Estudo sobre a redução do enxofre no diesel brasileiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/17504 |
Resumo: | Este Projeto de Final de Curso foi concebido com o intuito de estimar o benefício líquido decorrente da redução do teor de enxofre no óleo diesel brasileiro. Para realizar tal ação foi fundamental a pesquisa bibliográfica extensa e meticulosa a respeito do tema. A cidade de São Paulo foi escolhida pelos seguintes motivos: ser a maior cidade do país, concentrar a maior frota de veículos e consequentemente os maiores índices poluidores, e também os maiores banco dados disponibilizados já que conta com uma maior mobilização no sentido social e ambiental de instituições para estudos de casos e incentivo de pesquisas. Com tal pesquisa encontrou-se metodologias e dados de várias fontes confiáveis como a Organização Mundial de Saúde, Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Sistema Único de Saúde entre outros. Os livros também foram de grande importância. O filtro dessa pesquisa permitiu, como mostra o capítulo II, caracterizar os principais compostos envolvidos no problema, sendo eles: o enxofre, o dióxido de enxofre e o óleo diesel. Também foi analisado o material particulado fino, de forma que se pode explicar sua formação no interior dos cilindros dos veículos movidos com motores do ciclo diesel. Fez-se também, no capítulo III, uma relação do material particulado fino, também conhecido como respirável, ou seja, aquele que possui diâmetro aerodinâmico inferior a 2,5 μm, com a mortalidade de adultos acima de 30 anos. Voltando os olhos para a saúde humana no capítulo IV, o trabalho elucidou que mesmo o corpo humano tendo um sofisticado sistema de proteção contra a entrada dessas partículas, os casos de doenças respiratórias continuam sendo registrados em grande escala. Visto todos esses problemas, o Brasil deu início, na década de 80, a ações que visavam preservar a natureza e isso incluía preservar também o ar. Deste modo, o capítulo V faz um breve histórico internacional e nacional sobre as principais medidas de preservação da qualidade do ar. Isso envolve a redução de enxofre no óleo diesel e a conseqüente diminuição da emissão de particulado fino. Para proporcionar tal redução do teor de enxofre, a Petrobras deve fazer um investimento de R$ 4 bilhões para adequar as suas refinarias ao novo processo. Esse processo está representado de forma sintética no capítulo VI. Esse processo é comumente conhecido como reforma do óleo diesel pelas unidades de hidrotratamento (HDT). Como a ANP possui um programa que visa salvaguardar a qualidade dos combustíveis em nível nacional, fez o capítulo VII. O Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis Líquidos (PMQC) assegura que o comprador final não seja lesado por combustível de baixa qualidade e ainda fala sobre as sanções decorridas dessas infrações. Já o capítulo VIII, atividade fim desse estudo, utilizou a metodologia DALY, as prescrições da OMS, as pesquisas de qualidade do ar desenvolvidas pela CETESB, as informações do LPAE/FMUSP sobre a contribuição do óleo diesel S500 para a concentração de particulado fino na atmosfera e ainda a prerrogativa das pesquisas realizadas pelo IPT, para adequar e restringir o caso analisado à Região Metropolitana de São Paulo. Enfim, com a análise feita o capítulo IX, ficou latente que a redução do enxofre no óleo diesel brasileiro trará muito mais benefícios que custos, ou seja, a simples diminuição do teor de enxofre de 500 para 50 ppm diminuirá em aproximadamente 2000 mortes a taxa de óbitos por causas internas na Região Metropolitana de São Paulo. É importante ressaltar que o problema é nacional e que um dos objetivos do Brasil é alcançar a excelência nos combustíveis, e com isso, propiciar um impacto ambiental positivo e uma melhora da qualidade de vida da população. |
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