Recarga de Aquíferos em Região de Clima Semiárido: uma Análise Acoplada entre Variabilidade Pluviométrica e Características Pedológicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Walczuk, André
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Campos, José Eloi Guimarães, Azevedo, Júlio Henrichs de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário do Instituto de Geociências (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/31234
Resumo: O conhecimento acerca de um recurso é base para sua gestão e para o desenvolvimento sustentável. No âmbito da explotação da água subterrânea, a consideração de questões ligadas à quantidade e à qualidade são diretrizes básicas. Entretanto, a estimativa das reservas aquíferas é cercada de incertezas e extrapolações, uma vez que o contato direto com essas águas é apenas pontual. O estudo dos processos de recarga surge como ferramenta para o aperfeiçoamento de modelos conceituais e numéricos. A pesquisa aqui apresentada foi desenvolvida no município de Caetité (Bahia) e tem por objetivo principal compreender os impactos que os fatores pluviométricos em associação com variações físicas do solo imprimem nas taxas de recarga de um aquífero. O estudo apresenta relevância social e científica, pois situa-se em região de clima semiárido e investiga um aquífero do tipo fraturado. Os resultados indicam que o volume de chuva propriamente dito relaciona-se em até 35% com a recarga, enquanto que variações na espessura dos solos impactam em até 9% as taxas percebidas em poços de monitoramento; por sua vez, a profundidade da superfície potenciométrica condiciona até 22% da eficiência dos processos de recarga. A não significância estatística dos testes de correlação cruzada entre as variáveis consideradas evidencia que questões distributivas da chuva apresentam relevância para a manutenção hídrica subterrânea. Volumes similares de precipitação podem se traduzir em diferentes taxas de recarga. Meses com concentração de precipitação beneficiam regiões de solos espessos e, a depender do período do ano, as diferenças nas taxas de recarga variam entre 34% e 335%. Anos com baixos volumes de precipitação contribuem para a recarga em locais com rochas fraturadas aflorantes ou mesmo onde os solos são pouco espessos, especialmente se há boa distribuição dentro do período chuvoso, isto é, eventos não concentrados.
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