Análise Faciológica, Sistemas Deposicionais e Estratigrafia de Sequências da Formação Barbalha (Aptiano Superior), Bacia do Araripe: Dados de Testemunhos de Sondagem
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Resumo: | A Formação Barbalha mesmo tendo relações com as bacias marginais produtoras de petróleo ainda não foi muito bem estudada sob a luz da estratigrafia de sequências. Este trabalho propõe uma reavaliação de testemunhos antigos sob novas perspectivas no ramo da estratigrafia. A descrição de todos os testemunhos possibilitou a identificação de 11 fácies no registro estratigráfico das amostras e a correlação entre as unidades. Desta forma, a unidade é representada pelas litofácies: Gm – conglomerados maciços, Sc – arenitos com estratos cruzados, Sl – arenitos laminados, Sm – arenitos maciços, Scr – arenitos com laminação cruzada cavalgante,Sd - arenitos deformados, Fl – argilitos laminados, Fm – argilitos maciços, Fsl – siltitos laminados, Fp – folhelhos papiráceos e Lp – calcário peloidal. O modelo da sucessão de fácies serviu para a interpretação dos sistemas deposicionais. Desta forma, a formação Barbalha é composta por duas grandes sequências. A sequência inferior sedimentada em dois estágios: um ciclo fluvial de morfologia entrelaçada que evoluiu para um sistema lacustre no topo. Neste ciclo lacustre se encontra a Camada Batateira, que representa um marco estratigráfico para a bacia onde se encontram níveis mineralizados em sulfetos. A sequência superior foi depositada segundo um sistema fluvial em dois estágios: entrelaçado de alta energia evoluindo para um sistema anastomosado para o topo. Estas variações nos modelos de sedimentação mostram uma variação no perfil de equilíbrio da bacia em função da razão espaço de acomodação/aporte sedimentar (A/S). Portanto, enquadrando a formação em tratos de sistema de baixa acomodação (LAST) representada pelos sedimentos fluviais mais enérgicos e um trato de sistema de alta acomodação (HAST) pela associação de fácies de caráter lacustre ou fluvial demenor energia. |
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Análise Faciológica, Sistemas Deposicionais e Estratigrafia de Sequências da Formação Barbalha (Aptiano Superior), Bacia do Araripe: Dados de Testemunhos de SondagemTratos de sistemas; Sistemas deposicionais; Formação BarbalhaA Formação Barbalha mesmo tendo relações com as bacias marginais produtoras de petróleo ainda não foi muito bem estudada sob a luz da estratigrafia de sequências. Este trabalho propõe uma reavaliação de testemunhos antigos sob novas perspectivas no ramo da estratigrafia. A descrição de todos os testemunhos possibilitou a identificação de 11 fácies no registro estratigráfico das amostras e a correlação entre as unidades. Desta forma, a unidade é representada pelas litofácies: Gm – conglomerados maciços, Sc – arenitos com estratos cruzados, Sl – arenitos laminados, Sm – arenitos maciços, Scr – arenitos com laminação cruzada cavalgante,Sd - arenitos deformados, Fl – argilitos laminados, Fm – argilitos maciços, Fsl – siltitos laminados, Fp – folhelhos papiráceos e Lp – calcário peloidal. O modelo da sucessão de fácies serviu para a interpretação dos sistemas deposicionais. Desta forma, a formação Barbalha é composta por duas grandes sequências. A sequência inferior sedimentada em dois estágios: um ciclo fluvial de morfologia entrelaçada que evoluiu para um sistema lacustre no topo. Neste ciclo lacustre se encontra a Camada Batateira, que representa um marco estratigráfico para a bacia onde se encontram níveis mineralizados em sulfetos. A sequência superior foi depositada segundo um sistema fluvial em dois estágios: entrelaçado de alta energia evoluindo para um sistema anastomosado para o topo. Estas variações nos modelos de sedimentação mostram uma variação no perfil de equilíbrio da bacia em função da razão espaço de acomodação/aporte sedimentar (A/S). Portanto, enquadrando a formação em tratos de sistema de baixa acomodação (LAST) representada pelos sedimentos fluviais mais enérgicos e um trato de sistema de alta acomodação (HAST) pela associação de fácies de caráter lacustre ou fluvial demenor energia.Universidade Federal do Rio de JaneiroCAPESSilvestre, Diego da CunhaFambrini, Gelson LuísCosta, Ian Cavalcanti da2020-12-18info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/3992310.11137/2020_4_34_47Anuário do Instituto de Geociências; Vol 43, No 4 (2020); 34_47Anuário do Instituto de Geociências; Vol 43, No 4 (2020); 34_471982-39080101-9759reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/39923/pdf/*ref*/Assine, M.L.1992. Análise estratigráfica da Bacia do Araripe, Nordeste do Brasil. 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In: CORDANI, U.G., MILANI, E.J., THOMAZ FILHO, A., CAMPOS, D.A. (ed.) Tectonic evolution of the South America. Rio de Janeiro, 31st International Geological Congress, p. 151-182. Catuneanu, O. 2006. Sequence Stratigraphy – Principles and Applications. Amsterdam, Elsevier Science, 336p. Chagas, D.B.; Assine, M.L. & Freitas, F.I. 2007. Fácies sedimentares e ambientes deposicionais da Formação Barbalha no Vale do Cariri, Bacia do Araripe, Nordeste do Brasil. Geociências, 26(4): 313-322. Coimbra, J.C.; Arai, M. & Carreño, A.L. 2002. Lower Cretaceous microfossils from Araripe basin, Northeastern Brazil: a stratigraphical approach. Geobios, 35(6): 687-698. Fambrini, G.L.; Lemos, D.R.; Tesser, Jr., S.; Araújo, J.T.; Silva-Filho, W.F.; Souza, B.Y.C. & Neumann, V.H.M.L. 2011. Estratigrafia, arquitetura deposicional e faciologia da Formação Missão Velha (Neojurássico-Eocretáceo) na área-tipo, Bacia do Araripe, Nordeste do Brasil: exemplo de sedimentação de estágio de início de rifte a clímax de rifte. Geologia USP: Série Científica, 11(2): 55-87. Fambrini, G.L.; Neumann V.H.M.L.; Menezes Filho, J.A.B.; Silva Filho, W.F. & Oliveira, E.V. 2013. Facies architecture of the fluvial Missão Velha Formation (Late Jurassic-Early Cretaceous), Araripe Basin, Northeast Brazil: paleogeographic and tectonic implications. Acta Geologica Polonica, 67: 515-545. Fambrini, G.L.; Menezes-Filho, J.A.B.; Jesuino, P.C.L.; Araújo, J.T.; Durval, L.G.L. & Neumann, V.H.M.L. 2015a. Sucessão faciológica da Formação Barbalha (Aptiano), Bacia do Araripe, Nordeste do Brasil. Estudos Geológicos, 25: 139-166. Fambrini, G.L.; Menezes-Filho, J.A.B.; Silvestre, D.C. & Neumann, V.H.M.L. 2015b. 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Estratigrafia, arquitetura deposicional e faciologia da Formação Missão Velha (Neojurássico-Eocretáceo) na área-tipo, Bacia do Araripe, Nordeste do Brasil: exemplo de sedimentação de estágio de início de rifte a clímax de rifte. Geologia USP: Série Científica, 11(2): 55-87. Fambrini, G.L.; Neumann V.H.M.L.; Menezes Filho, J.A.B.; Silva Filho, W.F. & Oliveira, E.V. 2013. Facies architecture of the fluvial Missão Velha Formation (Late Jurassic-Early Cretaceous), Araripe Basin, Northeast Brazil: paleogeographic and tectonic implications. Acta Geologica Polonica, 67: 515-545. Fambrini, G.L.; Menezes-Filho, J.A.B.; Jesuino, P.C.L.; Araújo, J.T.; Durval, L.G.L. & Neumann, V.H.M.L. 2015a. Sucessão faciológica da Formação Barbalha (Aptiano), Bacia do Araripe, Nordeste do Brasil. Estudos Geológicos, 25: 139-166. Fambrini, G.L.; Menezes-Filho, J.A.B.; Silvestre, D.C. & Neumann, V.H.M.L. 2015b. Architectural and faciological characterization of fluvial Barbalha Formation, Araripe basin, northeastern Brazil. In: RAIN, RIVERS AND RESERVOIRS WORKSHOP, São Paulo, Brazil, Abstracts Volume - USP/UNICAMP/BRITISH COUNCIL-UK, p. 1. Fambrini, G.L.; Menezes-Filho, J.A.B.; Jesuino, P.C.L.; Silvestre, D.C.; Lemos, D.R. & Neumann, V.H.M.L. 2016. Caracterização dos sistemas deposicionais da Formação Barbalha, bacia do Araripe, nordeste do Brasil. Comunicações geológicas, 103: 51-65 Fambrini, G.L.; Silvestre, D.C.; Menezes-Filho, J.A.B.; Costa, I.C. & Neumann, V.H.M.L. 2019. Architectural and facies characterization of the Aptian fluvial Barbalha Formation, Araripe Basin, NE Brazil. Geological Society of London, Special Publications, 488: 119-150. Hashimoto, A.T.; Appi, C.J.; Soldan, A.L. & Cerqueira, J.R. 1987. O Neo-Alagoas nas bacias do Ceará. Araripe e Potiguar (Brasil): caracterização estratigráfica e paleoambiental. Revista Brasileira de Geociências, 17: 118-122. Lima, M.R. & Perinotto, J.A.J. 1984. Palinologia de sedimentos da parte superior da Formação Missão Velha, Bacia do Araripe. Geociências, 3: 67-76. Martinsen, O.; Ryseth, A.; Hansen, W.H.; Fleshe, H.; Torokidsen, G. & Idil, S. 1999. Stratigraphic base level and fluvial architecture: Ercson Sandstonw (Campanian), Rock Springs Uplift, SW Wyoming, USA. Sedimentology, 46: 235–259. Miall, A.D. 1978. Lithofacies types and vertical profile models in braided-rivers deposits: a summary. In: MIALL, A.D. (ed.) Fluvial Sedimentology. Calgary, Canadian Society of Petroleum Geologists. p. 597-604. Miall, A.D. 1996. The geology of fluvial deposits: sedimentary facies, basin analysis and petroleum geology. Berlin, Springer, 582 p. Miall, A.D. 2014. Fluvial depositional systems. Springer-Verlag, Berlin, 316 p. Neumann, V.H.M.L. 1999. Estratigrafía, sedimentología, geoquímica y diagénesis de los sistemas lacustres Aptienses-Albienses de la Cuenca de Araripe (Nordeste de Brasil). 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