RASTROS DA VIOLÊNCIA: A TESTEMUNHA
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Sociologia & Antropologia |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2238-38752020000301023 |
Resumo: | Resumo Este texto tem como objetivo discutir a figura da testemunha, a partir da apreensão de seus sentidos nas memórias de experiências de violência, partindo de uma pesquisa sobre a memória da ditadura militar brasileira (1964-1985), da qual emergiram as indagações. Embora a testemunha possa coincidir com a vítima que sofreu diretamente a experiência da violência, essas figuras não se confundem. Na abordagem aqui proposta, a testemunha transcende a experiência da violência, sendo tratada em um registro distinto daquele da ocorrência da violência. A testemunha constitui-se no desenrolar do trabalho da memória a partir da inclusão de quem não estava lá, mas se dispõe a ouvir o relato da dor do outro, colocando a alteridade no centro do processo de elaboração do sofrimento. Nesse sentido, argumenta-se que o trabalho de pesquisa configura um modo de testemunhar. |
id |
UFRJ-18_a3ec4fa853d00e76b25b0014daeb18ba |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S2238-38752020000301023 |
network_acronym_str |
UFRJ-18 |
network_name_str |
Sociologia & Antropologia |
repository_id_str |
|
spelling |
RASTROS DA VIOLÊNCIA: A TESTEMUNHATestemunhamemóriaviolênciasofrimentoexperiênciaResumo Este texto tem como objetivo discutir a figura da testemunha, a partir da apreensão de seus sentidos nas memórias de experiências de violência, partindo de uma pesquisa sobre a memória da ditadura militar brasileira (1964-1985), da qual emergiram as indagações. Embora a testemunha possa coincidir com a vítima que sofreu diretamente a experiência da violência, essas figuras não se confundem. Na abordagem aqui proposta, a testemunha transcende a experiência da violência, sendo tratada em um registro distinto daquele da ocorrência da violência. A testemunha constitui-se no desenrolar do trabalho da memória a partir da inclusão de quem não estava lá, mas se dispõe a ouvir o relato da dor do outro, colocando a alteridade no centro do processo de elaboração do sofrimento. Nesse sentido, argumenta-se que o trabalho de pesquisa configura um modo de testemunhar.Universidade Federal do Rio de Janeiro2020-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2238-38752020000301023Sociologia & Antropologia v.10 n.3 2020reponame:Sociologia & Antropologiainstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ10.1590/2238-38752020v10311info:eu-repo/semantics/openAccessSarti,Cynthiapor2021-03-22T00:00:00Zoai:scielo:S2238-38752020000301023Revistahttp://www.revistappgsa.ifcs.ufrj.br/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevistappgsa@gmail.com2238-38752236-7527opendoar:2021-03-22T00:00Sociologia & Antropologia - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
RASTROS DA VIOLÊNCIA: A TESTEMUNHA |
title |
RASTROS DA VIOLÊNCIA: A TESTEMUNHA |
spellingShingle |
RASTROS DA VIOLÊNCIA: A TESTEMUNHA Sarti,Cynthia Testemunha memória violência sofrimento experiência |
title_short |
RASTROS DA VIOLÊNCIA: A TESTEMUNHA |
title_full |
RASTROS DA VIOLÊNCIA: A TESTEMUNHA |
title_fullStr |
RASTROS DA VIOLÊNCIA: A TESTEMUNHA |
title_full_unstemmed |
RASTROS DA VIOLÊNCIA: A TESTEMUNHA |
title_sort |
RASTROS DA VIOLÊNCIA: A TESTEMUNHA |
author |
Sarti,Cynthia |
author_facet |
Sarti,Cynthia |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Sarti,Cynthia |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Testemunha memória violência sofrimento experiência |
topic |
Testemunha memória violência sofrimento experiência |
description |
Resumo Este texto tem como objetivo discutir a figura da testemunha, a partir da apreensão de seus sentidos nas memórias de experiências de violência, partindo de uma pesquisa sobre a memória da ditadura militar brasileira (1964-1985), da qual emergiram as indagações. Embora a testemunha possa coincidir com a vítima que sofreu diretamente a experiência da violência, essas figuras não se confundem. Na abordagem aqui proposta, a testemunha transcende a experiência da violência, sendo tratada em um registro distinto daquele da ocorrência da violência. A testemunha constitui-se no desenrolar do trabalho da memória a partir da inclusão de quem não estava lá, mas se dispõe a ouvir o relato da dor do outro, colocando a alteridade no centro do processo de elaboração do sofrimento. Nesse sentido, argumenta-se que o trabalho de pesquisa configura um modo de testemunhar. |
publishDate |
2020 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2020-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2238-38752020000301023 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2238-38752020000301023 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/2238-38752020v10311 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
Sociologia & Antropologia v.10 n.3 2020 reponame:Sociologia & Antropologia instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Sociologia & Antropologia |
collection |
Sociologia & Antropologia |
repository.name.fl_str_mv |
Sociologia & Antropologia - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
revistappgsa@gmail.com |
_version_ |
1754734733487505408 |