A expansão da consciência nas práticas artísticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Tiago Alves
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/8607
Resumo: Inspirado no estudo da obra de artistas como Hieronimus Bosch, Willian Blake, Stanislav Szukalski, Ernst Fuschs, H.R Giger, Abdul Mati Klawerin, Alex Grey e nas leituras dos autores: Stanislav Grof e Laurence Caruanna, eu construí uma série de trabalhos que foram desenvolvidos durante os últimos dois anos de graduação em Artes Visuais-Escultura. Através de uma investigação e da associação de obras de arte, crio uma relação das obras com os fenômenos transcendentais e os padrões visuais que podem estar presentes nessas experiências transcendentes. Foi levado em consideração também a época de criação das obras, os meios transcendentes e originadores da força criativa e a localidade geográfica. Assim como as vertentes, escolas, vanguardas e artistas que exploraram os Estados Não Ordinários de Consciência em suas práticas no decorrer da história da arte. Para tanto analiso o impacto cultural das obras mencionadas dentro de um contexto histórico e contemporâneo como também do elo místico, sagrado, e ritualístico entre essas práticas e as culturas atuais e ancestrais. Insiro nestes tópicos, os aspectos sociais, políticos e científicos que se relacionam com os psicoativos que, são explorados como meios de expansão da consciência além do uso religioso. Há também um levantamento das obras inerentes a tais pesquisas como também de estudos realizados por diversos autores. Comparo trabalhos produzidos por diversas culturas em diferentes épocas com a finalidade de traçar um paralelo entre elas, através de aspectos estéticos e das temáticas abordadas nestes trabalhos. A arte produzida e inspirada a partir dos Estados Não Ordinários da Consciência, é conhecida atualmente como Arte Visionária. No Primeiro Manifesto da Arte Visionária de Laurence Caruana, o autor cita diversos artistas considerados visionários: Goya, Blake, Gustave Doré, Odilon Redon, Jean Deville, Gustav Klimt, Salvador Dali, Hieronymus Bosh, Michelangelo, Leonardo da Vinci, Pieter Bruegel, Arcimbaldo, Martin Schongauer. (CARUANA 2001). (...) consciência comum que é considerada genuína e boa, e então há estados pervertidos ou alterados. Para Lewis-Williams, menos foco na racionalidade deve revelar que todas as partes do espectro da consciência são igualmente importantes e igualmente genuínas.2 Essa identificação das obras se dá de acordo com elementos relacionados com a Arte Visionária: geometria sagrada, simbolismo, iluminação intensa e outros. Há variados caminhos que conduzem ás jornadas dos ENOC's (Estados Não Ordinários da Consciência), podendo variar entre: meditação, privação de sono e ou alimentação, ingestão de enteógenos, exercícios de respiração, danças tais como as dos Sufi Devishes por exemplo. É através das visões e insights que surgem após ou durante as vivencias dos estados alterados é que surge a força criativa do artista visionário.
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