A ECONOMIA ROMANA ERA UMA ECONOMIA DE MERCADO?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andreau, Jean
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Phoînix (Rio de Janeiro. Online)
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/33053
Resumo: O meu objetivo neste artigo é discutir sobre a existência de mercados abstratos no mundo mediterrâneo à época romana. Quero mostrar de um lado, contra a opinião de M. I. Finley, que havia mercados abstratos no mundo romano com relação aos bens materiais consumíveis (como o trigo), com relação aos bens materiais não consumíveis (a terra, por exemplo) e também com relação aos bens imateriais (como o trabalho). Já de outro lado, quero mostrar, contra a opinião de P. Temin, que esses mercados eram parciais, fragmentados e não unificados, e que não podemos falar da existência de uma economia de mercado no mundo romano. Neste artigo vou me dedicar ao estudo do funcionamento dos mercados abstratos envolvendo três bens de naturezas bem diferentes: o trabalho, o trigo e o crédito. Defendo que todos os três existiam, mas nenhum deles enquanto mercado unificado. O terceiro mercado, o do crédito, Temin curiosamente não procurou provar que fosse unificado - ele destaca a sofisticação desse mercado, mas sem se interessar tanto pelo seu caráter unificado. Também não acredito que ele seja unificado, mas ele é muito interessante, porque nós temos sobre o tema uma documentação significativa, documentos que tratam particularmente sobre as taxas de juros.
id UFRJ-23_c3403d764e3dea2e2c61083a437fd9cc
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/33053
network_acronym_str UFRJ-23
network_name_str Phoînix (Rio de Janeiro. Online)
repository_id_str
spelling A ECONOMIA ROMANA ERA UMA ECONOMIA DE MERCADO?economia antigaeconomia romanaeconomia de mercadohistória romana.O meu objetivo neste artigo é discutir sobre a existência de mercados abstratos no mundo mediterrâneo à época romana. Quero mostrar de um lado, contra a opinião de M. I. Finley, que havia mercados abstratos no mundo romano com relação aos bens materiais consumíveis (como o trigo), com relação aos bens materiais não consumíveis (a terra, por exemplo) e também com relação aos bens imateriais (como o trabalho). Já de outro lado, quero mostrar, contra a opinião de P. Temin, que esses mercados eram parciais, fragmentados e não unificados, e que não podemos falar da existência de uma economia de mercado no mundo romano. Neste artigo vou me dedicar ao estudo do funcionamento dos mercados abstratos envolvendo três bens de naturezas bem diferentes: o trabalho, o trigo e o crédito. Defendo que todos os três existiam, mas nenhum deles enquanto mercado unificado. O terceiro mercado, o do crédito, Temin curiosamente não procurou provar que fosse unificado - ele destaca a sofisticação desse mercado, mas sem se interessar tanto pelo seu caráter unificado. Também não acredito que ele seja unificado, mas ele é muito interessante, porque nós temos sobre o tema uma documentação significativa, documentos que tratam particularmente sobre as taxas de juros.Mauad X2020-07-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/3305310.26770/phoinixv21.2.n.6PHOÎNIX; v. 21 n. 2 (21): PHOINIX; 99-1162527-225X1413-578710.26770/phoinixv21.2reponame:Phoînix (Rio de Janeiro. Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJporhttps://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/33053/18530Copyright (c) 2020 Jean Andreauinfo:eu-repo/semantics/openAccessAndreau, Jean2023-11-21T00:07:34Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/33053Revistahttps://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/PUBhttps://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/oairevistaphoinix@gmail.com2527-225X1413-5787opendoar:2023-11-21T00:07:34Phoînix (Rio de Janeiro. Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.none.fl_str_mv A ECONOMIA ROMANA ERA UMA ECONOMIA DE MERCADO?
title A ECONOMIA ROMANA ERA UMA ECONOMIA DE MERCADO?
spellingShingle A ECONOMIA ROMANA ERA UMA ECONOMIA DE MERCADO?
Andreau, Jean
economia antiga
economia romana
economia de mercado
história romana.
title_short A ECONOMIA ROMANA ERA UMA ECONOMIA DE MERCADO?
title_full A ECONOMIA ROMANA ERA UMA ECONOMIA DE MERCADO?
title_fullStr A ECONOMIA ROMANA ERA UMA ECONOMIA DE MERCADO?
title_full_unstemmed A ECONOMIA ROMANA ERA UMA ECONOMIA DE MERCADO?
title_sort A ECONOMIA ROMANA ERA UMA ECONOMIA DE MERCADO?
author Andreau, Jean
author_facet Andreau, Jean
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Andreau, Jean
dc.subject.por.fl_str_mv economia antiga
economia romana
economia de mercado
história romana.
topic economia antiga
economia romana
economia de mercado
história romana.
description O meu objetivo neste artigo é discutir sobre a existência de mercados abstratos no mundo mediterrâneo à época romana. Quero mostrar de um lado, contra a opinião de M. I. Finley, que havia mercados abstratos no mundo romano com relação aos bens materiais consumíveis (como o trigo), com relação aos bens materiais não consumíveis (a terra, por exemplo) e também com relação aos bens imateriais (como o trabalho). Já de outro lado, quero mostrar, contra a opinião de P. Temin, que esses mercados eram parciais, fragmentados e não unificados, e que não podemos falar da existência de uma economia de mercado no mundo romano. Neste artigo vou me dedicar ao estudo do funcionamento dos mercados abstratos envolvendo três bens de naturezas bem diferentes: o trabalho, o trigo e o crédito. Defendo que todos os três existiam, mas nenhum deles enquanto mercado unificado. O terceiro mercado, o do crédito, Temin curiosamente não procurou provar que fosse unificado - ele destaca a sofisticação desse mercado, mas sem se interessar tanto pelo seu caráter unificado. Também não acredito que ele seja unificado, mas ele é muito interessante, porque nós temos sobre o tema uma documentação significativa, documentos que tratam particularmente sobre as taxas de juros.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-07-24
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/33053
10.26770/phoinixv21.2.n.6
url https://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/33053
identifier_str_mv 10.26770/phoinixv21.2.n.6
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/33053/18530
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2020 Jean Andreau
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2020 Jean Andreau
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Mauad X
publisher.none.fl_str_mv Mauad X
dc.source.none.fl_str_mv PHOÎNIX; v. 21 n. 2 (21): PHOINIX; 99-116
2527-225X
1413-5787
10.26770/phoinixv21.2
reponame:Phoînix (Rio de Janeiro. Online)
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Phoînix (Rio de Janeiro. Online)
collection Phoînix (Rio de Janeiro. Online)
repository.name.fl_str_mv Phoînix (Rio de Janeiro. Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv revistaphoinix@gmail.com
_version_ 1803387682431172608