Biologia reprodutiva de Formicivora erythronotos (Aves: Thamnophilidae)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/3496 |
Resumo: | A biologia reprodutiva de Formicivora erythronotos (Thamnophilidae), espécie ameaçada e endêmica do sudoeste do Estado do Rio de Janeiro, foi estudada em Angra dos Reis e Paraty, entre julho de 1997 e dezembro de 1999. Um total de 31 ninhos foi encontrado. O monitoramento intensivo de alguns ninhos, totalizando cerca de 337 horas, permitiu determinar os papeis sexuais na reprodução da espécie. Cortejo nupcial, que consiste na oferta de alimento à fêmea pelo companheiro, precedeu a postura dos ovos. A divisão básica dos cuidados no ninho em F. erythronotos concorda com o padrão básico observado na família. Ambos os sexos participam na construção do ninho, alimentação dos ninhegos, incubação e choco diurnos, sendo a contribuição do macho ligeiramente superior nessas três últimas atividades. A incubação e choco noturnos são responsabilidade exclusiva da fêmea. Fora do ninho, cada filhote fica sob os cuidados exclusivos de um dos pais. A duração média das sessões de incubação em F erythronotos é bem inferior à de outras espécies de tamnofilídeos, enquanto a taxa de alimentação dos ninhegos exibe o padrão inverso. Diferenças na exposição do ninho à predação e nas estratégias de forrageio são sugeridas para explicar essas disparidades. O aumento de massa é mais rápido em ninhegos de F erythronotos do que nos outros tamnofilideos, o que pode ser resultado da taxa relativamente alta com que os primeiros são alimentados. A importância adaptativa desse desenvolvimento acelerado para a espécie não é clara. O desenvolvimento "adaptativamente organizado", comum a filhotes de aves altriciais, também foi observado em ninhegos de F erythronotos. O estágio de desenvolvimento das pterilas, as dimensões das principais estruturas e a massa corporal permitem inferir a idade do ninhego com boa precisão. O sucesso reprodutivo foi baixo, concordando com o normalmente observado para aves tropicais. A predação foi o principal responsável pelas perdas de ninhadas. O ataque de formigas parece ser um importante fator de mortalidade de ninhegos novos. A zelosa assepsia dos ninhos pelos pais deve funcionar na redução da atração desses insetos. São registrados casos de parasitismo dos filhotes por larvas de Philornis. O período reprodutivo de F erythronotos concentrou-se essencialmente de meados de agosto a início de fevereiro, estando sincronizado com o da avifauna local. Para a espécie, não foram registrados casos simultâneos de muda estacionai e atividades reprodutivas, ao nível individual. Também não foi notada diferença na oferta de alimento no ambiente entre os períodos reprodutivo e de muda. |
id |
UFRJ_77175a6f4e0b08d8bc08e569eb2e528b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:pantheon.ufrj.br:11422/3496 |
network_acronym_str |
UFRJ |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
repository_id_str |
|
spelling |
Mendonça, Elmiro de Carvalhohttp://lattes.cnpq.br/1987016760938931http://lattes.cnpq.br/4622500819903096Fernandez, Fernando Antonio dos Santoshttp://lattes.cnpq.br/7770854774419602Silva, Sergio Potsch Carvalho ehttp://lattes.cnpq.br/4650861157730908Alves, Maria Alice dos Santoshttp://lattes.cnpq.br/9471900462320241Nessimian, Jorge Luiz2018-01-18T20:18:05Z2023-11-30T03:00:26Z2001-01-12http://hdl.handle.net/11422/3496A biologia reprodutiva de Formicivora erythronotos (Thamnophilidae), espécie ameaçada e endêmica do sudoeste do Estado do Rio de Janeiro, foi estudada em Angra dos Reis e Paraty, entre julho de 1997 e dezembro de 1999. Um total de 31 ninhos foi encontrado. O monitoramento intensivo de alguns ninhos, totalizando cerca de 337 horas, permitiu determinar os papeis sexuais na reprodução da espécie. Cortejo nupcial, que consiste na oferta de alimento à fêmea pelo companheiro, precedeu a postura dos ovos. A divisão básica dos cuidados no ninho em F. erythronotos concorda com o padrão básico observado na família. Ambos os sexos participam na construção do ninho, alimentação dos ninhegos, incubação e choco diurnos, sendo a contribuição do macho ligeiramente superior nessas três últimas atividades. A incubação e choco noturnos são responsabilidade exclusiva da fêmea. Fora do ninho, cada filhote fica sob os cuidados exclusivos de um dos pais. A duração média das sessões de incubação em F erythronotos é bem inferior à de outras espécies de tamnofilídeos, enquanto a taxa de alimentação dos ninhegos exibe o padrão inverso. Diferenças na exposição do ninho à predação e nas estratégias de forrageio são sugeridas para explicar essas disparidades. O aumento de massa é mais rápido em ninhegos de F erythronotos do que nos outros tamnofilideos, o que pode ser resultado da taxa relativamente alta com que os primeiros são alimentados. A importância adaptativa desse desenvolvimento acelerado para a espécie não é clara. O desenvolvimento "adaptativamente organizado", comum a filhotes de aves altriciais, também foi observado em ninhegos de F erythronotos. O estágio de desenvolvimento das pterilas, as dimensões das principais estruturas e a massa corporal permitem inferir a idade do ninhego com boa precisão. O sucesso reprodutivo foi baixo, concordando com o normalmente observado para aves tropicais. A predação foi o principal responsável pelas perdas de ninhadas. O ataque de formigas parece ser um importante fator de mortalidade de ninhegos novos. A zelosa assepsia dos ninhos pelos pais deve funcionar na redução da atração desses insetos. São registrados casos de parasitismo dos filhotes por larvas de Philornis. O período reprodutivo de F erythronotos concentrou-se essencialmente de meados de agosto a início de fevereiro, estando sincronizado com o da avifauna local. Para a espécie, não foram registrados casos simultâneos de muda estacionai e atividades reprodutivas, ao nível individual. Também não foi notada diferença na oferta de alimento no ambiente entre os períodos reprodutivo e de muda.The breeding biology of the Black-hooded Antwren Formicivora erythronotos (Aves: Passeriformes: Thamnophilidae), an endangered species which is endernic to southwestem Rio de Janeiro State, was studied from July 1997 to December 1999 at Angra dos Reis and Paraty. Most of the 31 nests found were placed by the side of trails and roads that were frequently used by people. An intensive monitoring of some nests, totaling about observation 337 hours, allowed that sexual roles on the species' breeding biology were known. Egg laying was preceded by a nuptial display, in which males offered food to their mates. As in other species of the family, male and female Black-hooded Antwrens build the nest, and also take tums incubating the eggs, and brooding and feeding the young. Male's contribution is slightly greater in the latter three activities, and female alone takes charge of noctumal incubation and brooding. Each parent takes care exclusively of one fledgling. The average duration of incubation sessions in this species is much smaller than in other species in the family, while the feeding rate of the young was much greater. These differences may be related to different nest exposure to predation as well as to foraging strategies. Black-hooded Antwren nestlings get heavy faster than nestlings of other species in the family, which may result from the greater feeding rate of the former. The adaptive importance of this accelerated growing is not clear. An "adaptively organized" development, typical of altricial birds, occurred in the Black-hooded Antwren nestlings too. Their body mass, main measurements and development of pterilae can be used to age nestlings of this species quite precisely. The reproductive success was low, in accordance with other tropical birds. Predation was the main cause of losses. Attack by ants seems to be an important cause of mortality for younger nestlings. Parents' efforts to keep nests clean may reduce attraction to these insects. Larvae of Philornis flies have parasitized young. The species' breeding season followed that of the local avifauna, extending mainly from rniddle August to the beginning of February. No individual bird was recorded to be molting and breeding at the sarne time. No difference of food availability has been detected between breeding and molting seasons.Submitted by Alberto Vieira (martins_vieira@ibest.com.br) on 2018-01-18T20:18:05Z No. of bitstreams: 1 493365.pdf: 15989179 bytes, checksum: 9e376e8664b10cc5f18148983680b0c1 (MD5)Made available in DSpace on 2018-01-18T20:18:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 493365.pdf: 15989179 bytes, checksum: 9e376e8664b10cc5f18148983680b0c1 (MD5) Previous issue date: 2001-01-12CAPESporUniversidade Federal do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Zoologia)UFRJBrasilMuseu NacionalCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::ZOOLOGIA APLICADA::CONSERVACAO DAS ESPECIES ANIMAISFormicivora erythronotosThamnophilidaeBiologia reprodutiva de Formicivora erythronotos (Aves: Thamnophilidae)Reproductive biology of Formicivora erythronotos (Birds: Thamnophilidae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJORIGINAL493365.pdf493365.pdfapplication/pdf8959784http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/3496/3/493365.pdf482c93906e6615fef42126e2fabebd30MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/3496/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD5211422/34962023-11-30 00:00:26.004oai:pantheon.ufrj.br:11422/3496TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:00:26Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Biologia reprodutiva de Formicivora erythronotos (Aves: Thamnophilidae) |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Reproductive biology of Formicivora erythronotos (Birds: Thamnophilidae) |
title |
Biologia reprodutiva de Formicivora erythronotos (Aves: Thamnophilidae) |
spellingShingle |
Biologia reprodutiva de Formicivora erythronotos (Aves: Thamnophilidae) Mendonça, Elmiro de Carvalho CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::ZOOLOGIA APLICADA::CONSERVACAO DAS ESPECIES ANIMAIS Formicivora erythronotos Thamnophilidae |
title_short |
Biologia reprodutiva de Formicivora erythronotos (Aves: Thamnophilidae) |
title_full |
Biologia reprodutiva de Formicivora erythronotos (Aves: Thamnophilidae) |
title_fullStr |
Biologia reprodutiva de Formicivora erythronotos (Aves: Thamnophilidae) |
title_full_unstemmed |
Biologia reprodutiva de Formicivora erythronotos (Aves: Thamnophilidae) |
title_sort |
Biologia reprodutiva de Formicivora erythronotos (Aves: Thamnophilidae) |
author |
Mendonça, Elmiro de Carvalho |
author_facet |
Mendonça, Elmiro de Carvalho |
author_role |
author |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1987016760938931 |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4622500819903096 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Mendonça, Elmiro de Carvalho |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Fernandez, Fernando Antonio dos Santos |
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7770854774419602 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Silva, Sergio Potsch Carvalho e |
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4650861157730908 |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Alves, Maria Alice dos Santos |
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9471900462320241 |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Nessimian, Jorge Luiz |
contributor_str_mv |
Fernandez, Fernando Antonio dos Santos Silva, Sergio Potsch Carvalho e Alves, Maria Alice dos Santos Nessimian, Jorge Luiz |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::ZOOLOGIA APLICADA::CONSERVACAO DAS ESPECIES ANIMAIS |
topic |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::ZOOLOGIA APLICADA::CONSERVACAO DAS ESPECIES ANIMAIS Formicivora erythronotos Thamnophilidae |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Formicivora erythronotos Thamnophilidae |
description |
A biologia reprodutiva de Formicivora erythronotos (Thamnophilidae), espécie ameaçada e endêmica do sudoeste do Estado do Rio de Janeiro, foi estudada em Angra dos Reis e Paraty, entre julho de 1997 e dezembro de 1999. Um total de 31 ninhos foi encontrado. O monitoramento intensivo de alguns ninhos, totalizando cerca de 337 horas, permitiu determinar os papeis sexuais na reprodução da espécie. Cortejo nupcial, que consiste na oferta de alimento à fêmea pelo companheiro, precedeu a postura dos ovos. A divisão básica dos cuidados no ninho em F. erythronotos concorda com o padrão básico observado na família. Ambos os sexos participam na construção do ninho, alimentação dos ninhegos, incubação e choco diurnos, sendo a contribuição do macho ligeiramente superior nessas três últimas atividades. A incubação e choco noturnos são responsabilidade exclusiva da fêmea. Fora do ninho, cada filhote fica sob os cuidados exclusivos de um dos pais. A duração média das sessões de incubação em F erythronotos é bem inferior à de outras espécies de tamnofilídeos, enquanto a taxa de alimentação dos ninhegos exibe o padrão inverso. Diferenças na exposição do ninho à predação e nas estratégias de forrageio são sugeridas para explicar essas disparidades. O aumento de massa é mais rápido em ninhegos de F erythronotos do que nos outros tamnofilideos, o que pode ser resultado da taxa relativamente alta com que os primeiros são alimentados. A importância adaptativa desse desenvolvimento acelerado para a espécie não é clara. O desenvolvimento "adaptativamente organizado", comum a filhotes de aves altriciais, também foi observado em ninhegos de F erythronotos. O estágio de desenvolvimento das pterilas, as dimensões das principais estruturas e a massa corporal permitem inferir a idade do ninhego com boa precisão. O sucesso reprodutivo foi baixo, concordando com o normalmente observado para aves tropicais. A predação foi o principal responsável pelas perdas de ninhadas. O ataque de formigas parece ser um importante fator de mortalidade de ninhegos novos. A zelosa assepsia dos ninhos pelos pais deve funcionar na redução da atração desses insetos. São registrados casos de parasitismo dos filhotes por larvas de Philornis. O período reprodutivo de F erythronotos concentrou-se essencialmente de meados de agosto a início de fevereiro, estando sincronizado com o da avifauna local. Para a espécie, não foram registrados casos simultâneos de muda estacionai e atividades reprodutivas, ao nível individual. Também não foi notada diferença na oferta de alimento no ambiente entre os períodos reprodutivo e de muda. |
publishDate |
2001 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2001-01-12 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-01-18T20:18:05Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-11-30T03:00:26Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11422/3496 |
url |
http://hdl.handle.net/11422/3496 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Zoologia) |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFRJ |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Museu Nacional |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRJ instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
collection |
Repositório Institucional da UFRJ |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/3496/3/493365.pdf http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/3496/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
482c93906e6615fef42126e2fabebd30 dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1784097101243744256 |