Efeitos vasculares do extrato hidroalcoólico e frações das folhas da Vitex polygama Cham. (Lamiaceae)

• Autor(a) principal: Vidal, Millena Campos
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/20863
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA; Produtos biológicos; Vitex polygama; Vasodilatação; Doenças cardiovasculares; Biological products; Vasodilation; Cardiovascular diseases

As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Uma característica comum destas doenças é a alteração da função vascular, com disfunção endotelial e aumento do tônus vascular. Do ponto de vista clínico, seria de grande valia a identificação de novas substâncias que pudessem prevenir e/ou tratar a disfunção vascular presentes nas doenças cardiovasculares. Os produtos naturais são uma tradicional fonte de fármacos já que representam uma grande diversidade química e o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, localizado no Norte Fluminense, é considerado uma fonte de novos produtos bioativos devido a sua riqueza florística. Entre as espécies lá encontradas, destaca-se a Vitex polygama (Lamiaceae). Os estudos sobre as atividades farmacológicas desta espécie são escassos e os seus efeitos sobre o sistema cardiovascular ainda não foram investigados. Portanto, o objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos do extrato bruto hidroalcoólico de folhas de Vitex polygama (EVP) no músculo liso vascular e identificar as frações responsáveis pela atividade do extrato bruto. O efeito vasodilatador do extrato e de suas frações foi avaliado através do registro de tensão isométrica de artéria aorta isolada de ratos Wistar machos. A contração do músculo liso vascular foi induzida com 10 µM de fenilefrina e em seguida concentrações crescentes do extrato ou frações foram testadas (0,1-300 µg/ml). Foram utilizados anéis aórticos com e sem endotélio, o qual foi considerado íntegro quando o relaxamento induzido pela acetilcolina (10 mM) foi superior a 80%. Todos os protocolos experimentais foram aprovados pela CEUA-CCS/UFRJ (MACAÉ01). O EVP provocou relaxamento de forma dependente da concentração em aortas com endotélio. O efeito vasodilatador do extrato foi parcialmente inibido em aortas sem endotélio, indicando que a ação do extrato parece envolver a liberação de fatores endoteliais e um efeito direto no músculo liso vascular em altas concentrações. A fração em acetato de etila e a fração diclorometânica também produziram relaxamento vascular de aortas com endotélio com potência máxima de 88 ± 5,8 e 59,4 ± 3,3% (P<0,05) respectivamente. Portanto estas frações parecem ser responsáveis pelo efeito do EVP.