Definições de tipo lexicográfico nas obras de ficção de José Saramago

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, José Barbosa
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Alea (Online)
Texto Completo: https://revistas.ufrj.br/index.php/alea/article/view/59687
Resumo: Uma das características da prosa ficcional de José Saramago é a reflexão acerca do uso da linguagem e, em particular, do léxico. Nenhum autor português mais recente tem ou teve uma preocupação tão evidente e reiterada. Nas obras saramaguianas, encontramos a cada passo o autor preocupado em explicar ao leitor a utilização de determinado vocábulo, refletindo acerca da sua origem e das suas particularidades semânticas. Muitas dessas reflexões podem inserir-se naquilo a que em linguística se chama lexicografia implícita (VERDELHO, 1995), que é representada pelo registo no próprio texto de definições de tipo lexicográfico ou dicionarístico. A lexicografia implícita ocorre sempre que um autor apresenta uma definição de uma palavra ou expressão, com o objetivo de clarificar o seu significado ou evitar a ambiguidade. O objetivo desse estudo é identificar nas obras ficcionais de José Saramago as passagens em que o autor apresenta definições de tipo lexicográfico. Tais definições estão bem marcadas no texto e distinguem-se facilmente do resto do discurso, embora façam também parte dele. O segundo termo da definição é muitas vezes introduzido pela forma verbal é, como em “um machuco é um chaparro novo”, servindo-se o autor, no entanto, de outras expressões: quer dizer, isto quer dizer, isto é, significa, maneira de dizer, para quem não saiba, etc.
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