Avaliação de falantes universitários cariocas acerca da realização ou ausência da coda (r) em final de verbos e não verbos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/23676 |
Resumo: | Este trabalho apresenta os resultados de um estudo piloto sobre a avaliação social da realização ou ausência da coda final (r) em itens verbais e nominais – como em [avaliˈah] ~ [avaliˈa] e [plaˈkah] ~ [plaˈka] – de jovens universitários da cidade do Rio de Janeiro. O estudo busca verificar se a avaliação subjetiva dos ouvintes cariocas sobre a realização da coda final (r) corrobora com os resultados da literatura, que sugerem não haver estigma quanto à ausência da coda em verbos, mas que haveria algum estigma em relação à ausência do segmento em não verbos (BRANDAO, SILVA, 2012; CALLOU, SERRA, 2012) ou se o comportamento da comunidade de fala vai na contramão de tais análises. Partindo dos pressupostos teóricos da Sociolinguística Variacionista, segundo o qual o sistema linguístico é dotado de heterogeneidade ordenada (Weinreich, Labov e Herzog, 2006, foi realizado um experimento com 57 estudantes do primeiro ano de graduação de cursos de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, utilizando a técnica matched guise, a fim de acessar os significados sociais das variantes observadas (LAMBERT et al., 1960). A avaliação dos valores atribuídos às realizações se deu pela indicação de uma possibilidade entre três perfis profissionais modelares (faxineira, inspetora e diretora). A associação entre as sentenças e um dos perfis profissionais revelaria o valor atribuído às variantes: estigma, neutralidade ou prestígio. Após a aplicação do experimento, os resultados apontam na direção daquilo que se aponta na literatura: não há diferença de avaliação entre os itens verbais que são produzidos com ambas as variantes. Já para itens não verbais produzidos sem a coda, parece haver uma penalização bem mais acentuada, ao passo que, quando há a realização, os participantes não atribuíram valor de prestígio ou estigma aos estímulos. Apesar de se tratar de um estudo piloto, este experimento pode contribuir para estudos futuros, sobretudo no que diz respeito à metodologia empregada e aos estímulos utilizados. |
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