Registro das Flutuações da Lisoclina e da CCD no Quaternário Tardio na Bacia de Pelotas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Petró, Sandro Monticelli
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Costa, Elisa Oliveira da, Pivel, María Alejandra Gómez, Coimbra, João Carlos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário do Instituto de Geociências (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/28646
Resumo: Os foraminíferos planctônicos são bons indicadores de idade e variações paleoclimáticas, sendo amplamente utilizados na datação relativa, análise de bacias sedimentares e em correlações estratigráficas. No talude inferior da Bacia de Pelotas há uma dificuldade para elaborar modelos paleoclimáticos devido à baixa qualidade dos remanescentes fósseis, que podem ser facilmente dissolvidos ou remobilidados. Porém, a baixa preservação, quando bem quantificada, pode se tornar um indicador paleoceanográfico, uma vez que a não preservação ocorre em função de variações ambientais mensuráveis. O objetivo deste estudo é identificar variações da fauna de foraminíferos planctônicos e a preservação de CaCO3 registradas em dois testemunhos na Bacia de Pelotas, e relacionálas a mudanças paleoceanográficas ocorridas na região. Os testemunhos foram coletados na operação Geomar VII, no talude inferior da Bacia de Pelotas. As amostras foram preparadas com a metodologia padrão para análises paleomicrontológicas. O zoneamento paleoclimático foi elaborado baseado na presença ou ausência de carbonato e na ocorrência de espécies do plexo Globorotalia menardii, cujos desaparecimentos e reaparecimentos têm relação com oscilações climáticas de intervalos glaciais e interglaciais. Considerando que não há mudança textural significativa nas fácies, os dois testemunhos foram subdivididos em cinco intervalos, mesclando a presença ou ausência de foraminíferos (volume de pelágicos) e a presença ou ausência do plexo G. menardii. Os intervalos com boa preservação de carbonato foram atribuídos aos Estágios Isotópicos Marinhos (EIM) 5 e 1. Os intervalos sem preservação de carbonato foram atribuídos a um deslocamento ascendente da lisoclina e da Profundidade de Compensação do Carbonato (CCD, do inglês Carbonate Compensation Depth). No final do Pleistoceno foi registrado um rebaixamento da lisoclina e da CCD, em função da transição do EIM 2 para o EIM 1 ou do limite Pleistoceno/Holoceno. Finalmente, o limite das biozonas Y e Z foi identificado entre 0,4 e 0,3 m em um dos testemunhos do talude inferior da Bacia de Pelotas.
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