INVEJA E CORPO FECHADO NO MARACATU DE BAQUE SOLTO PERNAMBUCANO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Baraldi,Filippo Bonini
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Sociologia & Antropologia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2238-38752021000400995
Resumo: Resumo Os membros dos grupos de maracatu de baque solto da Zona da Mata norte pernambucana sentem-se particularmente expostos na época do carnaval a vários tipos de doenças causadas pelo “olho grande” dos invejosos. Daí a necessidade de práticas defensivas nos planos simbólico e estético. Para brincar o carnaval sem se arriscar é necessário fechar o próprio corpo, o que, nesse contexto significa torná-lo protegido, poderoso, saudável, invencível, não vulnerável ou susceptível aos ataques das entidades negativas despertadas pelo olho grande de rivais e inimigos. Nesse artigo argumento que a vivência emocional dos brincantes de maracatu é profundamente ligada a essa maneira de conceber o corpo durante o carnaval. Um corpo diferente do ordinário, suscetível, permeável a presenças e ataques de entidades invisíveis.
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