Memorial de processo: Striptease de Lola Arias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bueno, Henrique dos Santos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/15860
Resumo: Escrito pela artista argentina Lola Arias, Striptease é o segundo texto de uma trilogia chamada por ela de Trilogía del amor. Um homem e uma mulher se conhecem em uma Buenos Aires pós-nuclear, se casam, tem um bebê e se separam. Em Striptease um reencontro regido pelo silêncio de uma ligação telefônica. O que se diz? O que se pode dizer? A incomunicabilidade que se sobrepõe à memória de uma história vivida a dois (na adaptação cênica, a duas). É o fim. Um fim que é sempre meio. Entre. Já outro e ainda o mesmo. Já adulto e ainda bebê. A obra, dirigida por mim, foi proposta como projeto experimental de teatro para minha formatura no curso de Direção Teatral da UFRJ, e foi apresentada na XIX Mostra de Teatro da UFRJ nos dias 3, 4 e 5 de dezembro de 2019. Em cena, a atriz Elisa Ottoni dá vida a essa mulher. Presença num espaço vazio. Sem água. E sem a outra. É apenas ela e uma voz. A outra que, por ausência física, preenche todo o espaço através do som. Branco. A dramaturgia da artista argentina coloca em diálogo toda a dificuldade de se lidar com o fim. E a montagem dirigida por mim, propôs colocar em cena todo o vazio deixado por essa outra fisicalidade que já não existe mais. Já não é mais matéria. O fim é a solidão, a permanência e o reencontro.
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