Da patologia a celebração: representações de gênero e o discurso dos fãs no filme “Quase famosos”.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro, Tiago José Lemos
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/209
Resumo: Estudo sobre as representações dos fãs dos sexos masculino e feminino no filme “Quase famosos”. A partir de duas representações estereotipadas da figura do fã – a massa de garotas histéricas e sexualmente promíscuas ou o misantropo obsessivo de tendências homicidas – esta análise investiga de que forma o filme pretende ir além do clichê ao incorporar, no discurso de seus personagens, algumas das contradições envolvidas na prática dos fãs de rock. Esta concepção patológica do fã é entendida no contexto de uma postura crítica frente aos efeitos desagregadores da Era Moderna, que fragmentou a idéia de comunidade no sentido tradicional e produziu uma sociedade tecnologicamente avançada, porém carente de valores morais. Decorrem deste posicionamento tanto a imagem da groupie quanto a do fã solitário, nas quais estará fundamentada a análise do filme de Cameron Crowe. Neste projeto, rejeita-se qualquer explicação essencialista ou reducionista do fenômeno da idolatria, em nome de uma abordagem alinhada com as propostas dos Estudos Culturais britânicos. Sob essa perspectiva, a relação fã-ídolo é pensada como um elemento fundamental na dinâmica dos processos identitários contemporâneos, cada vez mais influenciados pelas imagens e símbolos provenientes da Cultura da Mídia, e mediante os quais os indivíduos buscam rearticular um sentido de pertencimento à determinada comunidade.
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