Análise da resistência e virulência em amostras de Escherichia coli uropatogênicas do ST69 isoladas no Rio de Janeiro

• Autor(a) principal: Vilar, Lucas Cecílio
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/17730
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA; CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIA; Escherichia coli; Genoma; Anti-infecciosos; Virulência; Genome; Anti-infective agents; Virulence

Escherichia coli é um microrganismo responsável por causar infecções intestinais e extraintestinais. Entre os clones causadores de infecções extraintestinais, destacam-se quatro que são considerados pandêmicos: ST69, ST73, ST95 e ST131, responsáveis principalmente por infecções no trato urinário (ITU) e infecções na corrente sanguínea (ICS). Esses clones apresentam fatores de virulência que permitem sua sobrevivência e adaptação nesses sítios do hospedeiro, além de possuírem genes que conferem resistência a antimicrobianos. ST69 foi primeiramente identificado como agente causador de ITU adquirida na comunidade nos Estados Unidos; no entanto, atualmente, já foi encontrado em todos os continentes e em diversos países. Embora o ST69 tenha uma grande importância médica, sendo um dos principais clones responsáveis por causar ITU e ICS, há poucos trabalhos que busquem caracterizar amostras desse ST circulantes no Brasil. O objetivo do presente estudo foi realizar uma análise temporal do perfil de resistência de amostras de E. coli pertencentes ao ST69 isoladas de indivíduos com ITU adquiridas na comunidade no estado do Rio de Janeiro obtidas em três períodos: 2005, 2015 e 2019, além de realizar uma análise genômica das amostras do período de 2005. Após a análise do perfil de resistência, vimos que as amostras do ano de 2019 foram significativamente mais suscetíveis a três antimicrobianos em relação à coleção 2005 (p<0,04) e a cinco antimicrobianos em relação a coleção 2015 (p<0,005). Realizamos a detecção do gene fimH nas amostras de 2019 e vimos que a frequência desse gene se manteve acima de 90% nas três coleções. Comparamos os genomas de 2005 com 40 genomas do ST69 disponíveis em um banco de dados e identificamos um gene de resistência e quatro genes de virulência conservados entre todos os genomas. A identificação desses genes pode contribuir para o desenvolvimento de tratamentos contra as amostras desse ST.