A TAUTOLOGIA DO REAL, O DUPLO, O TRÁGICO E AS FORMAS DA IMAGINAÇÃO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Trágica |
Texto Completo: | https://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/27227 |
Resumo: | O cerne da filosofia de Clément Rosset se encontra em uma tautologia, segundo a qual o que é, é, e o que não é, não é. A é igual a A, e não a B ou a A’. O real é único e, portanto, incontornável. Os objetos são singulares, e por isso mesmo insubstituíveis e finitos. A única forma de se esquivar da necessidade inelutável do real é pelo viés do escape oferecido pela imaginação, por uma recusa mental ao real, que se revela, contudo, sempre inoperante em seu objetivo alucinado de tornar o real inexistente e o inexistente existente. Afinal, toda afirmação do real é trágica, ou não há afirmação. Neste texto buscaremos analisar algumas das implicações psicológicas, mas também epistemológicas e éticas, em jogo nesta questão. Tarefa que demandará a compreensão de alguns dos conceitos e dos paradoxos propostos por Rosset, notadamente a distinção conceitual entre imaginação e imaginário, a adesão a um objeto inexistente como fundamento do duplo, a busca pela diferença que faz obstáculo à experiência singular e única do mesmo, e os expedientes da metafísica e do intelectualismo na recusa do real. |
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