Avaliação quantitativa da interação das moléculas de Polihexametileno Biguanida e de ampicilina com as células de Staphylococcus aureus
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/19181 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho foi estabelecer uma metodologia para estudar, de forma quantitativa, a interação das moléculas do antisséptico Polihexametileno Biguanida (PHMB) e do antibiótico Ampicilina, com as células de Staphylococcus aureus (cepa BMB 9393, resistente à Meticilina e a cepa 30, sensível à Ampicilina). Usando-se procedimentos teóricos e experimentais pôde ser estimado, através de cálculos matemáticos, o número de moléculas de um antisséptico e de um antibiótico que geravam o halo de inibição de crescimento, nas culturas bacterianas efetuadas em placas de Petri com o meio Agar Triptona Extrato de Levedura. Usando-se a área média ocupada por uma célula de S.aureus, como uma Unidade de Equivalência de Área (UEA) foi possível calcular a quantidade de moléculas de PHMB suficiente para interagir com uma única UFC no ambiente do halo de inibição do crescimento. Estimativamente, 3,61 X 106 foi a quantidade mínima de moléculas de PHMB para matar uma única célula de S. aureus. Essa suposição é possível pelo fato das moléculas de PHMB cobrirem a área do halo como um manto. Essas moléculas interagem com os resíduos aniônicos que estão presentes do ambiente do halo e, quando interagem, ficam presas e não difundem. Nos ensaios com antibiótico, os procedimentos teóricos e experimentais permitiram definir apenas o números de moléculas de Ampicilina que estavam disponíveis para cada células bacteriana. Essa limitação é provocada pelo fato das moléculas dos antibióticos serem difusíveis na superfície do meio de cultura. Os cálculos da interação antibiótico-bactéria mostraram que 886.279.492 moléculas foram disponibilizadas para cada uma das células bacterianas que estavam presentes no halo de inibição. Reconhecidamente, há limitações no método usado para medir o diâmetro da zona de inibição do crescimento. Dessa forma, os resultados numéricos encontrados podem ser considerados somente como previsíveis. Com as hipóteses empregadas e os resultados obtidos neste trabalho espera-se contribuir para uma melhor compreensão sobre a ação dos agentes antibacterianos. |
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Avaliação quantitativa da interação das moléculas de Polihexametileno Biguanida e de ampicilina com as células de Staphylococcus aureusBactériasAntibacterianosAnti-infecciosos locaisStaphylococcus aureus resistente à meticilinaCrescimento bacterianoBacteriaAnti-bacterial agentsAnti-infective agents, LocalMethicillin-resistant Staphylococcus aureusBacterial growthCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIACNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIAO objetivo deste trabalho foi estabelecer uma metodologia para estudar, de forma quantitativa, a interação das moléculas do antisséptico Polihexametileno Biguanida (PHMB) e do antibiótico Ampicilina, com as células de Staphylococcus aureus (cepa BMB 9393, resistente à Meticilina e a cepa 30, sensível à Ampicilina). Usando-se procedimentos teóricos e experimentais pôde ser estimado, através de cálculos matemáticos, o número de moléculas de um antisséptico e de um antibiótico que geravam o halo de inibição de crescimento, nas culturas bacterianas efetuadas em placas de Petri com o meio Agar Triptona Extrato de Levedura. Usando-se a área média ocupada por uma célula de S.aureus, como uma Unidade de Equivalência de Área (UEA) foi possível calcular a quantidade de moléculas de PHMB suficiente para interagir com uma única UFC no ambiente do halo de inibição do crescimento. Estimativamente, 3,61 X 106 foi a quantidade mínima de moléculas de PHMB para matar uma única célula de S. aureus. Essa suposição é possível pelo fato das moléculas de PHMB cobrirem a área do halo como um manto. Essas moléculas interagem com os resíduos aniônicos que estão presentes do ambiente do halo e, quando interagem, ficam presas e não difundem. Nos ensaios com antibiótico, os procedimentos teóricos e experimentais permitiram definir apenas o números de moléculas de Ampicilina que estavam disponíveis para cada células bacteriana. Essa limitação é provocada pelo fato das moléculas dos antibióticos serem difusíveis na superfície do meio de cultura. Os cálculos da interação antibiótico-bactéria mostraram que 886.279.492 moléculas foram disponibilizadas para cada uma das células bacterianas que estavam presentes no halo de inibição. Reconhecidamente, há limitações no método usado para medir o diâmetro da zona de inibição do crescimento. Dessa forma, os resultados numéricos encontrados podem ser considerados somente como previsíveis. Com as hipóteses empregadas e os resultados obtidos neste trabalho espera-se contribuir para uma melhor compreensão sobre a ação dos agentes antibacterianos.Universidade Federal do Rio de JaneiroBrasilInstituto de Microbiologia Paulo de GóesUFRJCabral, Maulori CuriéFracalanzza, Sérgio Eduardo LongoSangenito, Leandro StefanoPeçanha, Lígia Maria TorresCarvalho, Bernadete Teixeira FerreiraSouza, Marisa de Fátima Costa2022-11-17T18:25:44Z2023-12-21T03:09:36Z2019-12-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisSOUZA, M. de F. C. (2019). Avaliação quantitativa da interação das moléculas de Polihexametileno Biguanida e de ampicilina com as células de Staphylococcus aureus [Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Repositório Institucional Pantheon.http://hdl.handle.net/11422/19181porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ2023-12-21T03:09:36Zoai:pantheon.ufrj.br:11422/19181Repositório InstitucionalPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestpantheon@sibi.ufrj.bropendoar:2023-12-21T03:09:36Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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