Geotecnologias Aplicadas ao Zoneamento Sazonal da Umidade de Equilíbrio da Madeira em Rondônia, Brasil
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Data de Publicação: | 2020 |
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Título da fonte: | Anuário do Instituto de Geociências (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/37216 |
Resumo: | A interação com ar atmosférico resulta na adsorção ou perda de umidade espontânea pela madeira até que se tenha pressão de saturação de vapor de água no ar sob determinada temperatura, esta condição denomina-se Umidade de Equilíbrio da Madeira (UEM), que depende das condições climatológicas de cada região e/ou época do ano. Com isso, as oscilações de temperatura e umidade ocasionam alterações dimensionais e defeitos no material. Sendo assim, o zoneamento e sazonalidade da UEM são fundamentais no processamento e aplicação da madeira, nesse contexto inserem-se as geotecnologias, que facilitam a obtenção destes parâmetros com considerável precisão, principalmente em locais com carência na obtenção de dados climatológicos, onde a madeira tem elevada importância econômica, como é o caso do Estado de Rondônia. Objetivou-se realizar o zoneamento sazonal da UEM em 8 municípios do Estado de Rondônia (3 ao norte, 1 ao sul, 2 a leste e 2 a oeste). O clima da região caracteriza-se por apresentar temperatura média anual de 25 °C, umidade relativa do ar acima de 70%, precipitação anual de 2500 mm e estação seca de junho a setembro. A partir da Rede de Estações Meteorológicas Automáticas da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia e Instituto Nacional de Meteorologia obteve-se dados meteorológicos entre 2002 e 2018. A UEM foi estimada pelo método de Simpson diariamente, com posterior obtenção das médias mensais para pelo menos cinco anos analisados. Em seguida os dados de UEM foram georreferenciados e interpolados por meio de krigagem ordinária, utilizando-se o inverso do quadrado da distância (IDW), gerando-se mapas de zoneamento para todos os meses do ano. A UEM oscilou entre 10% e 21% no ano, na estação seca a variação foi entre 10,83% a 15,55%, com os menores valores em agosto. Nos meses mais úmidos a UEM variou entre 16,61% a 21,58%, com a maior média observada em janeiro. As condições ambientais durante o período seco (julho a setembro) favorecem a secagem natural da madeira serrada, por condicionarem uma secagem mais rápida. O uso de geotecnologias proporcionou o estudo da UEM em Rondônia de forma prática e dinâmica. |
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Geotecnologias Aplicadas ao Zoneamento Sazonal da Umidade de Equilíbrio da Madeira em Rondônia, BrasilGeoprocessamento; Climatologia; Tecnologia da MadeiraA interação com ar atmosférico resulta na adsorção ou perda de umidade espontânea pela madeira até que se tenha pressão de saturação de vapor de água no ar sob determinada temperatura, esta condição denomina-se Umidade de Equilíbrio da Madeira (UEM), que depende das condições climatológicas de cada região e/ou época do ano. Com isso, as oscilações de temperatura e umidade ocasionam alterações dimensionais e defeitos no material. Sendo assim, o zoneamento e sazonalidade da UEM são fundamentais no processamento e aplicação da madeira, nesse contexto inserem-se as geotecnologias, que facilitam a obtenção destes parâmetros com considerável precisão, principalmente em locais com carência na obtenção de dados climatológicos, onde a madeira tem elevada importância econômica, como é o caso do Estado de Rondônia. Objetivou-se realizar o zoneamento sazonal da UEM em 8 municípios do Estado de Rondônia (3 ao norte, 1 ao sul, 2 a leste e 2 a oeste). O clima da região caracteriza-se por apresentar temperatura média anual de 25 °C, umidade relativa do ar acima de 70%, precipitação anual de 2500 mm e estação seca de junho a setembro. A partir da Rede de Estações Meteorológicas Automáticas da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia e Instituto Nacional de Meteorologia obteve-se dados meteorológicos entre 2002 e 2018. A UEM foi estimada pelo método de Simpson diariamente, com posterior obtenção das médias mensais para pelo menos cinco anos analisados. Em seguida os dados de UEM foram georreferenciados e interpolados por meio de krigagem ordinária, utilizando-se o inverso do quadrado da distância (IDW), gerando-se mapas de zoneamento para todos os meses do ano. A UEM oscilou entre 10% e 21% no ano, na estação seca a variação foi entre 10,83% a 15,55%, com os menores valores em agosto. Nos meses mais úmidos a UEM variou entre 16,61% a 21,58%, com a maior média observada em janeiro. As condições ambientais durante o período seco (julho a setembro) favorecem a secagem natural da madeira serrada, por condicionarem uma secagem mais rápida. O uso de geotecnologias proporcionou o estudo da UEM em Rondônia de forma prática e dinâmica.Universidade Federal do Rio de JaneiroMascarenhas, Adriano Reis PrazeresGhilardi, Denise SchineiderMelo, Rafael Rodolfo de2020-08-21info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/3721610.11137/2020_2_119_127Anuário do Instituto de Geociências; Vol 43, No 2 (2020); 119_127Anuário do Instituto de Geociências; Vol 43, No 2 (2020); 119_1271982-39080101-9759reponame:Anuário do Instituto de Geociências (Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/37216/pdf/*ref*/Almeida, H.A. 2016. Climatologia aplicada à geografia. Campina Grande, EDUEPB, 329p. Alvares, C.A.; Soares, P.R.C.; Sentelhas, P.C. & Jankowsky, I.P. 2017. Zoneamento da umidade de equilíbrio mensal de painéis e madeira maciça no Brasil. Piracicaba, IPEF, 13p. 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Porto Velho, CPRM, 337p. ESRI. 2018. Environmental Systems Research Institute. Software ArcGis Desktop, version 10.5. Disponível em: <http://www.desktop.arcgis.com/en/arcmap/ latest/get-started/setup/arcgis-desktop-quick-start- -guide.htm>. Acesso em: 20 out. 2018. Fioresi, T.; Piroca, S.; Costa, H.W.D.; Trevisan, R.; Fortes, F.O. & Gatto, D.A. 2014. Umidade de equilíbrio da madeira na região Norte do Rio Grande do Sul em diferentes estações do ano. Ciência da Madeira, 5(1): 34-41. Franca, R.R. 2015. Climatologia das Chuvas em Rondônia - período 1981-2011. Geografias, 11(1): 44-58. Fritzsons, E.; Mantovani, L.E. & Wrege, M.S. 2016. Relação entre altitude e temperatura: uma contribuição ao zoneamento climático no Estado de Santa Catarina, Brasil. Revista Brasileira de Climatologia, 18(12): 80-92. Galvão, A.P.M. & Jankowsky, I.P. 1985. Secagem Racional da Madeira. São Paulo, Livraria Nobel, 111p. Gatto, D.A.; Santini, E.J.; Haselein, C.R. & Durlo, M.A. 2003. Qualidade da madeira serrada na região da quarta colônia de imigração italiana do Rio Grande do Sul. Ciência Florestal, 14(1): 223-233. Hailwood, A. J. & Harrobin, S. 1946. Absorption of water by polymers: analysis in terms of a simple model. Transactions of the Faraday Society, 42(1): 84-102. IBÁ. 2019. Indústria Brasileira de Árvores. Relatório 2019. São Paulo, Studio 113, 80p. IBGE. 2018. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Panorama do Estado de Rondônia. 2018. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ro/panorama>. Acesso em: 20 out. 2018. IBGE. 2019. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Bases e referenciais. 2019. Disponível em: <https:// mapas.ibge.gov.br/bases-e-referenciais>. Acesso em: 18 out. 2019. INMET. 2018. Instituto Nacional de Meteorologia. Dados de estações meteorológicas automáticas emRondônia. D isponível em: <http://www.inmet.gov.br/portal/index. php?r=estacoes/mapaEstacoes>. Acesso em: 17 set. 2018. Jesus, A.G.; Modes, K.S.; Santos, L.M.H.; Bento, A.R. & Gusmão, M. 2016. Comportamento das madeiras de três espécies amazônicas submetidas à secagem ao ar. Nativa, 4(1): 31-35. Maciel, S.A.; Barcelos, B.F. & Oliveira, L.A. 2012. A análise da influência da altitude na temperatura e na precipitação da mesorregião Norte de Minas - Minas Gerais. Revista Geonorte, 1(5): 250-261. Martins, V.A.; Alves, M.V.S.; Silva, J.F.; Rebello, E.R.G. & Pinho, G.S.C. 2003. Umidade de equilíbrio e risco de apodrecimento da madeira em condições de serviço no Brasil. Brasil Florestal, 22(76): 29-34. Moreschi, J.C. 2014. Propriedades Tecnológicas da Madeira. Curitiba, UFPR, 208p. Nimer, E. 2013. Climatologia do Brasil. Rio de Janeiro, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 425p. Rabelo, D.R. & Almeida, I.C.S. 2019. Uso do geoprocessamento na interpolação de dados pluviométricos no município de junco do Seridó, PB. Cadernos de Ciência e Tecnologia, 1(1): 36-53. Rondônia. 2018. 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