A CULTURA DA BATATA-DOCE: CULTIVO, PARENTESCO E RITUAL ENTRE OS KRAHÔ
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
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Resumo: | Resumo O artigo tematiza as relações de parentesco cotidianas e rituais entre humanos e plantas por meio de uma etnografia do ciclo de vida da batata-doce, cultivada pelos Krahô: desde o plantio, passando pelo crescimento, até a colheita, quando ocorre a “Festa da Batata”. O “aparentamento” mútuo entre as batatas e seus donos humanos envolve engajamentos corporais, afetivos e estéticos, implicando relações sociais de criação, troca, predação, transmissão de conhecimento xamânico e ritual. As plantas cultivadas são sujeitos vivos e não meras entidades biológicas passivas às intervenções humanas. Elas fazem parte de emaranhados relacionais que abarcam outras plantas, animais e seres, o que se torna visível na vivência cotidiana nas roças e, particularmente, nos cantos e nas performances rituais. Os saberes e as práticas krahô revelam uma outra compreensão do cultivo das plantas, reflexão esta que acompanha a reconceitualização das noções de humanidade, natureza e cultura pela etnologia à luz das teorias indígenas. |
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A CULTURA DA BATATA-DOCE: CULTIVO, PARENTESCO E RITUAL ENTRE OS KRAHÔKrahôbatata-docecultivoparentescoritualResumo O artigo tematiza as relações de parentesco cotidianas e rituais entre humanos e plantas por meio de uma etnografia do ciclo de vida da batata-doce, cultivada pelos Krahô: desde o plantio, passando pelo crescimento, até a colheita, quando ocorre a “Festa da Batata”. O “aparentamento” mútuo entre as batatas e seus donos humanos envolve engajamentos corporais, afetivos e estéticos, implicando relações sociais de criação, troca, predação, transmissão de conhecimento xamânico e ritual. As plantas cultivadas são sujeitos vivos e não meras entidades biológicas passivas às intervenções humanas. Elas fazem parte de emaranhados relacionais que abarcam outras plantas, animais e seres, o que se torna visível na vivência cotidiana nas roças e, particularmente, nos cantos e nas performances rituais. Os saberes e as práticas krahô revelam uma outra compreensão do cultivo das plantas, reflexão esta que acompanha a reconceitualização das noções de humanidade, natureza e cultura pela etnologia à luz das teorias indígenas.Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - PPGAS-Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ2017-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93132017000200455Mana v.23 n.2 2017reponame:Mana (Rio de Janeiro. Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ10.1590/1678-49442017v23n2p455info:eu-repo/semantics/openAccessLima,Ana Gabriela Morim depor2017-10-04T00:00:00Zoai:scielo:S0104-93132017000200455Revistahttp://www.scielo.br/manaONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevistamana@bighost.com.br||revistamanappgas@gmail.com1678-49440104-9313opendoar:2017-10-04T00:00Mana (Rio de Janeiro. Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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