Os mestiços mais puros: Representações chiriguano e chané da mestiçagem
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Mana (Rio de Janeiro. Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93132007000100002 |
Resumo: | O ponto de partida deste artigo é a tese desenvolvida em 1991 por Isabelle Combès e Thierry Saignes sobre o nascimento da etnia e da identidade chiriguano, mestiças "em essência". A relação que os Chiriguano e os Chané mantêm com a mestiçagem parece, no entanto, paradoxal. Embora sejam considerados exemplos paradigmáticos de mestiçagem ameríndia, algumas visões contemporâneas sentenciam a dissolução da etnia devido precisamente à mestiçagem com os brancos. Ao mesmo tempo, os próprios Chiriguano rejeitam atualmente qualquer idéia de mistura, proclamando-se apenas "guarani". A partir de um duplo estudo de caso no Isoso boliviano e no noroeste argentino, relativiza-se o postulado da completa absorção dos Chané pelo conjunto Chiriguano; depois são analisados os diferentes tipos de mestiçagem existentes e sua relação com um esquema assimétrico que cria uma verdadeira escala de valores entre diferentes etnias. Finalmente, sugere-se que a ambivalência ideológica que envolve a mestiçagem se deve ao fato de que ela é precisamente uma construção híbrida, produto da fusão entre as ideologias chané e guarani. |
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Os mestiços mais puros: Representações chiriguano e chané da mestiçagemArawakGuaraniChiriguanoChanéChacoMestiçagemO ponto de partida deste artigo é a tese desenvolvida em 1991 por Isabelle Combès e Thierry Saignes sobre o nascimento da etnia e da identidade chiriguano, mestiças "em essência". A relação que os Chiriguano e os Chané mantêm com a mestiçagem parece, no entanto, paradoxal. Embora sejam considerados exemplos paradigmáticos de mestiçagem ameríndia, algumas visões contemporâneas sentenciam a dissolução da etnia devido precisamente à mestiçagem com os brancos. Ao mesmo tempo, os próprios Chiriguano rejeitam atualmente qualquer idéia de mistura, proclamando-se apenas "guarani". A partir de um duplo estudo de caso no Isoso boliviano e no noroeste argentino, relativiza-se o postulado da completa absorção dos Chané pelo conjunto Chiriguano; depois são analisados os diferentes tipos de mestiçagem existentes e sua relação com um esquema assimétrico que cria uma verdadeira escala de valores entre diferentes etnias. Finalmente, sugere-se que a ambivalência ideológica que envolve a mestiçagem se deve ao fato de que ela é precisamente uma construção híbrida, produto da fusão entre as ideologias chané e guarani.Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - PPGAS-Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ2007-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93132007000100002Mana v.13 n.1 2007reponame:Mana (Rio de Janeiro. Online)instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ10.1590/S0104-93132007000100002info:eu-repo/semantics/openAccessCombès,IsabelleVillar,Diegopor2007-07-26T00:00:00Zoai:scielo:S0104-93132007000100002Revistahttp://www.scielo.br/manaONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevistamana@bighost.com.br||revistamanappgas@gmail.com1678-49440104-9313opendoar:2007-07-26T00:00Mana (Rio de Janeiro. Online) - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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