A crítica de arte no Brasil em fins do século XIX e início do XX: Gonzaga Duque e Angyone Costa

• Autor(a) principal: Mendonça, Aureo Guilherme
• Data de Publicação: 1998
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/5582
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES::FUNDAMENTOS E CRITICA DAS ARTES::HISTORIA DA ARTE; Crítica de arte; Brasil; Século XIX

A presente dissertação foi pensada a partir de certos sinais que foram emitidos por publicações de história da arte que alertavam para a especificidade de alguns trabalhos de artistas, da passagem do século, que já apontavam para uma produção independente do formalismo acadêmico. Essa modernidade vinha sendo, incansavelmente, construída pelo trabalho crítico de Gonzaga Duque, cujas análises vinham sempre acompanhadas de sua visão praticamente pioneira quanto ao que deveria ser o destino da arte brasileira. Em nosso estudo procuramos contextualizar a obra de Gonzaga Duque, apontando aquelas declarações que sentimos como mais fiéis portadoras dessa conduta e por isto mesmos capazes de explicitar o seu sentimento estético. Para acompanhá-lo incluímos o trabalho de Angyone Costa, que também desenvolveu uma crítica voltada para a busca do novo em nossa arte e para realizar sua tarefa não apenas emitiu opiniões a respeito da produção artística do seu tempo, como quis ouvir também os próprios artistas e o que pensavam acerca de seus trabalhos. Organizar essa multiplicidade de visões, buscando nos diversos tratamentos dados à questão da arte aqueles pontos que pareciam deixar transparecer a busca do novo, foi a nossa mais importante tarefa neste estudo. Aprofundar um pouco mais noções ainda esparsas sobre aquele momento de nosso desempenho artístico, revelando qualidades que pareciam se ocultar sob o ideário do modernismo da década de 20, é o que ' nos parece o resultado obtido com a presente pesquisa. Esperamos ter conseguido avançar um pouco mais na tarefa de repensar o modernismo como parte de um processo mais amplo e que teria envolvido mais de um pano de fundo, com a presença de atores não incluídos até então no elenco oficial. Remexer na nossa história da arte ampliando as possibilidades de entendimento do percurso e revendo os papéis dos personagens envolvidos foi a nossa forma de redimensionar algumas questões até então vagas concedendo-lhes uma nova feição, mais próxima de seus reais significados.