nos dar de novo a crença no mundo. É dentro desta discussão sobre a experiência do mundo e do domínio da linguagem, assim como a experiência espectatorial cinematográfica que se situa o filme “Pai Patrão” dos irmãos Taviani, onde o personagem Gavino adquire a palavra e se identifica enquanto sujeito da História. No filme, Gavino, ainda pequeno, é confinado por seu pai a permanecer numa fazenda de ovelhas, isolado de sua família e amigos. Excluído do convívio social, ele aprende a viver e a interagir com a natureza e os animais. O filme se baseia na história verídica do professor de lingüística, Gavino Ledda, que também participa do filme. Assim, através da técnica audiovisual do cinema, o professor pode contar de outra maneira sua história e ao mesmo tempo dela fazer parte. O cinema se torna assim o terreno do possível, a imagem em potência para transmitir a experiência. Será que ele consegue passar essa experiência em imagens? Ou, em palavras? Estas são as questões principais do filme: o devir da imagem cinematográfica, o cinema como a mídia provinda da modernidade, mas capaz de contar uma história, de transmitir a experiência, dentro do campo do ter experiência, como descreve Giorgio Agamben. Ou, o cinema está também dentro desta incapacidade da técnica, mais precisamente, a de ter acesso ao mundo?
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