Mapeamento geológico e geoquímica da ilha do Cabo Frio, Arraial do Cabo, RJ
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/7930 |
Resumo: | A Ilha do Cabo Frio é uma feição geomorfológica constituída por rochas alcalinas cenozoicas encaixadas em embasamento Paleoproterozoico. Essa associação ígnea representa a última manifestação do Alinhamento Magmático Poços de Caldas – Cabo Frio, cuja gênese é interpretada como a passagem da Placa Sulamericana por sobre um hotspot. O embasamento paleoproterozoico é formado por ortognaisses do Complexo Região dos Lagos, que foi amalgamado à margem do Cráton São Francisco durante a Orogenia Búzios entre o final do Neoproterozoico e início do Cambriano, formando posteriormente o Alto de Cabo Frio, que divide as bacias de Campos e Santos. Visando à descrição petrográfica, detalhamento da geologia e interpretação dos processos magmáticos, foi realizado mapeamento geológico em escala 1:5.000, cujas informações foram plotadas em um mapa de escala 1:20.000, descrição de lâminas petrográficas e análise litogeoquímica de elementos maiores, traços e terras raras. A Ilha do Cabo Frio é constituída predominantemente por nefelina sienito, álcali-feldspato sienito, sienito e monzonito, intrudidos por diques de traquito e fonolito, justapostos a um corpo de brecha vulcânica. O nefelina sienito é composto por albita, nefelina, aegirina-augita, opacos, titanita e apatita. O álcali-feldspato sienito é formado majoritariamente por álcalifeldspato, com clinopiroxênio e biotita subordinados. O sienito possui álcali-feldspato e plagioclásio como minerais essenciais, com clinopiroxênio e biotita como fases máficas e apatita, opacos e titanita como os demais acessórios. O monzonito é mineralogicamente semelhante a ele, porém sua textura é porfirítica, dada por fenocristais aciculares de clinopiroxênio, ao contrário do sienito, que é equigranular hipidiomórfica. Tanto o sienito quanto o nefelina sienito apresentam xenólitos de gabro com textura de reação entre anfibólio e plagioclásio propiciada pela passagem de um fluido hidrotermal. Os diques de traquito e fonolito são corpos subvulcânicos orientados na direção NE-SW que intrudem o embasamento e os corpos alcalinos plutônicos. O fonolito possui textura porfirítica, apresentando fenocristais de nefelina, álcali-feldspato, aegirina-augita e titanita. O traquito é formado por álcali-feldspato em textura traquítica e plagioclásio, com minerais opacos como acessórios. A brecha vulcânica é uma rocha clastossuportada formada por litoclastos angulosos de traquito, fonolito e ortognaisse imersos em matriz contendo sericita e minerais opacos. O embasamento é composto por ortognaisse com bandamento gnaissico de atitude geral NNW-SSE mergulhando em médio ângulo. Sua estrutura metamórfica é caracterizada pela intercalação de bandas quartzo-feldspáticas com bandas máficas compostas por piroxênio, anfibólio e plagioclásio. No ortognaisse foram identificadas famílias de fraturas com orientações NE-SW, NW-SE, N-S e E-W. Estas orientações, medidas no Pontal do Atalaia, foram correlacionadas por estereogramas com as medidas das intrusões subvulcânicas, revelando haver uma relação direta entre elas, concluindo que houve controle estrutural regional para a colocação desses corpos. A litogeoquímica definiu as rochas da Ilha como pertencentes à série alcalina miaskítica potássica, agrupadas em três séries evolutivas diferentes. Elas são distintas a partir da assembleia fracionante, uma representada por nefelina e álcali-feldspato, a segunda por plagioclásio e minerais máficos e, a terceira, por minerais máficos, principalmente. A análise de diagramas multielementares de elementos traços e ETR permitiu avaliar a cogeneticidade destas rochas com o Alinhamento Magmático, inferindo-se também, a transição de rochas insaturadas para saturadas em sílica a partir da assimilação de um magma com composição rica em ETRs intermediários. |
id |
UFRJ_5e1a2e792eb7ef5fc62ed7b225ef58fa |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:pantheon.ufrj.br:11422/7930 |
network_acronym_str |
UFRJ |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
repository_id_str |
|
spelling |
Oliveira, Felipe Martins dehttp://lattes.cnpq.br/2321793386300188Guedes, ElianeÁvila, Ciro Alexandre http://lattes.cnpq.br/1281397426132157Savi, Davi CanabarroMansur, Kátia Leite2019-05-16T12:07:40Z2023-11-30T03:01:33Z2016-03http://hdl.handle.net/11422/7930Submitted by Rodolpho Barros (rodolpho@bib.ccmn.ufrj.br) on 2019-05-16T12:07:40Z No. of bitstreams: 1 OLIVEIRA, F.M.pdf: 5252779 bytes, checksum: 820dc13b5039d9709f89cb69a523af58 (MD5)Made available in DSpace on 2019-05-16T12:07:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 OLIVEIRA, F.M.pdf: 5252779 bytes, checksum: 820dc13b5039d9709f89cb69a523af58 (MD5) Previous issue date: 2016-03A Ilha do Cabo Frio é uma feição geomorfológica constituída por rochas alcalinas cenozoicas encaixadas em embasamento Paleoproterozoico. Essa associação ígnea representa a última manifestação do Alinhamento Magmático Poços de Caldas – Cabo Frio, cuja gênese é interpretada como a passagem da Placa Sulamericana por sobre um hotspot. O embasamento paleoproterozoico é formado por ortognaisses do Complexo Região dos Lagos, que foi amalgamado à margem do Cráton São Francisco durante a Orogenia Búzios entre o final do Neoproterozoico e início do Cambriano, formando posteriormente o Alto de Cabo Frio, que divide as bacias de Campos e Santos. Visando à descrição petrográfica, detalhamento da geologia e interpretação dos processos magmáticos, foi realizado mapeamento geológico em escala 1:5.000, cujas informações foram plotadas em um mapa de escala 1:20.000, descrição de lâminas petrográficas e análise litogeoquímica de elementos maiores, traços e terras raras. A Ilha do Cabo Frio é constituída predominantemente por nefelina sienito, álcali-feldspato sienito, sienito e monzonito, intrudidos por diques de traquito e fonolito, justapostos a um corpo de brecha vulcânica. O nefelina sienito é composto por albita, nefelina, aegirina-augita, opacos, titanita e apatita. O álcali-feldspato sienito é formado majoritariamente por álcalifeldspato, com clinopiroxênio e biotita subordinados. O sienito possui álcali-feldspato e plagioclásio como minerais essenciais, com clinopiroxênio e biotita como fases máficas e apatita, opacos e titanita como os demais acessórios. O monzonito é mineralogicamente semelhante a ele, porém sua textura é porfirítica, dada por fenocristais aciculares de clinopiroxênio, ao contrário do sienito, que é equigranular hipidiomórfica. Tanto o sienito quanto o nefelina sienito apresentam xenólitos de gabro com textura de reação entre anfibólio e plagioclásio propiciada pela passagem de um fluido hidrotermal. Os diques de traquito e fonolito são corpos subvulcânicos orientados na direção NE-SW que intrudem o embasamento e os corpos alcalinos plutônicos. O fonolito possui textura porfirítica, apresentando fenocristais de nefelina, álcali-feldspato, aegirina-augita e titanita. O traquito é formado por álcali-feldspato em textura traquítica e plagioclásio, com minerais opacos como acessórios. A brecha vulcânica é uma rocha clastossuportada formada por litoclastos angulosos de traquito, fonolito e ortognaisse imersos em matriz contendo sericita e minerais opacos. O embasamento é composto por ortognaisse com bandamento gnaissico de atitude geral NNW-SSE mergulhando em médio ângulo. Sua estrutura metamórfica é caracterizada pela intercalação de bandas quartzo-feldspáticas com bandas máficas compostas por piroxênio, anfibólio e plagioclásio. No ortognaisse foram identificadas famílias de fraturas com orientações NE-SW, NW-SE, N-S e E-W. Estas orientações, medidas no Pontal do Atalaia, foram correlacionadas por estereogramas com as medidas das intrusões subvulcânicas, revelando haver uma relação direta entre elas, concluindo que houve controle estrutural regional para a colocação desses corpos. A litogeoquímica definiu as rochas da Ilha como pertencentes à série alcalina miaskítica potássica, agrupadas em três séries evolutivas diferentes. Elas são distintas a partir da assembleia fracionante, uma representada por nefelina e álcali-feldspato, a segunda por plagioclásio e minerais máficos e, a terceira, por minerais máficos, principalmente. A análise de diagramas multielementares de elementos traços e ETR permitiu avaliar a cogeneticidade destas rochas com o Alinhamento Magmático, inferindo-se também, a transição de rochas insaturadas para saturadas em sílica a partir da assimilação de um magma com composição rica em ETRs intermediários.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilInstituto de GeociênciasCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::PETROLOGIARochas AlcalinasMapeamento GeológicoGeoquímicaIlha do Cabo FrioMapeamento geológico e geoquímica da ilha do Cabo Frio, Arraial do Cabo, RJinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJORIGINALOLIVEIRA, F.M.pdfOLIVEIRA, F.M.pdfapplication/pdf5252779http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/7930/1/OLIVEIRA%2C+F.M.pdf820dc13b5039d9709f89cb69a523af58MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/7930/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD5211422/79302023-11-30 00:01:33.868oai:pantheon.ufrj.br:11422/7930TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:01:33Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Mapeamento geológico e geoquímica da ilha do Cabo Frio, Arraial do Cabo, RJ |
title |
Mapeamento geológico e geoquímica da ilha do Cabo Frio, Arraial do Cabo, RJ |
spellingShingle |
Mapeamento geológico e geoquímica da ilha do Cabo Frio, Arraial do Cabo, RJ Oliveira, Felipe Martins de CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::PETROLOGIA Rochas Alcalinas Mapeamento Geológico Geoquímica Ilha do Cabo Frio |
title_short |
Mapeamento geológico e geoquímica da ilha do Cabo Frio, Arraial do Cabo, RJ |
title_full |
Mapeamento geológico e geoquímica da ilha do Cabo Frio, Arraial do Cabo, RJ |
title_fullStr |
Mapeamento geológico e geoquímica da ilha do Cabo Frio, Arraial do Cabo, RJ |
title_full_unstemmed |
Mapeamento geológico e geoquímica da ilha do Cabo Frio, Arraial do Cabo, RJ |
title_sort |
Mapeamento geológico e geoquímica da ilha do Cabo Frio, Arraial do Cabo, RJ |
author |
Oliveira, Felipe Martins de |
author_facet |
Oliveira, Felipe Martins de |
author_role |
author |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2321793386300188 |
dc.contributor.advisorCo1.none.fl_str_mv |
Guedes, Eliane |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Oliveira, Felipe Martins de |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Ávila, Ciro Alexandre |
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1281397426132157 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Savi, Davi Canabarro |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Mansur, Kátia Leite |
contributor_str_mv |
Ávila, Ciro Alexandre Savi, Davi Canabarro Mansur, Kátia Leite |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::PETROLOGIA |
topic |
CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::PETROLOGIA Rochas Alcalinas Mapeamento Geológico Geoquímica Ilha do Cabo Frio |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Rochas Alcalinas Mapeamento Geológico Geoquímica Ilha do Cabo Frio |
description |
A Ilha do Cabo Frio é uma feição geomorfológica constituída por rochas alcalinas cenozoicas encaixadas em embasamento Paleoproterozoico. Essa associação ígnea representa a última manifestação do Alinhamento Magmático Poços de Caldas – Cabo Frio, cuja gênese é interpretada como a passagem da Placa Sulamericana por sobre um hotspot. O embasamento paleoproterozoico é formado por ortognaisses do Complexo Região dos Lagos, que foi amalgamado à margem do Cráton São Francisco durante a Orogenia Búzios entre o final do Neoproterozoico e início do Cambriano, formando posteriormente o Alto de Cabo Frio, que divide as bacias de Campos e Santos. Visando à descrição petrográfica, detalhamento da geologia e interpretação dos processos magmáticos, foi realizado mapeamento geológico em escala 1:5.000, cujas informações foram plotadas em um mapa de escala 1:20.000, descrição de lâminas petrográficas e análise litogeoquímica de elementos maiores, traços e terras raras. A Ilha do Cabo Frio é constituída predominantemente por nefelina sienito, álcali-feldspato sienito, sienito e monzonito, intrudidos por diques de traquito e fonolito, justapostos a um corpo de brecha vulcânica. O nefelina sienito é composto por albita, nefelina, aegirina-augita, opacos, titanita e apatita. O álcali-feldspato sienito é formado majoritariamente por álcalifeldspato, com clinopiroxênio e biotita subordinados. O sienito possui álcali-feldspato e plagioclásio como minerais essenciais, com clinopiroxênio e biotita como fases máficas e apatita, opacos e titanita como os demais acessórios. O monzonito é mineralogicamente semelhante a ele, porém sua textura é porfirítica, dada por fenocristais aciculares de clinopiroxênio, ao contrário do sienito, que é equigranular hipidiomórfica. Tanto o sienito quanto o nefelina sienito apresentam xenólitos de gabro com textura de reação entre anfibólio e plagioclásio propiciada pela passagem de um fluido hidrotermal. Os diques de traquito e fonolito são corpos subvulcânicos orientados na direção NE-SW que intrudem o embasamento e os corpos alcalinos plutônicos. O fonolito possui textura porfirítica, apresentando fenocristais de nefelina, álcali-feldspato, aegirina-augita e titanita. O traquito é formado por álcali-feldspato em textura traquítica e plagioclásio, com minerais opacos como acessórios. A brecha vulcânica é uma rocha clastossuportada formada por litoclastos angulosos de traquito, fonolito e ortognaisse imersos em matriz contendo sericita e minerais opacos. O embasamento é composto por ortognaisse com bandamento gnaissico de atitude geral NNW-SSE mergulhando em médio ângulo. Sua estrutura metamórfica é caracterizada pela intercalação de bandas quartzo-feldspáticas com bandas máficas compostas por piroxênio, anfibólio e plagioclásio. No ortognaisse foram identificadas famílias de fraturas com orientações NE-SW, NW-SE, N-S e E-W. Estas orientações, medidas no Pontal do Atalaia, foram correlacionadas por estereogramas com as medidas das intrusões subvulcânicas, revelando haver uma relação direta entre elas, concluindo que houve controle estrutural regional para a colocação desses corpos. A litogeoquímica definiu as rochas da Ilha como pertencentes à série alcalina miaskítica potássica, agrupadas em três séries evolutivas diferentes. Elas são distintas a partir da assembleia fracionante, uma representada por nefelina e álcali-feldspato, a segunda por plagioclásio e minerais máficos e, a terceira, por minerais máficos, principalmente. A análise de diagramas multielementares de elementos traços e ETR permitiu avaliar a cogeneticidade destas rochas com o Alinhamento Magmático, inferindo-se também, a transição de rochas insaturadas para saturadas em sílica a partir da assimilação de um magma com composição rica em ETRs intermediários. |
publishDate |
2016 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-03 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-05-16T12:07:40Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-11-30T03:01:33Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11422/7930 |
url |
http://hdl.handle.net/11422/7930 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFRJ |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Instituto de Geociências |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRJ instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
collection |
Repositório Institucional da UFRJ |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/7930/1/OLIVEIRA%2C+F.M.pdf http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/7930/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
820dc13b5039d9709f89cb69a523af58 dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1784097140697464832 |