UNICEF, (des)colonidades e infâncias: vidas negras importam

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silveira Lemoss, Flávia Cristina
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Gomes Galindo, Dolores Cristina, Reis de Oliveira, Anderson, Moraes de Oliveira, Mateus
Tipo de documento:
Idioma: por
Título da fonte: Desidades
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/desidades/article/view/46018
Resumo: Este artigo busca problematizar práticas do UNICEF de (des)colonização e, paradoxalmente, de silenciamento e controle dos corpos de crianças e pela atualização dos mecanismos de colonialidades das vidas negras, a partir de uma conversação entre Mbembe, Foucault, Sontag, Carneiro, Gonzalez e Butler. O texto é resultado de pesquisas com documentos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Trabalha-se com documentos sobre a situação da infância brasileira, produzidos em português pela referida agência internacional, no país. Problematiza-se o enquadramento das vidas de crianças negras e como elas são construídas como precárias a ponto de serem vulnerabilizadas por mecanismos biopolíticos e necropolíticos de desautorização e interdição discursivos de todos(as) que são classificados(as) como não humanos, logo, alvos de colonização. Por fim, abordam-se fragmentos de relatórios do UNICEF em que os enquadres de guerra biopolíticos e necropolíticos são materializados por tanatopolíticas.
id UFRJ-20_f4a96b5708f6f50de89c5262c59f9935
oai_identifier_str oai:www.revistas.ufrj.br:article/46018
network_acronym_str UFRJ-20
network_name_str Desidades
repository_id_str
spelling UNICEF, (des)colonidades e infâncias: vidas negras importamEste artigo busca problematizar práticas do UNICEF de (des)colonização e, paradoxalmente, de silenciamento e controle dos corpos de crianças e pela atualização dos mecanismos de colonialidades das vidas negras, a partir de uma conversação entre Mbembe, Foucault, Sontag, Carneiro, Gonzalez e Butler. O texto é resultado de pesquisas com documentos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Trabalha-se com documentos sobre a situação da infância brasileira, produzidos em português pela referida agência internacional, no país. Problematiza-se o enquadramento das vidas de crianças negras e como elas são construídas como precárias a ponto de serem vulnerabilizadas por mecanismos biopolíticos e necropolíticos de desautorização e interdição discursivos de todos(as) que são classificados(as) como não humanos, logo, alvos de colonização. Por fim, abordam-se fragmentos de relatórios do UNICEF em que os enquadres de guerra biopolíticos e necropolíticos são materializados por tanatopolíticas.DESIDADES - Revista Científica da Infância, Adolescência e JuventudeDESIDADES - Revista de la Infancia, Adolescencia y JuventudSilveira Lemoss, Flávia CristinaGomes Galindo, Dolores CristinaReis de Oliveira, AndersonMoraes de Oliveira, Mateus2021-08-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/desidades/article/view/46018DESIDADES - Revista Científica da Infância, Adolescência e Juventude; n. 30 (2021): Maio/Mayo - Agosto/AgostoDESIDADES - Revista de la Infancia, Adolescencia y Juventud; n. 30 (2021): Maio/Mayo - Agosto/Agosto2318-9282reponame:Desidadesinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/desidades/article/view/46018/24803/*ref*/BOLSANELLO, M. A. Darwinismo social, eugenia e racismo "científico": sua repercussão na sociedade e na educação brasileira. Educar em Revista, v. 12, n. 12, p. 153-165, 1996./*ref*/BUTLER, J. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018./*ref*/BUTLER, J. Vida precária: os poderes do luto e da violência. Belo Horizonte: Autêntica, 2019./*ref*/CARNEIRO, S. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011./*ref*/CASTEL, R. A discriminação negativa: cidadãos ou autóctones? Petrópolis/RJ: Vozes, 2008./*ref*/CÉSAIRE, A. Discurso sobre o colonialismo. Tradução Noêmia de Sousa. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1977./*ref*/CHAUÍ, M. Brasil: mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2006./*ref*/CHAUÍ, M. Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas. São Paulo: Cortez, 1996./*ref*/DOMINGUES, P. O mito da democracia racial e a mestiçagem no Brasil (1889- 1930). Diálogos Latino-americanos [online], v. 6, n. 10, p. 116-131, 2005. Disponível em: <https://tidsskrift.dk/dialogos/article/view/113653>. Acesso em: 15 jan. 2019./*ref*/FERNANDES, F. Significado do protesto negro. São Paulo: Cortez, 1989./*ref*/FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 2004./*ref*/FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1999./*ref*/FOUCAULT, M. Os anormais. São Paulo: Martins Fontes, 2002./*ref*/FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979./*ref*/FOUCAULT, M. Nascimento da biopolítica. São Paulo: Martins Fontes, 2008b./*ref*/FOUCAULT, M. Segurança, território e população. São Paulo: Martins Fontes, 2008a./*ref*/GONZALEZ, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Ciências Sociais Hoje, v. 2, n. 1, p. 223- 244, 1984./*ref*/MBEMBE, A. Crítica da razão negra. Tradução Marta Lança. Lisboa: Antígona, 2014./*ref*/MBEMBE, A. Necropolítica. São Paulo: N-1, 2018./*ref*/MBEMBE, A. Sair da grande noite. Ensaios sobre a África descolonizada. Petrópolis/RJ: Vozes, 2019./*ref*/SCHUCMAN, L. V. Entre o "encardido", o "branco" e o "branquíssimo": raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana. 2012. Tese (Doutorado em Psicologia) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.        /*ref*/SONTAG, S. C. Contra a interpretação e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2020./*ref*/SONTAG, S. C. Diante da dor dos outros. São Paulo: Companhia das Letras, 2003./*ref*/SONTAG, S. C. Sobre a fotografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004./*ref*/SPIVAK, G. C. Pode o subalterno falar? Tradução Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa e André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010./*ref*/UNICEF. O impacto do racismo na infância. Brasília: UNICEF, 2010./*ref*/WEINMANN, A. O. Infância: um dos nomes da não razão. Brasília: Editora UNB, 2014.Direitos autorais 2021 DESIDADES - Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Infância e Juventudehttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2021-08-30T19:39:28ZRevistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/desidades/PUB
dc.title.none.fl_str_mv UNICEF, (des)colonidades e infâncias: vidas negras importam
title UNICEF, (des)colonidades e infâncias: vidas negras importam
spellingShingle UNICEF, (des)colonidades e infâncias: vidas negras importam
Silveira Lemoss, Flávia Cristina
title_short UNICEF, (des)colonidades e infâncias: vidas negras importam
title_full UNICEF, (des)colonidades e infâncias: vidas negras importam
title_fullStr UNICEF, (des)colonidades e infâncias: vidas negras importam
title_full_unstemmed UNICEF, (des)colonidades e infâncias: vidas negras importam
title_sort UNICEF, (des)colonidades e infâncias: vidas negras importam
author Silveira Lemoss, Flávia Cristina
author_facet Silveira Lemoss, Flávia Cristina
Gomes Galindo, Dolores Cristina
Reis de Oliveira, Anderson
Moraes de Oliveira, Mateus
author_role author
author2 Gomes Galindo, Dolores Cristina
Reis de Oliveira, Anderson
Moraes de Oliveira, Mateus
author2_role author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv
dc.contributor.author.fl_str_mv Silveira Lemoss, Flávia Cristina
Gomes Galindo, Dolores Cristina
Reis de Oliveira, Anderson
Moraes de Oliveira, Mateus
dc.subject.none.fl_str_mv
description Este artigo busca problematizar práticas do UNICEF de (des)colonização e, paradoxalmente, de silenciamento e controle dos corpos de crianças e pela atualização dos mecanismos de colonialidades das vidas negras, a partir de uma conversação entre Mbembe, Foucault, Sontag, Carneiro, Gonzalez e Butler. O texto é resultado de pesquisas com documentos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Trabalha-se com documentos sobre a situação da infância brasileira, produzidos em português pela referida agência internacional, no país. Problematiza-se o enquadramento das vidas de crianças negras e como elas são construídas como precárias a ponto de serem vulnerabilizadas por mecanismos biopolíticos e necropolíticos de desautorização e interdição discursivos de todos(as) que são classificados(as) como não humanos, logo, alvos de colonização. Por fim, abordam-se fragmentos de relatórios do UNICEF em que os enquadres de guerra biopolíticos e necropolíticos são materializados por tanatopolíticas.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-08-30
dc.type.none.fl_str_mv

dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format
status_str
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/desidades/article/view/46018
url https://revistas.ufrj.br/index.php/desidades/article/view/46018
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/desidades/article/view/46018/24803
/*ref*/BOLSANELLO, M. A. Darwinismo social, eugenia e racismo "científico": sua repercussão na sociedade e na educação brasileira. Educar em Revista, v. 12, n. 12, p. 153-165, 1996.
/*ref*/BUTLER, J. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.
/*ref*/BUTLER, J. Vida precária: os poderes do luto e da violência. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.
/*ref*/CARNEIRO, S. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.
/*ref*/CASTEL, R. A discriminação negativa: cidadãos ou autóctones? Petrópolis/RJ: Vozes, 2008.
/*ref*/CÉSAIRE, A. Discurso sobre o colonialismo. Tradução Noêmia de Sousa. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1977.
/*ref*/CHAUÍ, M. Brasil: mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2006.
/*ref*/CHAUÍ, M. Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas. São Paulo: Cortez, 1996.
/*ref*/DOMINGUES, P. O mito da democracia racial e a mestiçagem no Brasil (1889- 1930). Diálogos Latino-americanos [online], v. 6, n. 10, p. 116-131, 2005. Disponível em: <https://tidsskrift.dk/dialogos/article/view/113653>. Acesso em: 15 jan. 2019.
/*ref*/FERNANDES, F. Significado do protesto negro. São Paulo: Cortez, 1989.
/*ref*/FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 2004.
/*ref*/FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
/*ref*/FOUCAULT, M. Os anormais. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
/*ref*/FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
/*ref*/FOUCAULT, M. Nascimento da biopolítica. São Paulo: Martins Fontes, 2008b.
/*ref*/FOUCAULT, M. Segurança, território e população. São Paulo: Martins Fontes, 2008a.
/*ref*/GONZALEZ, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Ciências Sociais Hoje, v. 2, n. 1, p. 223- 244, 1984.
/*ref*/MBEMBE, A. Crítica da razão negra. Tradução Marta Lança. Lisboa: Antígona, 2014.
/*ref*/MBEMBE, A. Necropolítica. São Paulo: N-1, 2018.
/*ref*/MBEMBE, A. Sair da grande noite. Ensaios sobre a África descolonizada. Petrópolis/RJ: Vozes, 2019.
/*ref*/SCHUCMAN, L. V. Entre o "encardido", o "branco" e o "branquíssimo": raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana. 2012. Tese (Doutorado em Psicologia) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.        
/*ref*/SONTAG, S. C. Contra a interpretação e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
/*ref*/SONTAG, S. C. Diante da dor dos outros. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
/*ref*/SONTAG, S. C. Sobre a fotografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
/*ref*/SPIVAK, G. C. Pode o subalterno falar? Tradução Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa e André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
/*ref*/UNICEF. O impacto do racismo na infância. Brasília: UNICEF, 2010.
/*ref*/WEINMANN, A. O. Infância: um dos nomes da não razão. Brasília: Editora UNB, 2014.
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv DESIDADES - Revista Científica da Infância, Adolescência e Juventude
DESIDADES - Revista de la Infancia, Adolescencia y Juventud
publisher.none.fl_str_mv DESIDADES - Revista Científica da Infância, Adolescência e Juventude
DESIDADES - Revista de la Infancia, Adolescencia y Juventud
dc.source.none.fl_str_mv DESIDADES - Revista Científica da Infância, Adolescência e Juventude; n. 30 (2021): Maio/Mayo - Agosto/Agosto
DESIDADES - Revista de la Infancia, Adolescencia y Juventud; n. 30 (2021): Maio/Mayo - Agosto/Agosto
2318-9282
reponame:Desidades
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Desidades
collection Desidades
repository.name.fl_str_mv
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1731820607218122752