O “racialista vacilante”: Nina Rodrigues e seus estudos sobre antropologia cultural e psicologia das multidões (1880-1906)
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
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Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-101X2020000100193 |
Resumo: | RESUMO A obra do médico e antropólogo Raimundo Nina Rodrigues é tradicionalmente enquadrada nos moldes de um discurso cientificista, típico do final do século XIX, marcado pelo racialismo dogmático, importado e adaptado ao cenário nacional. Este artigo problematiza tal panorama, comum aos estudos do pensamento social brasileiro, e desloca a herança intelectual rodrigueana da esfera de um darwinismo-social exacerbado, do típico determinismo racial, para áreas de estudos antagônicas. Tomando como eixo de reflexão textos seus sobre antropologia cultural e psicologia gregária, o objetivo é abrir caminhos pouco explorados pela historiografia, a partir da adoção, pelo médico maranhense, de leituras da chamada escola evolucionista-social e também da sociologia tardiana. O contato e o acomodamento de propostas que divergiam do conteúdo oitocentista paradigmático fizeram do conjunto da obra de Nina Rodrigues - em especial o recorte da problemática racial - um objeto intrincado, arquétipo do momento tensionado em que viviam as ciências de seu tempo. |
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O “racialista vacilante”: Nina Rodrigues e seus estudos sobre antropologia cultural e psicologia das multidões (1880-1906)Nina RodriguesraçaantropologiamultidõesevolucionismoRESUMO A obra do médico e antropólogo Raimundo Nina Rodrigues é tradicionalmente enquadrada nos moldes de um discurso cientificista, típico do final do século XIX, marcado pelo racialismo dogmático, importado e adaptado ao cenário nacional. Este artigo problematiza tal panorama, comum aos estudos do pensamento social brasileiro, e desloca a herança intelectual rodrigueana da esfera de um darwinismo-social exacerbado, do típico determinismo racial, para áreas de estudos antagônicas. Tomando como eixo de reflexão textos seus sobre antropologia cultural e psicologia gregária, o objetivo é abrir caminhos pouco explorados pela historiografia, a partir da adoção, pelo médico maranhense, de leituras da chamada escola evolucionista-social e também da sociologia tardiana. O contato e o acomodamento de propostas que divergiam do conteúdo oitocentista paradigmático fizeram do conjunto da obra de Nina Rodrigues - em especial o recorte da problemática racial - um objeto intrincado, arquétipo do momento tensionado em que viviam as ciências de seu tempo.Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro2020-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-101X2020000100193Topoi (Rio de Janeiro) v.21 n.43 2020reponame:Topoi (Rio de Janeiro. Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ10.1590/2237-101x02104309info:eu-repo/semantics/openAccessMonteiro,Filipe Pintopor2020-04-13T00:00:00Zoai:scielo:S2237-101X2020000100193Revistahttp://www.revistatopoi.org/topoi.htmPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptopoi@historia.ufrj.br2237-101X2237-101Xopendoar:2020-04-13T00:00Topoi (Rio de Janeiro. Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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