Argilominerais e vidro vulcânico como marcadores de ciclos paleoclimáticos pleistocênicos do rear arc de Izu-Bonin-Mariana (expedição 350 do IODP)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Larissa de Santana do
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/6970
Resumo: A expedição 350 do IODP (International Ocean Discovery Program) realizou um furo de sondagem (sítio U1437) na região de rear arc do arco Izu-Bonin-Mariana (IBM). Trabalhos recentes em áreas adjacentes ao arco têm demonstrado a importância do uso de argilominerais, em conjunto com outros fatores, para a identificação de áreas fonte de sedimentos submarinos e reconstruções paleoclimáticas. Estudos geoquímicos mostram que componentes externos ao arco constituem boa parte do volume da sedimentação fina, sendo ricos em Nb, Th e elementos terras raras leves (ETRL). Este trabalho teve como objetivo identificar possíveis área(s) fonte(s) para sedimentos vulcanoclásticos externos ao arco IBM de até 1 Ma através de argilominerais a fim de entender como eles estão distribuídos em diferentes períodos climáticos. Também utilizou-se a quantificação de vidro vulcânico para correlacionar produtos de erupção submarina com esses períodos. Foram realizadas análises por difratometria de raios X (DRX) pelo método do pó e na forma orientada para partículas finas (<2 μm). As quantificações em análises de pó utilizaram refinamento de Rietveld, enquanto argilominerais de análises orientadas foram quantificados pelo método de Biscaye. Os resultados obtidos por Rietveld foram comparados com análises litogeoquímicas previamente realizadas por pesquisadores da expedição a fim de validar as quantificações por DRX. Os dados obtidos mostram que os argilominerais representam cerca de 20% do volume total das amostras. Pelo método de Biscaye (fração <2μm), ilita é o argilomineral mais abundante, enquanto caulinita e clorita aparecem em menores proporções. Os resultados sugerem a região de Taiwan, em conjunto com depósitos de loess da China, como áreas fonte mais prováveis para os sedimentos vulcanoclásticos estudados, principalmente pela abundância de ilita. A variação mineralógica de argilominerais presentes nos sedimentos vulcanoclásticos do rear arc e de áreas continentais adjacentes, juntamente com a variação da quantidade de vidro vulcânico nos períodos glaciais e interglaciais, evidenciam a influência da variabilidade de fenômenos climáticos como o regime de monções do Sudeste Asiático (East Asian Monsoon) no paleoclima e na ação de agentes transportadores no arco, como a corrente Kuroshio.
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