Análise organofaciológica de sedimentos superficiais e testemunho da Lagoa Vermelha, RJ, Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/4049 |
Resumo: | A lagoa Vermelha é uma laguna localizada a aproximadamente 100 km a leste do Rio de Janeiro, entre os municípios de Saquarema e Araruama e faz parte do sistema lagunar de Araruama. Esta laguna caracteriza-se por ser um ambiente raso, hipersalino, carbonático. O reconhecimento dos ambientes carbonáticos como de provável valor econômico na exploração de petróleo (pré-sal) impulsionou a busca por análogos modernos no aspecto sedimentar, diagenético e geoquímico. Este trabalho tem como objetivo caracterizar a matéria orgânica particulada em dezesseis amostras de um testemunho (LV3) e de sedimentos superficiais (LV S) da Lagoa Vermelha, através da técnica de palinofácies associada a técnicas de geoquímica orgânica a fim de melhorar a compreensão da formação desses depósitos. As amostras apresentaram a predominância da matéria orgânica amorfa bacteriana em relação aos demais componentes da matéria orgânica. Dois tipos de Matéria Orgânica Amorfa Bacteriana foram encontrados: o tipo pelicular e a do tipo densa. A MOAB pelicular apresenta-se com morfologia fina, limites difusos, coloração castanho clara, em luz branca transmitida, e fluorescência fraca amarelada, sob luz azul/UV. Por sua vez, após sofrer retrabalhamento microbial esse material aparece com um aspecto denso apresentando grumos espessos, com inclusões de pirita e fitoclastos, contorno definido, coloração castanho escuro em luz branca transmitida e fluorescência forte amarelada, sob luz azul/UV. Os sedimentos superficiais não mostraram uma regularidade em seus componentes. O testemunho mostrou intervalos distintos, onde na base foram encontrados Cistos de Dinoflagelados indicando influência marinha e foram obtidos os valores mais elevados de carbono orgânico total (10,18%), enxofre (1,67%) e MOAB densa (85,50%). Entre 90 e 100 cm ficou evidente o aparecimento de estruturas organossedimentares, como esteiras microbianas e estromatólitos, corroborando com o aumento do valor de carbono inorgânico total, marcando o momento de confinamento da Lagoa Vermelha. O tipo de matéria orgânica encontrada no testemunho e nos sedimentos superficiais da laguna corrobora com a tipicamente associada aos sedimentos carbonáticos, concordando que a lagoa Vermelha é um ambiente de tal natureza, podendo ser tratado como análogo destes depósitos. |
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