Perspectivas e desenvolvimento recente da indústria petrolífera brasileira e a maldição dos recursos naturais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/1538 |
Resumo: | Um número considerável de países depende das receitas auferidas na exportação de recursos naturais. Estes países são dotados de amplas reservas de minérios, florestas de madeiras nobres, vastos territórios cultiváveis. Ao contrário do que o senso comum poderia afirmar, historicamente essas economias ricas em recursos naturais não demonstraram resultados melhores do que suas correspondentes, esquecidas pela natureza. Desde os anos 50, a abundância em recursos naturais, tem sido vista como insuficiente, ou até mesmo como um entrave, para promover o desenvolvimento econômico. Em meados da década de 90, Sachs e Warner (1995) realizaram um estudo bastante influente, que verificou o impacto das exportações de recursos naturais no crescimento econômico, identificando uma relação negativa entre a concentração da pauta de exportações e o crescimento econômico. A literatura do que se conhece por maldição dos recursos naturais ganhou espaço em diversas publicações ao redor do mundo, sinalizando cautela aos países em condição de exuberância de recursos. Os males da doença holandesa, da volatilidade das receitas das exportações e as preocupações com a orientação rentista da economia, devem fazer parte da agenda dos formadores de política. Vários exemplos que experimentaram sintomas de maldição dos recursos naturais correspondem a países ricos em petróleo. O Brasil é um dos países que mais desenvolveram sua indústria petrolífera, nas décadas recentes, e é também um dos que têm melhores perspectivas de crescimento, para os próximos anos, devido às abundantes reservas de petróleo nos reservatórios do pré-sal. Desta Forma, se a teoria está correta, deve-se esperar que, o Brasil se tonará mais aberto aos efeitos causados pela maldição dos recursos naturais. Desta maneira, cabe esclarecer quais níveis de abundância o país deverá atingir, para melhor se especular sobre as possibilidades da trajetória de dependência que o país pode trilhar. Portanto, espera-se avaliar os impactos, sobre a economia, do desenvolvimento recente da indústria petrolífera brasileira, à luz da maldição dos recursos naturais, além de especular, se o Brasil será um país dependente e com alta intensidade em petróleo, ou se as perspectivas abertas, pelo pré-sal, não serão suficientes para alterar, de forma tão significativa, a realidade econômica brasileira. |
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Estes países são dotados de amplas reservas de minérios, florestas de madeiras nobres, vastos territórios cultiváveis. Ao contrário do que o senso comum poderia afirmar, historicamente essas economias ricas em recursos naturais não demonstraram resultados melhores do que suas correspondentes, esquecidas pela natureza. Desde os anos 50, a abundância em recursos naturais, tem sido vista como insuficiente, ou até mesmo como um entrave, para promover o desenvolvimento econômico. Em meados da década de 90, Sachs e Warner (1995) realizaram um estudo bastante influente, que verificou o impacto das exportações de recursos naturais no crescimento econômico, identificando uma relação negativa entre a concentração da pauta de exportações e o crescimento econômico. A literatura do que se conhece por maldição dos recursos naturais ganhou espaço em diversas publicações ao redor do mundo, sinalizando cautela aos países em condição de exuberância de recursos. Os males da doença holandesa, da volatilidade das receitas das exportações e as preocupações com a orientação rentista da economia, devem fazer parte da agenda dos formadores de política. Vários exemplos que experimentaram sintomas de maldição dos recursos naturais correspondem a países ricos em petróleo. O Brasil é um dos países que mais desenvolveram sua indústria petrolífera, nas décadas recentes, e é também um dos que têm melhores perspectivas de crescimento, para os próximos anos, devido às abundantes reservas de petróleo nos reservatórios do pré-sal. Desta Forma, se a teoria está correta, deve-se esperar que, o Brasil se tonará mais aberto aos efeitos causados pela maldição dos recursos naturais. Desta maneira, cabe esclarecer quais níveis de abundância o país deverá atingir, para melhor se especular sobre as possibilidades da trajetória de dependência que o país pode trilhar. Portanto, espera-se avaliar os impactos, sobre a economia, do desenvolvimento recente da indústria petrolífera brasileira, à luz da maldição dos recursos naturais, além de especular, se o Brasil será um país dependente e com alta intensidade em petróleo, ou se as perspectivas abertas, pelo pré-sal, não serão suficientes para alterar, de forma tão significativa, a realidade econômica brasileira.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilInstituto de EconomiaCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIARecursos naturaisIndústria petrolíferaPerspectivas e desenvolvimento recente da indústria petrolífera brasileira e a maldição dos recursos naturaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJORIGINALFFRocha.pdfFFRocha.pdfapplication/pdf1437330http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/1538/1/FFRocha.pdf97f03a9c9accd0423cd0c688ebea8a60MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/1538/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52TEXTFFRocha.pdf.txtFFRocha.pdf.txtExtracted texttext/plain209887http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/1538/3/FFRocha.pdf.txt5126ab228fe3118e7501ac1805e0456aMD5311422/15382023-11-30 00:01:57.448oai:pantheon.ufrj.br:11422/1538TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:01:57Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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